Apesar do aumento acelerado no número de mortes, governo comunista resiste ao bloqueio total das atividades por que teme o desgaste político de ter que botar a polícia nas ruas para coibir a saída da população

São Luís já tem a maior proporção de casos de Covid-19 por 100 mil habitantes entre as capitais brasileiras; e ainda há milhares de suspeitos sem testes
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), sabe que o momento da pandemia de coronavírus no estado requer medidas extremas.
E entende-se como medida mais extrema a decretação do lockdown em todo o estado.
Mas o governador Flávio Dino sabe também que o bloqueio total das atividades no estado gera desgaste político, por que, neste caso, ele é obrigado a ter que usar as forças policiais para coibir a saída da população.
E este desgaste necessário, Flávio Dino não quer.
Não quer por que prefere ficar nas redes sociais anunciando leitos que ninguém sabe onde estão e respiradores que não podem ser usados por que não há mais leitos para eles.
Os agentes do governo maranhense alegam ao blog Marco Aurélio D’Eça que ainda estudam o lockdown por que não têm certeza de sua eficácia diante de uma população desinformada quanto à real necessidade de ficar em casa.

Só a presença das forças policiais nas ruas vai garantir a permanência do cidadão desinformado em casa, o que gerará desgaste para o governo, mas salvará vidas
Mas a eficácia só será garantida com a presença das forças de segurança: Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil – e, nos municípios, a Guarda Municipal e os agentes de trânsito.
E a ação dessas forças vai, sim, gerar desgaste político.
Mas quem está preocupado somente em salvar vidas neste momento – mesmo a vida daqueles que nem sabem que têm vida – não pode ficar preocupado com desgaste político.
Qualquer desgaste político vale as vidas que serão garantidas com o lockdown.
Pense nisso, Flávio Dino…