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Quem seguirá com José Reinaldo?!?

Ex-governador tem aliados importantes no grupo de Flávio Dino – como o vice-governador Carlos Brandão, o  presidente da Famem, Cleomar Tema Cunha, e o sobrinho Marcelo Tavares – e nenhum deles deu a entender, ainda, se o acompanharão no novo projeto

 

José Reinaldo precisa formar grupo

Nenhum dos principais aliados do ex-governador José Reinaldo Tavares (sem partido) manifestou, até agora, interesse em acompanhá-lo no processo de afastamento do governador Flávio Dino (PCdoB).

São aliados históricos de Tavares o vice-governador Carlos Brandão (PRB), o presidente da Famem, Cleomar Tema(PSB), e o chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, que é, inclusive, seu sobrinho.

Há ainda deputados estaduais vinculados historicamente a José Reinaldo, como Neto Evangelista (PSDB) e Raimundo Cutrim (PCdoB).

Ninguém se manifestou solidariamente ao ex-governador até o momento.

Marcelo já descartou, inclusive, que pretenda deixar o grupo de Dino; Brandão, por sua vez, já foi anunciado como vice para as próximas eleições.

O posicionamento de Tema Cunha passa a ser importante porque ele lidera prefeitos maranhenses, muitos deles com dívidas de gratidão ao ex-governador.

Se não conseguir levar consigo ninguém do governo, Tavares terá que correr contra o tempo para formar um novo grupo, capaz de garantir-lhe legenda e palanque ao seu projeto de disputar o Senado.

E ainda resistir ao bombardeio do Palácio dos Leões…

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Edilázio vê ingratidão de Flávio Dino com José Reinaldo…

Edilázio Júnior critica postura de Flávio Dino

O deputado estadual Edilázio Júnior (PV) comentou na sessão da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira, 26, o rompimento político do deputado federal e ex-governador do estado, Zé Reinaldo Tavares (PSB) com o governador Flávio Dino (PCdoB).

Para Edilázio, Dino errou e agiu com ingratidão para com o ex-aliado, que buscava apoio para a disputa do Senado da República.

“Já dizia o padre Antônio Vieira: ‘um bom cristão começa pela gratidão’. E eu pergunto aos colegas nesta Casa, se existe algum parlamentar ou algum político que fez mais pelo governador Flávio Dino do que o ex-governador Zé Reinaldo? Algum colega consegue me responder? Ora, aí, Deputado Adriano, que eu faço o questionamento: se ele fez isso com quem o criou não fará com qualquer outro que veio do grupo de Roseana, de Jackson, de Lobão Filho?”, analisou.

Edilázio chamou atenção para a postura adotada pelo comunista e alertou os parlamentares da base governista.

“O governador [Zé Reinaldo] saiu de casa para votar em Flávio Dino para deputado federal. Ele que nunca tinha andado pelo interior do Maranhão, foi eleito naquela ocasião com mais de 100 mil votos. Era para ter sido o primeiro nome dele para o Senado. Mas ele falou: ‘em política não há gratidão’”, disse.

Edilázio afirmou que acredita na vitória da chapa do grupo de Roseana Sarney, Edison Lobão e Sarney Filho, e ponderou que apesar do rompimento, Zé Reinaldo deve sair nas eleições mais competitivo, uma vez que o seu discurso é em defesa do municipalismo.

“Ele [Zé Reinaldo] é amigo dos prefeitos, tem o apoio da Famem e Flávio Dino core longe dos prefeitos, não sabe o que é fazer um convênio. Tavares, foi só o primeiro, abriu a porteira. Semana que vem estarei aqui para me solidarizar ao deputado federal Waldir Maranhão. Já aos colegas, tomem a decisão correta, uma decisão acertada, escutem as vozes das ruas. Ninguém mais quer o comunista no nosso estado”, finalizou.

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E agora Waldir Maranhão?!?

Após ato de coragem de José Reinaldo Tavares de assumir a traição de Flávio Dino, atenções se voltam para o também deputado federal, que vem sendo humilhado pela dupla que ocupa os gabinetes principais do Palácio dos Leões

 

ESNOBADO. Waldir Maranhão foi mais um a receber o abraço da traição de Flávio Dino; vai fica caladinho?!?

O deputado federal Waldir Maranhão (Avante) é hoje uma humilhação pública nacional.

Desde que decidiu “negociar” com o governador Flávio Dino (PCdoB) o apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, ele entrou numa espécie de “inferno astral” tanto na mídia nacional quanto com seu próprio partido, de onde acabou expulso.

Mas tinha a garantia de Flávio Dino para ser senador.

Desde então, espera, em vão, a declaração pública de Dino em apoio à sua “negociada” candidatura ao Senado.

Mas, ao contrário do ex-governador José Reinaldo Tavares (Sem partido), Waldir Maranhão parece não ter a coragem necessária para tomar uma decisão contra Dino.

E ainda há quem queria fazê-lo candidato a governador pelo mesmo PT de Dilma.

Em outras palavras, o caminho de Waldir é o silêncio.

Ou o ostracismo…

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De como Márcio Jerry expulsou José Reinaldo do grupo de Flávio Dino…

Homem forte do governo e lugar-tenente do próprio governador vetou todas as possibilidades de o deputado compor o secretariado, além de inviabilizar sua candidatura a senador na chapa comunista

 

FRITURA INTENSA. Márcio Jerry trabalhou contra José Reinaldo desde o primeiro dia do governo Flávio Dino

É preciso deixar claro um aspecto neste rompimento entre o ex-governador José Reinaldo Tavares (sem partido) e a sua criatura, o governador Flávio Dino (PCdoB): foi o comunista quem se afastou de seu padrinho e não o contrário.

Flávio Dino deu carta branca ao seu lugar-tenente, Márcio Jerry, que agiu desde o primeiro dia do governo comunista para inviabilizar os projetos reinaldistas.

E todas as ações tiveram a chancela – ou pelo menos o “de acordo” – do próprio Flávio Dino.

No início do governo comunista, Tavares foi cotado para a Secretaria de Infraestrutura, mas foi vetado por Márcio Jerry; depois, cogitou-se sua ida para a Saúde, também vetada por Márcio Jerry.

Até o posto do sobrinho de José Reinaldo, o chefe da Casa Civil Marcelo Tavares, foi esvaziado ano após ano, até perder importância no organograma do Palácio dos Leões.

EFEITO IMPERATRIZ. Flávio chancela todas as ações e Jerry, da mesma forma como fez Jomar Fernandes em Imperatriz

Mas a crueldade de Jerry com o principal criador do seu governador foi a ação constante, ininterrupta e ostensiva contra a candidatura reinaldista ao Senado.

O lugar-tenente de Flávio Dino trabalha desde 2015 para impedir que José Reinaldo Tavares figurasse na chapa de Flávio Dino em 2018.

São quatro anos de conspiração, portanto.

Jerry, agora, conseguiu o seu intento.

A que preço?!?

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José Reinaldo rompido com Flávio Dino…

Ex-governador já nem cogita mais compor a chapa do comunista como candidato a senador, mas mantém agenda de filiação ao DEM, o que indica provável crise pelos rumos do partido no Maranhão

 

BEM DISTANTES. A imagem ilustra bem o esfriamento da relação entre José Reinaldo e Flávio Dino

O ex-governador José Reinaldo Tavares (Sem partido) já não tem mais aliança alguma com o governador Flávio Dino (PCdoB).

A indicação de rompimento foi dada neste sábado pelo jornal O Imparcial, e apurado mais a fundo por este blog, com fontes bem próximas de Tavares, que confirmaram o afastamento dos dois.

A gota d’água para o rompimento foi uma ligação do lugar-tenente de Flávio Dino, secretário Márcio Márcio Jerry, para o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ); Jerry tentou convencer Maia a não ir ao Maranhão para o ato de filiação de José Reinaldo, em março.

Aos mais próximos, o ex-governador diz que entendeu o gesto de Jerry como uma sinalização de que Flávio Dino não o queria em sua chapa.

Mesmo rompido com Flávio Dino, José Reinaldo descarta apoio à candidatura de Roseana Sarney (MDB) e mantém, a princípio, agenda de filiação ao DEM.

Ao que tudo indica, portanto, entrará na briga pelo direcionamento do partido nas eleições de outubro.

É aguardar e conferir…

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Demora de Flávio Dino na decisão sobre José Reinaldo gera onda de especulações

Governador comunista parece não medir a dimensão exata dos fatores que envolvem a história política e os efeitos de uma decisão de ter – ou não ter – o padrinho político em sua chapa à reeleição

 

José Reinaldo: história no DEM e na via de Flávio Dino

Editorial

A demora do governador Flávio Dino (PCdoB) em decidir se apoia ou não o deputado federal José Reinaldo Tavares ao Senado tem provocado uma avalanche de especulações.

As mais diferentes versões já estão sendo alvo de apostas ou “plantações” de notícias, como se diz no jargão da imprensa.

Até uma improvável vaga de vice na chapa  governista já foi aventada, sem qualquer declaração oficial de Dino, que mantém silêncio sobre qual será o candidato a fazer dobradinha com o deputado federal Weverton Rocha (PDT).

Há quem já trabalhe nos bastidores fomentando um rompimento entre o ex-governador e o atual governador.

José Reinaldo já marcou até a data de filiação ao Democratas (DEM), o próximo dia 10 de março. O presidente da Executiva Estadual do DEM é o deputado Juscelino Rezende (DEM-MA), que chegou a comunicar, no início do ano, o apoio à reeleição de Flávio Dino.

Em tese, portanto, não haveria nenhum obstáculo no apoio governista à candidatura de Tavares ao Senado.

Além disso, auxiliares mais próximos de José Reinaldo lembram que, ainda juiz federal, Flávio Dino manifestou a intenção de trocar a magistratura pela política, mas como uma condição: só concorreria a um cargo eletivo se tivesse o apoio de Tavares.

Ao declarar apoio a Weverton Rocha e deixar esperando o avalista de seu ingresso na vida pública, Dino já dá demonstrações de como faz política.

Tavares foi presidente do antigo PFL (DEM) no Maranhão, integrou a Executiva Nacional, foi tesoureiro e mantém até hoje relações estreitas com a alta cúpula do partido, a exemplo do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia e do presidente nacional da legenda, senador Agripino Maia, que devem vir ao Maranhão para a solenidade de filiação.

Até mesmo o ingresso na política deu-se pelo partido que o acompanhou até a eleição ao maior cargo no
Executivo estadual, o de governador do Maranhão, em 2002.

A soma da participação histórica nos quadros do DEM ao apoio declarado da Famem e de dezenas de prefeitos, com os acordos e realizações durante a estadia no Palácio dos Leões faz de José Reinaldo um trunfo ou um problema político para Flávio Dino

Que parece ainda não ter a dimensão exata…

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Há alguém enganado…

Ao estimular, ao mesmo tempo, os deputados federais José Reinaldo Tavares e Eliziane Gama pela mesma vaga de senador, o governador Flávio Dino tenta ganhar tempo para evitar perder um dos dois

 

ENSABOADOS. José Reinaldo e Eliziane Gama estão sendo levados por Flávio Dino até que ele encontre uma solução para os dois

Sabe-se que o governador Flávio Dino (PCdoB) anunciou, desde novembro, o deputado federal Weverton Rocha (PDT) como seu primeiro candidato a senador. Sabe-se também que outros três aliados – José Reinaldo Tavares (DEM), Waldir Maranhão (Avante) e Eliziane Gama (PP) – pleiteiam a outra vaga na chapa, o que significa que dois deles ficarão de fora.

O problema é que o próprio Dino estimula, de uma forma ou de outra, todos eles pela mesma vaga. Alguém está sendo enganado pelo governador, portanto.

Ora Dino mostra-se mais propenso à candidatura de Eliziane Gama; ora parece mais próximo de José Reinaldo.

Dos três, apenas Maranhão parece totalmente descartado dos planos do governador. E este vaivém do comunista vem gerando atritos, ruídos e muito disse-me-disse nos bastidores do grupo dinista.

Chama atenção também que, de uma hora para outra, os ex-adversários de Eliziane Gama -Weverton Rocha e o prefeito Edivaldo Júnior (PDT) – passaram a estimular a candidatura da deputada. Mas Dino resiste a anunciá-la, dando a entender que ainda não está convencido da viabilidade da parlamentar.

Mas o comunista também dá de ombros para todos os movimentos de José Reinaldo Tavares, visto por muitos membros da cúpula do governo como inconfiável.

Nesse caso, volta-se ao enunciado deste texto: alguém está sendo enganado…

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão

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Controle do DEM ainda é trunfo de José Reinaldo para ser senador…

Cúpula do governo Flávio Dino resiste à indicação do ex-governador para a chapa, mas avalia com preocupação o estrago que ele pode causar na coligação caso assuma o comando do DEM, hoje nas mãos de Juscelino Filho, aliado do Palácio

 

José Reinaldo ainda insiste no apoio de Flávio Dino, mas já começa a buscar garantias para as negociações

O ex-governador José Reinaldo Tavares deve se filiar ao DEM até o início de março.

Mas pretende garantir na cúpula nacional da legenda o controle no Maranhão, a fim de ganhar musculatura na mesa de negociações sobre a chapa do governador Flávio Dino (PCdoB), onde pretende figurar como candidato a senador.

Na cúpula do dinismo, os principais caciques resistem à ideia de ter José Reinaldo como candidato a senador, mas consideram seriamente o grau do estrago que ele pode fazer se tiver poder para levar o DEM a outro candidato.

Como antídoto ao ex-governador, a aposta é no também deputado federal Juscelino Filho, que comanda o DEM no estado e tem o aval da cúpula nacional. Juscelino já fechou com o Palácio dos Leões, e, ao lado do deputado Stênio Rezende, cerra fileira com Flávio Dino.

Uma das possibilidades de José Reinaldo é ganhar a confiança da cúpula nacional do DEM.

Mas, para isso, precisaria forçar a destituição de Juscelino.

O que causaria ainda mais estragos na base do governo comunista…

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O recado de José Reinaldo…

Não estou dizendo isso como ameaça, mas eu serei candidato ao Senado porque eu já deixei de ser senador duas vezes, me sacrificando, pela primeira vez para proteger o governador Jackson Lago em 2006. Eu tinha uma eleição tranquila, mas fiquei no governo para manter forte o projeto de eleger o governador Jackson Lago. E em 2014 eu fiz a mesma coisa com o governador Flávio Dino: eu deixei de ser candidato para manter o grupo político, os partidos, e o grupo político todo, em torno da candidatura de Flávio. Se eu fosse brigar para ser senador naquela ocasião, eu seria eleito, mas poderia dividir o palanque do Flávio e fiz esse sacrifício mais uma vez”

José Reinaldo, pré-candidato a senador

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Governo Flávio Dino exonera aliados de José Reinaldo…

Palácio dos Leões alega erro, mas aliados do ex-governador veem retaliação no ato; demissões têm assinatura do próprio sobrinho de Tavares, o chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares

 

Flávio não esconde mais distanciamento de Tavares

Um ato assinado pelo chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB) reforçou ainda mais a suspeita de que o governador Flávio Dino quer mesmo ver pelas costas o ex-governador José Reinaldo Tavares (sem partido).

Em sua primeira edição do ano, em 3 de janeiro, o Diário Oficial do Estado trouxe a exoneração de oito servidores da Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, todos indicados pelo ex-governador.

A lista de exonerados no Diário Oficial do Estado

Foram demitidos – em ato assinado pelo próprio sobrinho de Tavares, o chefe da Casa Civil Marcelo Tavares – cinco assessores sênior, um assessor técnico, um assessor especial e uma secretária executiva. (Vela lista acima)

Membros do governo alegaram a José Reinaldo – que está fora do país – equívoco nas exonerações.

E prometeram anular os atos.

Até agora, no entanto, passados quase 20 dias da demissão, nenhum dos reinaldistas foi readmitido…