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Com nomeações bisonhas e arroubo autoritário, Flávio Dino vai criando imagem ruim em Brasília

Nomeações equivocadas para o seu futuro Ministério da Justiça e declarações autoritárias em relação aos manifestantes que se mobilizam em frente aos quartéis tem deixado o senador eleito do Maranhão em situação difícil com colegas de governo, imprensa e personalidades públicas

 

Flávio Dino quer retirar os manifestantes da frente dos quartéis na marra, mas os chefes militares são contra este arroubo autoritário do governo

Análise da Notícia

Bastaram apenas duas semanas como ministro da Justiça anunciado para que a imagem do ex-governador maranhense Flávio Dino (PSB) começasse a ruir em Brasília.

Somando nomeações equivocadas para o seu ministério – sendo obrigado a “desnomear” os escolhidos – com declarações estapafúrdias sobre as manifestações em frente aos quartéis do Exército têm dado a Dino a imagem de despreparo e autoritarismo.

O comunista maranhense quer que os bolsonaristas dos quartéis sejam arrancados na marra, a partir do dia 1º de janeiro, o que é visto com ressalvas por setores do governo. Tanto que o futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, já mostrou-se contrário a esta posição de Dino.

– Não vamos tirar ninguém na marra – afirmou Múcio, em entrevista ao jornal Valor Econômico.

As críticas à postura autoritária do futuro ministro da Justiça ganharam também a Internet, com manifestações de artistas e personalidades públicas nacionais.

– Esse cara é completamente despreparado para o cargo que vai ocupar…só fala bobagem… é uma decepção total… parece criança birrenta – criticou o cantor Peninha em manifestação nas redes sociais.

A defesa de Dino pela retirada dos manifestantes, na marra, esbarra na postura do próprio governo Bolsonaro (PL) durante a prisão de Lula, em Curitiba, quando manifestantes do PT e da esquerda fizeram vigília na porta da Polícia Federal sem que tenham sofrido qualquer represália.

A presença dos manifestante em frente aos quartéis, ainda que bizarra, sem sentido, inócua e ingênua, não causa qualquer tipo de transtorno aos demais segmentos da sociedade.

Forçar sua retirada, como quer Dino, é um rasgo de autoritarismo que não condiz com a pregação de Lula.

E o presidente eleito, em última instância, precisa se manifestar…

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“Frente Antifascista” também pode ser enquadrada no Código Penal…

Grupo que ameaça queimar bancos, escolas e empresas em São Luís, tem posicionamento de esquerda e prega ações contra governo Bolsonaro, mas pode estar ferindo a mesma legislação, usada pela SEIC contra grupo de direita que tentava se manifestar contra o governo Flávio Dino

 

As conversas do grupo “Antifascistas SLZ” reveladas por Gilberto Léda; possível apologia a crimes previstos no Código Penal

Grave a revelação do blog do jornalista Gilberto Léda, nesta segunda-feira, 1º, sobre a “Frente Antifascista SLZ” – coordenada pelo jovem identificado por Raffael Reis – e que planeja em grupos de Whatsapp queimar agências bancárias e empresas como o restaurante Coco Bambu, o colégio Dom Bosco e o Tropical Shopping. (Entenda aqui)

Há duas semanas, a Superintendência de Investigações Criminais (SEIC) intimou para depor membros de um grupo intitulado “Fora Dino”, que preparava manifestações de rua contra o governo comunista.

Na época, o secretário de Segurança Pública Jefferson Portela alegou que os manifestantes foram chamados com base no artigo 268 do Código Penal.

O blog Marco Aurélio D’Eça perguntou nesta segunda-feira, 1º, se o secretário usará o mesmo artigo contra a “Frente Antisfascista SLZ” – ou mesmo outros, já que, além da aglomeração, o grupo anuncia a prática de crimes.

Até a edição deste post, Portela não havia respondido às mensagens…

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Manifestação do Pixuleco foi devidamente comunicada às autoridades policiais…

Boneco destruído por petistas enfurecidos, no sábado, 5 – incluindo secretários de Edivaldo Júnior e de Flávio Dino – era parte de protesto para o qual foi solicitada, inclusive, segurança da Polícia Militar e orientação de agentes de trânsito

 

Pixuleco foi destruído por petistas enfurecidos em SL

Pixuleco foi destruído por petistas enfurecidos em SL

exclusivoOs petistas que destruíram o boneco inflável Pixuleco – uma sátira ao ex-presidente Lula – usaram para justificar o vandalismo o argumento de que os manifestantes não tinham autorização para estar ali.

Mas eles tinham sim.

Pelo menos é o que prova Ofício encaminhado pelo movimento “Vem Pra Rua” ao comandante do Policiamento Metropolitano, coronel PM Pedro Ribeiro.

O documento, assinado pelo médico Allan Garcêz, foi recebido e carimbado pelo CPM no dia 4 de março.

– Nesta data [5 de março] estaremos fazendo a exposição de um boneco inflável chamado de Pixuleco, e que visa divulgar a manifestação popular que será realizada em todo o país no dia 13 de março – explica o Ofício do movimento. (Veja cópia carimbada abaixo)

Foi exatamente pelo fato de o movimento estar autorizado que guarnições da Polícia Militar e da Secretaria de Trânsito estavam na praça Maria Aragão para garantir a paz do protesto.

Foi então que chegaram membros do PT, entre os quais os secretários Márcio Jardim, do governo Flávio Dino (PCdoB), e Marlon Botão, da gestão de Edivaldo Júnior (PDT) em São Luís.

Usando facas, estiletes, barras de ferro e pedaços de paus, os petistas enfurecidos – muitos dos quais dirigentes do partido, que avalizaram o vandalismo – destruíram o boneco, agrediram manifestantes e partiram para o confronto, inclusive com a polícia.

Até agora, ninguém foi autuado ou indiciado pelos atos…

autorização