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O velho jornalismo; o novo jornalismo…

Prisão de blogueiros sob acusação de extorsão abriu novo debate entre jornalistas atrelados às velhas redações e os adeptos das novas tecnologias – que tiraram a prerrogativa da notícia dos velhos grupos políticos e econômicos; jornalista aponta quem deve vencer esta briga

 

Linhares Jr.*

Alguns frustrados da imprensa tradicional lamentam que nem todos os blogueiros maranhenses estejam na lista da Polícia Federal divulgada ontem na Operação Turing.

Outros, invejosos de espírito pobre, choram por não terem saciada sua pequenez.

Procuraram nomes de forma ensandecida, como se em busca de um troféu. Como se a implosão de todos o blogueiros representasse algum tipo de redenção social.

E nós bem sabemos que a história não é essa.

Aos que se deixaram seduzir, eu apenas lamento. Lamento e espero que tenham seus crimes, desde que comprovados, punidos exemplarmente.

No entanto…

Esse episódio não irá frear a decadência de quem parou no tempo.

Esse episódio não irá melhorar em nada a vidinha profissional ordinária que a incompetência e a acomodação trouxeram aos párias.

A prisão de alguns blogueiros não irá servir de desfibrilador para a velharia.

Milhares de operações podem voltar a acontecer e o jornalismo não será mais exclusividade dos grandes conglomerados. NUNCA MAIS.

VOCÊS IRÃO PERECER. E seus acólitos que vivem de suas migalhas irão junto.

O sucesso do jornalismo alternativo incomoda, isso é fato consumado.

Não apenas aos grandes meios de comunicação, também a profissionais que passaram décadas no obscurantismo e que agora têm seu lugar ainda mais enfiado nas profundezas do anonimato e do desapontamento.

Deve ser muito difícil ver jovens conseguindo em poucos anos destaque que os ressentidos não tiveram em décadas.

Para cada um que tombar, seja por incompetência ou corrupção, milhares de outros dispostos a fazer o bom jornalismo independente irão se levantar.

Esse episódio lamentável não é uma máquina do tempo que irá nos fazer voltar o período em que a notícia era monopólio de poucos.

Sejamos firmes seguindo em frente.

Contra aqueles que fazem mau uso do ofício e contra aqueles que pretendem destruí-lo.

NÓS IREMOS VENCER VOCÊS!

Viva o jornalismo alternativo!

*Jornalista do Jornal Pequeno e editor dos blogs O Informante e Blog do Linhares

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Jornal é o meio de imprensa mais confiável, diz pesquisa..

Quase 60% da população acredita sempre nas notícias que lê no veículo impresso; a credibilidade dos jornais supera a do rádio e da televisão; TV ainda é o meio mais acessado para notícias, à frente da internet

 

O leitor ainda busca nos jornais impressos as notícias mais confiáveis

Pesquisa realizada  no ano passado pela Secretaria de Comunicação da presidência da República apontou que o jornal impresso ainda é o veículo de maior credibilidade em se tratando de notícias.

De acordo com o levantamento, 59% dos entrevistados disseram “sempre acreditar” ou “quase sempre” nas informações prestadas pelo impresso.

A credibilidade dos jornais é maior que a do rádio (57%) e a da televisão (54%).

O EstadoMaranhão em primeiro

Na mesma pesquisa, foi confirmado que o jornal O EstadoMaranhão está entre os 20 mais lidos do país.

O matutino maranhense – do qual o titular deste blog orgulha-se de ser editor – ficou na 20ª colocação, numa lista de mais de 200 jornais.

Entre os entrevistados maranhenses da pesquisa, O Estado ficou em primeiro lugar como o mais lido do Maranhão.

A pesquisa apontou ainda que a televisão ainda é o veículo mais acessado na busca por notícias: este meio supera o rádio e a internet, inclusive.

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O papel do jornal…

De O EstadoMaranhão

Ao tomar conhecimento da maneira como O Estado foi obrigado a conceder direito de resposta ao governo estadual, no caso das mortes no hospital de Coroatá, mesmo já tendo publicado posicionamento oficial da SES, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) se manifestou sobre o assunto:

É lamentável a decisão judicial ocorrida neste caso. O direito de resposta é preceito constitucional, mas deve ser justificado. Na mesma edição em que veiculou a notícia, o Estado do Maranhão publicou nota oficial do governo, com sua versão do fato. Foi portanto, uma decisão judicial contrária à liberdade de imprensa”.

A nota é assinada por Ricardo Pedreira, diretor Executivo da ANJ.

Coincidentemente, no dia em que publicou o “direito de resposta” (13 de maio), O Estado veiculou um anúncio de abrangência nacional assinado pela ANJ, para ressaltar a importância dos jornais na construção de uma sociedade livre.

O anúncio de página inteira estampava a seguinte frase, de Thomas Jefferson, um dos maiores icônicos presidentes que os Estados Unidos já tiveram: “Eu prefiro um país sem governo e com jornal a um país com governo e sem jornal”.

A ANJ arrematou o conteúdo publicitário com um slogan estrategicamente pensado para a data da publicação, Dia da Abolição da Escravatura:

No mundo inteiro os jornais lutam para que as pessoas não sejam escravas de ninguém”.

Ao impor a O Estado uma publicação injusta de direito de resposta, o juiz do caso acabou por propiciar uma situação perfeita de confronto entre o cerceamento da liberdade de imprensa e o grito da ANJ em defesa da livre informação.

No rodapé do anúncio, uma última frase, para reflexão de todos: “No papel ou no digital, nada substitui o papel do jornal”.

Esse é o espírito…

Publicado na coluna EstadoMaior, edição de 16/05/2015