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Lockdown: Flávio Dino admite falhas ao impor novas restrições…

Depois de passar três dias falando de “sucesso” do bloqueio geral – mesmo diante de imagens diárias de multidões nas ruas – governador decide impor rodízio de carros, antecipar feriados e emparedar bancos, numa nova tentativa de frear a escalada da coVID-19

 

De personalidade forte, Flávio Dino não reconheceu as críticas ao lockdown, mas admitiu as falhas ao impor novas medidas restritivas nesta sexta-feira

O governador Flávio Dino (PCdoB) passou três dias numa espécie de embate com a realidade afirmando diuturnamente o “sucesso do lockdown”, mesmo diante das críticas e das imagens que mostravam multidões nas ruas. 

Nesta sexta-feira, 8, porém – mesmo sem reconhecer oficialmente – o governador acabou por admitir falhas no bloqueio ao decidir endurecer ainda mais as medidas restritivas.

Haverá rodízio de carros na Grande São Luís, o feriado do dia 28 de junho será antecipado e punições aos bancos estão previstas no novo decreto.

– Estou hoje editando uma medida provisória aumentando as multas para os bancos que não estão querendo obedecer as normas sanitárias. Essa medida provisória será publicada ainda nesta sexta-feira para entrar em vigor na segunda-feira com a fiscalização do Procon – disse.

Para evitar prorrogação do bloqueio, porém, Dino adotou uma estratégia, antecipando o feriado de 28 de junho para a próxima sexta-feira, 15 de maio. 

– Nós estamos trabalhando com o cenário que não haja prorrogação. Como o lockdown termina numa quinta-feira (14) decretei feriado dia 15 (sexta-feira). Eu estou antecipando o feriado de 28 de julho para o dia 15, mantendo a restrição de entrada e saída da ilha no ferry-boat e BR-135 – explicou.

Tudo isso para tentar frear a escalada da coVID-19, que bateu novo recorde de mortes nesta quinta-feira, 7, com 25 novos óbitos.

O rodízio de carros será mais uma medida para tentar conter o grande número de pessoas nas ruas, além de multas a bancos e antecipação de feriados

Apoiando o lockdown e as medidas de restrição, este blog Marco Aurélio D’Eça tem orgulho de ter contribuído para o recuo de Dino e as novas medidas restritivas, embora não admita o governador. (Entenda aqui, aqui e aqui)

E vai continuar mostrando a realidade, apontando equívocos e mostrando soluções.

Entende, assim, que evita a fantasia politizada dos números oficiais…

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Flávio Dino se opõe a autor de lockdown sobre rigidez das medidas

Enquanto o juiz Douglas de Melo Martins aponta sanções aos desobedientes como forma de garantir o sucesso do bloqueio, governador mostra-se contrário, alegando circunstâncias da realidade social no Brasil; enquanto isso, mortes por coVId-19 batem recorde

 

Autor do lockdown, Douglas Martins defende medidas mais duras para evitar aglomerações, mas Flávio Dino acha que não se pode encarcerar as pessoas

O terceiro dia do lockdown judicial na Grande São Luís, nesta quinta-feira, 7, marcou um momento de clara divergência conceitual entre o autor do bloqueio, juiz Douglas de Melo Martins, e o governador Flávio Dino (PCdoB).

No mesmo dia, as mortes por coVID-19 chegaram a 320, com 25 novos óbitos.

Martins mostra preocupação com o futuro do lockdown, defende a imposição de sanções “como único caminho” para impedir a presença de pessoas nas ruas e justifica:

– Foram dois dias de caráter educativo, agora terá aplicação de multa.

Dino, por sua vez, entende que o bloqueio é um sucesso até agora e acha que não deve “fazer encarceramento em massa de pessoas”. 

E justifica ser normal essa movimentação, diante da realidade do país.

– Um grau de movimentação é normal, em face dos serviços essenciais e das condições sociais no Brasil, diferentes da Europa.

Diante da divergência de opinião entre autor e executor do lockdown, os números da coVID-19 seguem crescendo no Maranhão, agora com recorde de mortes. (Entenda aqui)

Quem tem razão?!?

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No terceiro dia de lockdown, mortes por coVID-19 batem recorde no MA

Estado registra 520 novos casos de contaminação pelo coronavírus, chegando ao total de 5.909 e 320 óbitos; só nesta quita-feira, 7, 25 pessoas morreram por causa da doença


Enquanto se discute  nas redes sociais se o lockdown decretado na Grande São Luís apresenta sucesso ou fracasso, o Maranhão registra, nesta quinta-feira, 7, o recorde de mortes por coVID-19.

Foram 25 óbitos em um total de 520 testes positivos para a doença.

O Maranhão chega a 5.909 casos de coVID-19, mostrando a tendência de subida da pandemia de coronavírus, com um total de 330 óbitos.

E a situação já é de quase-colapso na rede pública de atendimento…

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Mais da metade da população ignora lockdown no MA, diz estudo da USP

Índice de Rigidez do Distanciamento (RDS) usado pela Universidade de São Paulo – e referência no Brasil – revela que apenas 49% dos maranhenses mantiveram o isolamento social total nos dois primeiros dias de bloqueio na região da Grande São Luís

 

A população deu pouca ou nenhuma importância ao lockdown em São Luís, que Flávio Dino insiste em chamar de “um sucesso”

Duas narrativas estão se digladiando desde que foi iniciado o lockdown na região da Grande São Luís para conter o avanço do coronavírus no Maranhão.

A primeira é liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), que, a despeito da realidade das ruas nos bairros populares e na zona de comércio, garante que o bloqueio “é um sucesso”.

A outra narrativa, usada por setores da imprensa – que vai às ruas constatar se há comprometimento da população e capta as imagens já amplamente divulgadas – vê erros no lockdown e aponta medidas para evitar o fracasso anunciado.

O gráfico do Índice de Rigidez do Distanciamento, da Universidade de São Paulo, mostra que apenas 49,6% ficaram em casa no lockdown da terça-feira,5

Nesta quinta-feira, 7, estudo da Universidade de São Paulo comprova oficialmente que a narrativa da imprensa, e não a de Flávio Dino, é a correta neste momento.

De acordo com o Índice de Rigidez do Distanciamento (RDS) da USP – hoje usado como referência na análise dos resultados do distanciamento social em todo o país – menos da metade da população aderiu ao bloqueio nos dois primeiros dias de lockdown na Grande São Luís.

Para ser mais preciso: foram 49,6% na terça-feira, 5; e 49,3% na quarta-feira, 6.

Em 6 de maio, o índice de comprometimento da população com o bloqueio foi ainda menor, de 49,3% da população, segundo o estudo da USP

Pior: o índice de distanciamento em pleno lockdown ficou abaixo até mesmo da maior média do distanciamento no Maranhão, que foi de 54,8% no dia 22 de março, o domingo seguinte ao anúncio do primeiro caso de coVID-19 no estado. (Veja os gráficos que ilustram este post)

O RDS da USP atribui aos estados escores que vão de zero a 2, segundo sua rigidez e seu alcance geográfico. Em seguida, soma esses escores às medidas de proibição de aglomeração, fechamento de escolas e de trabalho, atribuindo escalas de zero a 100 para a rigidez do isolamento.  (Entenda aqui)

O maior índice de distanciamento social no Maranhão, de 54,8%, só foi alcançado em 22 de março, um dia depois do primeiro caso registrado no estado

O lockdown determinado pelo juiz Douglas de Melo Martins prevê medidas rígidas de restrição de deslocamentos, como multas e até detenções. 

Mas nem Flávio Dino, nem os prefeitos envolvidos implantaram essas medidas nas cidades atingidas. (Lembre aqui e aqui)

O resultado é o grande – e crescente – número de pessoas nas ruas, situação que o governador insiste em classificar de “sucesso”.

Mas os números não mentem, jamais…

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“Não vejo outro caminho”, diz Douglas Melo sobre multa no lockdown

Juiz que decretou o bloqueio geral diz que a aplicação de sanções a quem sair às ruas sem justificativa comprovada é a saída para salvar a situação, mas ressalta que isso cabe apenas às forças de segurança do governo e das prefeituras

 

Nos bairros populares e comerciais, o passeio de pedestres continua sem problemas, após três dias de bloqueio geral

Apesar da insistente declaração de sucesso do governador Flávio Dino (PCdoB), o lockdown decretado judicialmente na Grande São Luís, mostra claros sinais de fracasso, diante da desobediência generalizada da população.

Para mudar o quadro e garantir o bloqueio geral, a saída seria a aplicação de multa aos desobedientes, como defende o próprio autor da medida, o juiz da Vara de Interessas Difusos e Coletivos, Douglas de Melo Martins.

– Não vejo outro caminho – afirmou Martins, com exclusividade ao blog Marco Aurélio D’Eça.

O juiz ressalta, no entanto, que essa medida cabe apenas ao próprio Governo do Estado e à Prefeitura de São Luís, que dispõem das forças de segurança para aplicar as sanções a quem desobedecer o bloqueio.

Na quarta-feira, 6, o magistrado chegou a dizer, em entrevista ao blog do jornalista Diego Emir, que as multas seriam aplicadas a partir desta quinta-feria, 7, após dois dias de orientações.

Mas, ao que parece, se depender do governador Flávio Dino e dos prefeitos, essas multas não serão aplicadas, sobretudo pelo temor do desgaste político que elas trazem.

Além disso, para Flávio Dino – a despeito das imagens exibidas na imprensa nos três dias de bloqueio – “o lockdown é um sucesso”.

As avenidas desmentem com fatos o que o governador insiste em dizer nas redes sociais (imagem registradas às 13h desta quarta-feria, 7)

Dino insiste em não reconhecer que sem as medidas mais enérgicas não haverá redução na circulação de pessoas; e se recusa a radicalizar nas medidas contra os que desobedecem o bloqueio.

Pior: prefere dizer que nem existe desobediência.

As multas estão previstas na própria decisão de bloqueio proferida pelo juiz Douglas de Melo e estabelecidas também nos decretos que regulamentaram a medida, tanto o do governo quanto o das prefeituras da Grande São Luís.

Enquanto não forem usadas como coerção, a farra continuará grande nos bairros.

E o governador falando de sucesso nas redes sociais…

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Lockdown corre risco de fracasso na periferia…

Imprensa mostra diariamente locais de aglomeração, com lojas abertas e grande circulação de pessoas nos bairros mais afastados, mas as ações das autoridades se concentram apenas no Centro e na área nobre da capital maranhense

 

Apesar dos alertas quase diários, fiscais da Blitz Urbana encontraram na Cidade Operária lojas de confecções abertas em pleno lockdown

Embora mantenha o discurso público positivo nas entrevistas e redes sociais, o governo Flávio Dino (PCdoB) encarou pelo segundo dia consecutivo o pouco engajamento popular ao bloqueio geral contra o coronavírus.

A imprensa local e nacional têm mostrado diversos pontos de aglomeração, com lojas abertas irregularmente e grande movimentação nas ruas, sobretudo nas áreas mais afastadas do Centro.

Avenidas de grande concentração de comércio – Guajajaras, no São Cristovão; São Marçal, no João Paulo; Avenida Kennedy – e bairros como Cohatrac e Cidade Operária mantém lojas com portas parcialmente abertas e atendimento a clientes.

Além da desobediência da população, as barreiras das forças de segurança acabam gerando mais aglomeração, por que geram engarrafamentos e caudas gigantescas, sobretudo em locais de maior movimentação.

Embora haja a necessidade de fiscalização, as barreiras no trânsito geram engarrafamentos que geram aglomerações desnecessárias

Governo e prefeitura têm concentrado a fiscalização nas áreas do Centro e nas avenidas da área nobre, sobretudo nas proximidades das praias, deixando a periferia a mercê da própria consciência.

Até agora, as postagens do governador Flávio Dino e do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) jogam à própria população a consciência do isolamento, sem indicar se haverá fiscalização nos bairros.

Mas se houvesse a conscientização popular, o lockdown não seria necessário.

É simples assim…

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Governadores decidem lockdown que Flávio Dino preferiu terceirizar

No Pará e no Ceará os próprios gestores decidiram decretar o bloqueio geral, que, no Maranhão, foi decidida pelo Poder Judiciário por que o governador não teve a coragem necessária para decretar

 

O lockdown no Maranhão só saiu por decisão judicial, mas a propaganda comunista já o vende como modelo para outros estados. Não é

Dois novos estados brasileiros prepararam-se para entrar no sistema de lockdown contra o coronavírus a partir desta semana.

A notícia levou a propaganda comunista do Maranhão a anunciar que  o estado serviu de modelo para os demais.

Não serviu.

Ocorre que há uma diferença entre os governadores do Ceará, Camilo Santana (PT), e do Pará, Helder Barbalho (PMDB), em relação ao maranhense Flávio Dino (PCdoB).

Nos dois estados, os gestores tiveram a coragem de assumir, eles próprios, o bloqueio geral das atividades.

No Maranhão, o lockdown teve que ser terceirizado pelo Poder Judiciário, diante da insegurança demonstrada por Flávio Dino, mesmo diante do iminente colapso do sistema de saúde.

Por isso, o estado comandado pelo comunista continua a ser o único do Brasil onde a Justiça – e não o governador – decidiu pelo bloqueio.

E deve continuar a ser o único…

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Após denúncia do blog, blitz age em locais de aglomeração

Depois de um primeiro dia de indiferença de logistas e comerciantes em relação ao lockdown judicial do Maranhão, policiais amanhecem nas principais áreas do comércio – no São Cristovão e em outros bairros – onde houve excesso de gente nas ruas

 

Pontos como o Terminal da Integração, na Cohab, serviram de base para a barreira policial á circulação de veículos

No balanço do primeiro dia do lockdown judicial da Grande São Luís, o blog Marco Aurélio D’Eça mostrou que em alguns setores da capital maranhense o bloqueio foi ignorado por lojistas, comerciantes e população.

No São Cristovão, no Cohatrac, no João Paulo e na avenida Kennedy foram vistas aglomerações em agências bancárias e constatadas até lojas abertas. (Relembre aqui)

Na manhã desta quarta-feira, 6, policiais militares e a Blitz Urbana amanheceram nesses locais para impedir a abertura de lojas.

Algumas, que abriam apenas parte das portas, foram obrigadas a fechar.

A intenção é que, ao longo do dia, outros pontos considerados críticos em relação ao lockdown também sejam, visitados pelas forças de segurança.

O que não ocorreu no primeiro dia…

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Só metade da população cumpria isolamento antes do lockdown, revela Dino

Em São Luís índice foi de 56%; no Maranhão, foi de apenas 43% até segunda-feira, 4, segundo o próprio governador. Apesar do excesso de pessoas no João Paulo, na Kennedy e em outros pontos bancários, comunista classificou de “grande êxito” primeiro dia do bloqueio total

 

As agências bancárias, como esta na Kennedy, continuam a ser o principal problema para o isolamento social na pandemia, mesmo após o lockdown

O governador Flávio Dino (PCdoB) apresentou nesta terça-feira, 4, em entrevista à TV Mirante, um dado pela primeira vez revelado pelo Governo do Maranhão: a taxa de circulação de pessoas nas ruas, antes do bloqueio geral, era de 46% no Maranhão e de 53% em São Luís, o que significa dizer que metade da população nunca respeitou as medidas de isolamento social.

A partir dos dados a que o governo tem acesso, o governador anunciou que divulgará o antes e o depois do lockdown, no que diz respeito à circulação de pessoas.

Durante a entrevista à TV Mirante, Flávio Dino classificou como exitoso, o primeiro dia do lockdown na região da Grande São Luís, apesar da grande movimentação no João Paulo e na Kennedy, como comprovam imagens que ilustram este post.

– Os primeiros levantamentos ainda serão feitos para comparar o movimento de pessoas antes e depois [do bloqueio]. Mas já temos dados da Prefeitura de São Luís e do videomonitoramento do Ciops, que apontam um grande êxito – disse o governador.

No João Paulo, além das dificuldades com a feira, agências de bancos privados também são ponto de aglomeração

De acordo com a Prefeitura de São Luís, a redução na circulação de veículos atingiu menos da metade do usual, patamar baixo para um lockdown.

Os números oficiais do bloqueio devem ser apresentados ainda no final da noite desta terça-feira, 5…

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Pesquisadores previram colapso em hospitais de São Luís…

Desde a semana passada estudiosos da Universidade Federal de Minas Gerais apontam que as unidades de saúde, tanto públicas quanto privadas, podem ficar sem leitos por até 21 dias, o que obrigará à prorrogação do lockdown na região metropolitana

 

Com hospitais lotados, a projeção é que o colapso na rede de saúde chegue ao Maranhão já na próxima sexta-feira, 8 conforme estudo da UFMG (imagem meramente ilustrativa)

Os hospitais públicos e privados de São Luís deveriam chegar ao limite da capacidade de atendimento apenas na sexta-feira, 8.

É o que apontou, desde a semana passada, estudo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, que acompanham o desenvolvimento da pandemia de coronavírus e fazem projeções em todos os estados.

Mas o colapso se deu nesta segunda-feira, 4, e não há mais vagas para pacientes da coVID-19  nos hospitais maranhenses, segundo informações do Jornal da Globo.

Segundo o estudo da UFMG, em São Luís, a tendência é que os hospitais fiquem sem leitos pelo período de até um mês, o que forçará a prorrogação do lockdown na ilha.

A UFMG também projeta que os números de casos por dia no Maranhão bata os 700 já a partir desta terça-feira, 5, chegando ao pico de 1,5 mil casos por dia em 5 de junho.

O Lockdown pode servir para contrariar essas estimativas.

Mas apenas se o bloqueio funcionar de fato…

Com informações do blog de Diego Emir