Mical Damasceno sai em defesa de Dalton Arruda…

Com visão evangélica sobre o episódio envolvendo o parlamentar acusado de agressão doméstica e ameaça de morte contra a ex-esposa, deputada do PSD ressalta que o colega reconheceu seus erros e tenta reconstruir sua vida

 

VISÃO EVANGÉLICA. Mical Damasceno defendeu Dalton Arruda a partir de suas crenças, mas ninguém em plenário a rebateu ou comentou seu discurso

A deputada estadual Mical Damasceno (PSD) apresentou nesta quarta-feira, 19, uma nova visão em relação ao colega de partido Dalton Arruda, suplente que está no exercício do mandato na  Assembleia Legislativa e vem sendo pressionado a deixar a vaga aberta pelo titular Eric Costa por responder a processo de agressão doméstica e ameaça de morte contra a ex-mulher.

“E eu quero aqui falar sobre o nosso colega Deputado Dalton Arruda. Por que eu vim falar? Porque sou realmente conhecedora de que Jesus pode transformar. E o Deputado Dalton Arruda tem sido alvo de julgamentos pelo seu passado. No entanto, até o momento, a Justiça não o condenou e, mais do que isso, ele mesmo reconhece os seus erros. Deu um novo rumo à sua vida e hoje construiu uma nova história ao lado da sua esposa Poliana”, afirmou Damasceno.

  • Dalton Arruda responde a processo por agressão e ameaça de morte contra a ex-mulher, Janayna do Socorro Muniz Arruda;
  • na Assembleia, a bancada feminina e movimentos sociais de mulheres têm pressionado o comando da Casa por providências;
  • desde que assumiu, Arruda jamais participou das sessões da Casa, diante do risco de constrangimento e polêmicas em plenário.

“O Evangelho de Cristo não se baseia apenas em justiça, mas também em amor, perdão e transformação. Se Deus, em sua infinita misericórdia, concede ao homem a oportunidade de recomeçar, quem somos nós? Quem somos nós para negar essa chance? É por isso que eu trouxe essa discussão para esta Casa hoje. Claro, ninguém está acima da lei, mas, até que haja uma sentença, é preciso lembrar que nossa função não é apenas apontar falhas, mas também reconhecer quando há arrependimento e mudança genuína”, pregou a deputada Mical Damasceno.

POSICIONAMENTO OFICIAL. Apesar da polêmica, Mical é a primeira parlamentar a fala do assunto na tribunal da Alema

O posicionamento da parlamentar é baseado em sua cosmovisão de mundo a partir da crença evangélica.

Nenhum outro parlamentar presente à sessão respondeu ou comentou o discurso da colega do PSD…

Deputados maranhenses defendem frei bolsonarista acusado de misoginia…

André Fufuca, que é ministro do Esporte, e Márcio Honaiser, do PDT, viram como expressão da fé católica a pregação do religioso no Dia Internacional da Mulher, que reduziu o sexo feminino a mero auxiliar do masculino

 

POPSTAR BOLSONARISTA. André Fufuca e Márcio Honaiser saíram em defesa do frei acusado de reduzir o papel da mulher em nome da religião

O ministro do Esporte e deputado federa licenciado André Fufuca (PP), e seu colega de bancada Márcio Honaiser (PDFT), publicaram em suas redes sociais defesas do frei católico Gilson da Silva Pupo Azevedo, bolsonarista declarado, anticomunista e defensor da submissão feminina ao homem como herança de Deus.

  • Frei Gilson foi fortemente criticado no último dia 8, ao pregar que a mulher tem de assumir seu papel de mera auxiliar do homem;
  • o religioso católico também tem sido rebatido nas redes sociais por sua postura anticomunista e defensor dos ideais de direita;
  • ele tem sido visto como o novo fenômeno bolsonaristas, estrela do canal Brasil Paralelo para alcançar a igreja católica.

“A religião transcende ideologias e partidos políticos. Criticar a fé ou os religiosos, de qualquer crença, é um desvio do que realmente importa: a busca pela união, pelo amor e pela paz. O mundo precisa de mais diálogo e menos divisões. Minha solidariedade ao frei Gilson”, declarou Fufuca, após as críticas pelo discurso do padre no Dia Internacional da Mulher.

“Os ataques ao frei Gilson não têm qualquer justificativa. Devemos todos ser livres para expressar nossa fé sem perseguição e agressões. Minha solidariedade ao Frei e a todos que realizam um trabalho tão importante quanto a evangelização cristã”, defendeu Honaiser.

Na internet, Frei Gilson é visto como um instrumento da extrema direita para alcançar a igreja católica; os bolsonaristas já controlam boa parte do rebanho evangélico, mas enfrentam resistência em segmentos católicos mais progressistas. No dia 8 de março, em live para mais de 1 milhão de pessoas, o frei Gilson desqualificou o feminismo. (Veja vídeo acima)

“Essa é uma fraqueza da mulher: ela sempre quer ter mais. ‘Eu não me contento só em ser… em ter qualidades normais de uma mulher. Eu quero mais’. Isso é ideologia dos mundos atuais. Uma mulher que quer mais… vou até usar a palavra que vocês já escutaramamuito: empoderamento!. O homem, foi dado a ele a liderança, mas a mulher tem o desejo de poder. Não é desejo de serviço, é desejo de poder. Repito a palavra: empoderamento. Portanto, eu já começo a falar: a guerra dos sexos é é ideologia pura, é diabólica. Para curar a solidão do homem, Deus fez você [mulher]. Ela nasceu para auxiliar o homem”, afirmou o religioso católico. (Saiba mais aqui)

Movimentos sociais, partidos e lideranças políticas, organismos internacionais e até lideranças da própria igreja católica condenaram a fala do padre.

Mas, como se vê na defesa dos deputados maranhenses, há quem veja nisso apenas expressão da liberdade religiosa.

Pequeno dicionário feminista para machistas em descontrução…

As próprias expressões que dão título a este post são confundidas e mal interpretadas por homens – e mulheres – que já deveriam estar plenamente conscientes na busca pela equidade entre os gêneros

 

EMPATIA E UNDIADE. Juntas, as mulheres ocupam espaços importantes; separadas, ficam a mercê

Ensaio

  • “A sororidade das mulheres sempre reforça o caminho da equidade de gênero na busca pela igualdade nestes tempos de machismo em desconstrução.”

A frase acima foi criada exatamente no momento em que este post estava sendo escrito neste 8 de março de 2025, Dia Internacional da Mulher; e é quase certo que poucos dos leitores deste blog Marco Aurélio d’Eça – tanto homens quanto mulheres – conseguiram captar plenamente o significado dela.

Em 2017, o jornal espanhol El País publicou o “Vocabulário Feminino que todos já deveriam estar dominando em 2017”; passados oito anos, boa parte da população feminina brasileira – e praticamente toda a população masculina – ainda não sabe exatamente o que significa termos como feminismo, equidade e sororidade tão comuns às mulheres que sofrem com a desigualdade de gênero neste século XXI.

O “Pequeno Dicionário Feminista para Machistas em Desconstrução” também foi criado especialmente para este post pelo titular deste blog Marco Aurélio d’Eça – pai de meninas, adepto do empoderamento feminino e, culturalmente, um machista que vem se desconstruindo ao longo dos últimos 30 anos.

  • machista em desconstrução é aquele homem que reconhece ter sido criado em um ambiente culturalmente patriarcal, que sabe do preconceito estrutural no país, e reconhece também que a manutenção deste comportamento pode levar à violência contra a mulher; desconstruir-se como machista é reconhecer e aceitar as políticas afirmativas da mulher, para a mulher e pela mulher.

“O machismo se manifesta de diferentes maneiras e se perpetua por ideias e comportamentos que, muitas vezes, são considerados normais, mas que, na verdade, são prejudiciais, violentos, limitam a liberdade das mulheres, impedindo que elas alcancem seu potencial máximo”, diz a jornalista Patrícia Alencar, no artigo “O papel do homem na desconstrução do machismo”. (Leia aqui)

UM SOBE E AJUDA A OUTRA. A mulher que tem sororidade sabe ocupar seu espaço na sociedade

Mas nem toda mulher reconhece a importância do empoderamento feminino; essas mulheres pensam como homens por que também criadas em ambiente religiosamente patriarcal, estruturalmente preconceituoso e violentamente machista; para essas mulheres é que existe o termo Sororidade.

  • Sororidade é o termo em português para  a expressão francesa sororitè, que remete à solidariedade, à empatia e ao acolhimento entre as mulheres; a expressão foi criada para quebrar a competição entre as próprias mulheres, estimulada, obviamente, em um ambiente machista, por homens que viam, ou veem, na divisão uma forma de dominação de gênero. Mulher deve acolher mulher. Ponto.

“A sororidade, enquanto ideia e prática, é uma resposta à misoginia, isto é, ao ódio ou aversão a mulheres. A misoginia, manifestação em grau extremado do machismo estrutural, reflete-se também no relacionamento entre mulheres, gerando rivalidade entre elas”, explica o portal Brasil Escola. (Leia aqui)

Uma mulher consciente da sororidade entre elas tem maior capacidade de passar para um próximo estágio de entendimento do significado de feminismo, por que vai saber exatamente como exigir a equidade entre os gêneros no dia dia, seja no mercado de trabalho, na política ou qualquer outra situação cotidiana.

  • Equidade de gênero é o reconhecimento das características próprias de um indivíduo ou grupo de individuo, garantindo o equilíbrio na balança da Justiça para oferecer condições próprias no tratamento a esses indivíduos; em outras palavras, para que a mulher tenha igualdade de condições na disputa por espaços, é preciso que se leve em condições suas vulnerabilidades, sua biologia e o seu papel social.

“Pessoas de gêneros distintos são diferentes e as suas particularidades devem ser levadas em conta na garantia dos seus direitos e oportunidades. Assim, direitos específicos devem ser construídos para lidar com as especificidades de cada gênero”, ensina o site Politize.com.

CONSCIENTES DE SI. As mulheres buscam cada vez mais espaços sociais e lutam unidas pelos seus direitos

Consciente de sua condição de machista em desconstrução, certa de que terá sororidade no seu grupo e perfeitamente adaptada à equidade, a mulher pode agora buscar a igualdade de condições entre desiguais para alcançar o empoderamento feminino, expressão-mestra do feminismo no mundo.

  • Empoderamento feminino é a garantia de participação efetiva da mulher em todas as instâncias de decisão, política, econômica e social, levando em consideração suas características e dando a elas as oportunidades com base na equidade; empoderar uma mulher não é apenas dar poder a elas, mas garantir sua representatividade, respeitar seu lugar de fala e oportunizar ações que reforcem sua condição de gênero.

“O Empoderamento Feminino acontece quando há a conscientização das mulheres de reivindicarem por seus direitos, garantindo que possam estar cientes da luta pela total igualdade entre os gêneros em diversos cenários sociais”, explica a escritora Katlin Mallet, da organização Mind Miners.

 Entendendo o conceito de “machismo em desconstrução”, aplicando a sororidade, exigindo a equidade e buscando a representatividade a mulher estará empoderada e o feminismo implantado na sociedade com respeito ao estado de direito.

E quem leu o texto até aqui terá condições de entender a frase que iniciou o post; agora reescrita, ela diz exatamente assim:

  • “Quando uma mulher dá acolhimento a outra, ambas conseguem, juntas, garantir condições justas para ocupar seu espaço; e terão suas garantias de representatividade respeitadas por homens também cientes de seu papel social”.

É simples assim….

PSDB repudia insulto de FC Oliveira à primeira-dama de Codó…

Na tentativa de conquistar eleitores do prefeito José Francisco, candidato do PT debochou da mulher do adversário e ainda incentivou eleitores a continuar a “esculhambar”, num gesto classificado pelos tucanos como agressivamente misógino

 

O PSDB-Mulher nacional classificou de misógino e violento o discurso do folclórico empresário de Codó

O folclórico candidato do PT a prefeito de Codó, Francisco Carlos Oliveira, o FC Oliveira, perdeu o prumo da própria campanha ao sair com insulto gratuito à primeira-dama do município Irene Neres, durante uma reunião na cidade.

No início do vídeo Chiquinho aplaude comentários ofensivos sobre Irene Neres

Desrespeitoso, insuflou eleitores a debochar da aparência da mulher do atual prefeito José Francisco (PSDB) e ainda estimulou os presentes a “continuar a esculhambar” Irene Neres.

Tudo começou com o diálogo inicial entre Chiquinho Oliveira e uma eleitora:

  • Vocês sabem qual foi a maior obra dele?” – perguntou o petista, sobre a gestão de Zé Francisco.
  • Foi o reboco da cara da Irene!!!” – respondeu a eleitora, seguido da pergunta de FC Oliveira:
  • É verdade minha gente? É verdade?”.
  • “Eita!!! Arrocha!!! Quem é que quer mais esculhambar?!?: Quem quer mais esculhambar, minha gente, aproveita a hora…” concluiu o candidato do PT. (Veja os vídeos)
Na sequência do vídeo o petista pergunta quem quer “continuar a esculhambar” a primeira-dama

O ato repercutiu negativamente na cidade de Codó, ganhou o Maranhão e chegou ao diretório nacional do PSDB, que emitiu nota de repúdio, assim como o diretório estadual.

Em nota, o PSDB maranhense disse que FC Oliveira estimula e aplaude comentários misóginos, machistas de extremo mau gosto; e declarou:

A cidade de Codó, com mais de 100 mil habitantes, em sua maioria composta por mulheres, não merece ser administrada por alguém com atitudes aquém dos padrões civilizatórios”.

Já o diretório nacional do PSDB disse que a atitude do candidato petista “é inaceitável em qualquer contexto”.

Comentário como este não apenas desrespeitam a pessoa atacada, mas também contribuem para perpetuar a violência e o preconceito de gênero”, disse o partido.

O folclórico empresário FC Oliveira enriqueceu, mas o dinheiro não lhe tirou a grosseria

FC Oliveira é um self-made man codoense que enriqueceu sem maiores formações culturais e virou uma espécie de milionário excêntrico em Codó, conhecido mais pelos seus exemplos de grosseria que pela própria história empresarial.

Pela primeira numa disputa eleitoral no município em que controla praticamente tudo, mostra agora que a grosseria vem de berço.

Mas nem mesmo seus milhões são capazes de parar a repercussão dessas grosserias…

A covardia machista contra Silvana Noely

Ao tentar manipular informações para acusar a vereadora que decidiu cobrar por união ao colega Domingos Paz na Câmara Municipal, defensores do assediador expõem a face mais patriarcal da sociedade de São Luís

 

Domingos Paz tenta se salvar das acusações sexuais atacando a colega Silvana Noely, que quer punição ás suas práticas

Editorial

Qualquer espectador, por mais ingênuo que seja, percebe o nível de manipulação no vídeo exibido esta semana pelo vereador Domingos Paz (DC) na tentativa de manchar a reputação da colega Silvana Noely (PSB); Paz, como se sabe, vem sendo acusado há dois anos de assédio sexual, importunação sexual e até estupro de vulnerável.

No vídeo, ele não tenta negar nenhuma das acusações – que já foram e voltaram da polícia e da Justiça inúmeras vezes – mas apenas acusar Noely, vereadora que decidiu por cobrar punição ao colega.

Mas o pior foi a repercussão dada ao vídeo manipulado pelos defensores de Domingos Paz.

O problema do vereador-assediador nem são as acusações que explodiram na Câmara Municipal em 2022 , mas seu histórico de práticas desta natureza, inclusive na igreja que ele frequenta desde sempre, a Assembleia de Deus; há anos o titular deste blog Marco Aurélio d’Eça ouve relatos de práticas sexuais protagonizadas pelo parlamentar.

Em dezembro de 2023, este blog Marco Aurélio d’Eça trouxe com exclusividade parte desses relatos, no post “Denúncia contra Domingos paz circula desde 2021 na Polícia, na Câmara e na imprensa”

– Relatos horrendos dão conta de abusos praticados contra a garota, à época com 11 anos. O que hoje é tratado de “assédio”, chegou a ser chamado de “estupro de vulnerável” e “exploração de trabalho escravo.”, revelou este blog, à época.

Silvana Noely é uma parlamentar corajosa e militante, que decidiu expor a própria história pessoal na tentativa de fazer justiça.

Há uma clara rede de proteção a Domiongos paz que envolve não apenas a pol´tiica, mnas a polícia, a Jusituça o Minsitério Público e até setyores da imprensa; uma rede de proteção machista, misógina e patriarcal.

mas forjar depoimentos só aumenta o nível de cr4imninalidade do parlamentar…

Deputada quer sessão “cheia de machos” no Dia da Família

Objetivo da evangélica e conservadora Mical Damasceno – que declarou ter tido a ideia por inspiração divina – é marcar a comemoração mostrando para a sociedade que “o homem é o cabeça da família”

 

Deputada Mical Damasceno manifestou sua crença religiosa mais uma vez na tribuna da Assembleia defendo o homem como cabeça da família

Em mais um discurso ideológico e religioso na tribuna da Assembleia Legislativa, a deputada estadual Mical Damasceno (PSD) propôs nesta quarta-feira, 17, uma sessão plenária apenas com homens no dia 15 de maio, quando se comemora o Dia da Família.

O objetivo, segundo ela,  Mical Damasceno (PSD) “é mostrar para a sociedade quem é o cabeça da família”.

– Nós vamos encher esse plenário no dia 15 de maio de macho. A mulher tem que entender que ela deve submissão ao marido, doa a quem doer, porque as feministas defendem que tem esse direito de igualdade, elas querem estar sempre numa guerra contra o homem; e a senhora como católica praticante a senhora sabe que quem é o cabeça da família é o homem, assim como Cristo é o cabeça da igreja – pregou Mical.

A parlamentar revelou que recebeu inspiração divina para esta ideia quando refletia sobre a data comemorativa.

– Veio uma ideia em meu coração que eu acredito que seja divina, pra dizer que ele [o homem] representa esta instituição, a primeira instituição criada por Deus” – frisou a parlamentar.

Não houve manifestações contra ou a favor da deputada…

Corpo de Bombeiros tem, pela primeira vez, uma mulher na disputa por vaga de coronel…

Promoção ocorrerá na próxima segunda-feira, 21, e apenas uma tenente-coronel feminina concorre – pelo critério de merecimento – a uma das três vagas abertas, contra 22 oficiais masculinos; outras oito mulheres disputam com 21 homens as quatro vagas de tenente-coronel disponíveis na mesma data

 

Militares femininas do Corpo de Bombeiros reunidas em homenagem da tropa; quem sabe um dia uma delas não esteja no comando da corporação?!?

O Corpo de Bombeiros Militar pode ter, a partir desta segunda-feira, 21, a primeira mulher coronel da história da corporação.

Na lista de oficiais aptos às três vagas abertas apenas uma mulher concorre com nada menos que 22 tenentes-coronéis do sexo masculino; a vaga é por merecimento, o que significa critério subjetivo na escolha.

O CBMMA nunca teve uma militar feminina em seu quadro de coronéis.

Atualmente, apenas duas mulheres compõem o quadro de tenentes-coronéis; na lista de promoções da próxima segunda-feira, 21, há oito majores FEM concorrendo com 21 homens a quatro vagas de TC, duas por merecimento e duas por antiguidade. 

Na Polícia Militar – que também realiza promoções de oficiais e praças nesta segunda-feira, 21 – a primeira coronel feminina foi Inalda Pereira da Silva, em 1995; depois dela, apenas Maria Augusta Andrade chegou ao mesmo posto, e apenas 12 anos mais tarde, em 2017. (Conheça a história aqui)

Apesar de completar 187 anos na próxima quarta-feira, 23, a PMMA só passou a receber mulheres em seus quadros a partir de 1982.

O machismo é ainda tão preponderante no militarismo que a Academia Militar de Agulhas Negras (Amam), formadora dos oficiais do Exército, só teve a primeira turma com participação de mulheres em 2021, 210 anos após sua fundação. 

Este assunto foi, inclusive, tema do blog Marco Aurélio d’Eça, em 2020, em crítica à patrulha contra policiais femininas que faziam vídeo no tiktok, no post com título “A postura medieval da Polícia Militar”.

Seria bom que mulheres já estivessem há muito tempo nos quadros de forças armadas e suas auxiliares, mas diante do machismo ainda arraigado na sociedade, é preciso algum tipo de pressão para que “cotas” sejam estabelecidas.

Talvez em ano de Copa do Mundo feminina ou mesmo seguindo o exemplo do governador Carlos Brandão (PSB), que homenageou as mulheres com Iracema Vale sendo a primeira mulher presidente da Assembleia, possa-se ver mulheres no alto oficialato das forças militares do estado.

E quem sabe, no futuro, uma primeira comandante feminina?!?

Imagem do dia: Marcos do Val debocha de Flávio Dino com postagem hetero-top, mas pode ter quebrado o decoro

Senador divulga em suas redes sociais fotos suas ao lado das do ministro da Justiça, ambos de sunga, com mensagens subliminares com claro apelo sexual, machista e sexista, o que afronta a postura exigida de um representante do Senado Federal

 

A postagem lacração do tipo hetero-top-cis-alfa de Marcos do Val; colegial perde…

O senador  Marcos do Val (Podemos-ES) tentou nesta quinta-feira, 1º, fazer mais uma gracinha com o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) – de quem é desafeto – mas pode ter ultrapassado os limites do decoro parlamentar.

Em suas redes sociais, Do Val postou foto sua, apenas de sunga, ao lado da foto de Flávio Dino, também apenas de sunga de banho, com uma mensagem clara.

– Cada um usa a arma que tem – disse o senador, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acrescentando, erradamente, um circunflexo na palavra tem.

Ficou claro o tom de deboche do senador em relação ao ministro da Justiça, coisa típica de colegial secundarista em busca de lacração, que recebeu até algumas curtidas no instagram.

Mas ao comparar, de forma debochada, os atributos sexuais seus com o do ministro, ele pode ter extrapolado os limites do decoro parlamentar para além da postura “macho-alfa-hetero-cis”.

Dino não se manifestou sobre a “lacração” do senador bolsonarista…

7

Para se filiar, Bolsonaro exige mudança no nome do Partido da Mulher Brasileira

Presidente pretende disputar a eleição pelo PMB, mas exigiu que a legenda passasse a se chamar Brasil 35; mudança se dará também no Estatuto, que tem a valorização da mulher como principais lemas

 

Desprezível com a condição da mulher, Bolsonaro já partiu até para agressão a uma delas em pleno Congresso Nacional

O presidente Jair Bolsonaro deu mais uma mostra do seu já conhecido machismo ao exigir que o PMB (Partido da Mulher Brasileira) mudasse de nome para poder receber a sua filiação.

Com a carreira marcada por frases e gestos de desprezo à condição da mulher – inclusive da própria filha – Bolsonaro precisa de uma legenda para concorrer às eleições de 2022, mas não quer ser vinculado a um partido claramente defensor das políticas de valorização da mulher.

O partido vai passar a se chamar “Brasil 35”, e aceitou mudar, inclusive, o próprio estatuto para abrigar o presidente e seus conceitos medievais. 

A exigência da mudança de nome do Partido da Mulher Brasileira é claramente preconceituosa, uma vez que fica claro o desconforto de Bolsonaro em se filiar a uma legenda com este nome.

O pior, no entanto, é a legenda aceitar se desfigurar conceitualmente em nome de uma perspectiva de poder…

8

Sobre opressão e reação…

Incrível que até aparentes defensores da igualdade e da equidade critiquem a “forma agressiva” com que se tenta punir racistas e machistas de toda sorte; esquecem esses “coerentes e serenos” que ações de afirmação de gênero, de raça e de condição sexual – por mais duras que sejam – refletem apenas reação a um processo histórico opressor

 

O assédio é fruto do machismo arraigado na cultura brasileira; e o feminismo é só uma reação a isso

Editorial

Nos últimos dias, intensos debates sobre racismo, machismo, feminismo e homofobia surgiram nas redes sociais por fatos envolvendo pessoas famosas ou nem tanto assim.

E houve casos, inclusive, em São Luís.

Muita gente boa, aparentemente com boa formação, tem metido a colher nesta questão.

E é incrível que até aparentes defensores da equidade de gênero, da igualdade de raças e de condição sexual tentem pichar uma reação ao racismo e ao machismo com  as cores da “agressividade”.

Tudo o que se vê hoje contra o machismo, contra o racismo, contra a homofobia é uma reação, não uma ação.

As feministas que gritam nas ruas contra a opressão do “macho” estão em desabafo, espécie de catarse de um longo período de ações de tipos como estes ora em xeque – que assediam mulheres, humilham e oprimem as que não aceitam suas cantadas e manipulam para prejudicar quem resiste a eles.

Natural que a reação a estes tipos provoque uma histeria coletiva.

Mas ainda assim, essa aparente histeria é apenas reação a tudo o que estes tipos já fizeram em um longo processo histórico-cultural de um país ainda com viés primitivo.

Não são os negros que escolhem a segregação; e a reação deles a isso deve ser encarada apenas como reação

Qualquer violência do negro em relação à elite branca deve ser encarada como reação ao processo histórico de opressão.

Não se pode condenar um negro por odiar um branco. Este ódio não nasceu com ele, mas é fruto da reação a um processo histórico.

Da mesma forma, uma feminista que grita e agride um brucutu machista está apenas reagindo a ele.

Assim vale também para todos os exageros dos GLBT.

Qualquer exagero do movimento LGBT deve ser visto como efeito colateral de uma necessidade de afirmação

Gays, lésbicas, transexuais, transgêneros e todos os inúmeros tipos que definem a condição sexual – condição não é opção, deixe-se claro – podem até ser agressivos, violentos, grosseiros, provocadores… mas, ainda assim, estão apenas reagindo, não agindo.

O feminismo pode ser tão agressivo quanto o machismo. Mas é o machismo que está errado  precisa ser combatido, não o feminismo.

E é isso que intelectuais e pensadores precisam compreender.

Ou pelo menos deveriam ensinar…