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Ações do MP contra barracas da “classe média” aguardam, há anos, decisão judicial

Guincho arranca barraca no Anjo da Guarda (Foto: Flora Dolores- O Estado do MA)

O promotor do Meio Ambiente, Fernando Barreto, elogiou ontem a análise crítica do blog, sobre o rigor nas ações de retirada de barracas iregulares na periferia, em contraponto à complacência demonstrada com barracas, também iregulares, em áreas de classe média.

Ele garantiu que, na sua promotoria, não há qualquer ação contra trabalhadores da periferia que exploram este tipo de atividade, mas revelou que luta, há anos, contra os bares localizados em áreas públicas do Calhau e da Cohama.

– No caso das barracas da Cohama [na avenida Daniel de La Touche], a Ação está em grau de recurso no Tribunal de Justiça, aguardando decisão do relator – revelou Fernando Barreto.

Outra ação contra este tipo de barraca, no Parque Shalon, adormece na 1ª Vara da Fazenda Pública desde 1998 – há treze anos, portanto.

Bares no Barramar funcionam sem incômodo do poder público

O texto do blog, criticou a força usada pela Secretaria de Urbanismo, com apoio do MP e da Polícia, apenas nas áreas da periferia, como Anjo da Guarda. (Releia aqui)

Barreto concorda:

– É muito fácil ir lá e destruir o ganha-pão da população mais carente. Enquanto isso, verdadeiros empresários exploram a mesma atividade em avenidas como Holandeses e Daniel de La Touche.

Alguns destes trailers, alerta o promotor, têm lojas próprias em shoppings ou pontos próprios em bairros nobres, mas mantêm pontos em áreas públicas.

– Se têm lojas próprias é porque têm condições. Quando se instalam, em área pública, é o povo quem está financiando o seu enriquecimento – criticou o promotor Fernando Barreto.

Uma voz de consciência no Ministério Público…