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Corpo de Bombeiros tem, pela primeira vez, uma mulher na disputa por vaga de coronel…

Promoção ocorrerá na próxima segunda-feira, 21, e apenas uma tenente-coronel feminina concorre – pelo critério de merecimento – a uma das três vagas abertas, contra 22 oficiais masculinos; outras oito mulheres disputam com 21 homens as quatro vagas de tenente-coronel disponíveis na mesma data

 

Militares femininas do Corpo de Bombeiros reunidas em homenagem da tropa; quem sabe um dia uma delas não esteja no comando da corporação?!?

O Corpo de Bombeiros Militar pode ter, a partir desta segunda-feira, 21, a primeira mulher coronel da história da corporação.

Na lista de oficiais aptos às três vagas abertas apenas uma mulher concorre com nada menos que 22 tenentes-coronéis do sexo masculino; a vaga é por merecimento, o que significa critério subjetivo na escolha.

O CBMMA nunca teve uma militar feminina em seu quadro de coronéis.

Atualmente, apenas duas mulheres compõem o quadro de tenentes-coronéis; na lista de promoções da próxima segunda-feira, 21, há oito majores FEM concorrendo com 21 homens a quatro vagas de TC, duas por merecimento e duas por antiguidade. 

Na Polícia Militar – que também realiza promoções de oficiais e praças nesta segunda-feira, 21 – a primeira coronel feminina foi Inalda Pereira da Silva, em 1995; depois dela, apenas Maria Augusta Andrade chegou ao mesmo posto, e apenas 12 anos mais tarde, em 2017. (Conheça a história aqui)

Apesar de completar 187 anos na próxima quarta-feira, 23, a PMMA só passou a receber mulheres em seus quadros a partir de 1982.

O machismo é ainda tão preponderante no militarismo que a Academia Militar de Agulhas Negras (Amam), formadora dos oficiais do Exército, só teve a primeira turma com participação de mulheres em 2021, 210 anos após sua fundação. 

Este assunto foi, inclusive, tema do blog Marco Aurélio d’Eça, em 2020, em crítica à patrulha contra policiais femininas que faziam vídeo no tiktok, no post com título “A postura medieval da Polícia Militar”.

Seria bom que mulheres já estivessem há muito tempo nos quadros de forças armadas e suas auxiliares, mas diante do machismo ainda arraigado na sociedade, é preciso algum tipo de pressão para que “cotas” sejam estabelecidas.

Talvez em ano de Copa do Mundo feminina ou mesmo seguindo o exemplo do governador Carlos Brandão (PSB), que homenageou as mulheres com Iracema Vale sendo a primeira mulher presidente da Assembleia, possa-se ver mulheres no alto oficialato das forças militares do estado.

E quem sabe, no futuro, uma primeira comandante feminina?!?

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Como viver em um país assim…

Com ministro do Meio Ambiente que prega a destruição do Meio Ambiente, ignorante no comando da Educação e auxiliar negro que odeia negro o clima no Brasil é cada vez mais beligerante; e o afastamento da oposição pelo medo abre espaço para o absolutismo

 

Os generais estão diariamente no pé-de-ouvido de Bolsonaro, embora mantenham um discurso diferente no trato com a opinião pública

Editorial

O país vive o pior momento cultural de sua história, com retrocessos a passos rápidos em todos os setores da sociedade.

É ministro do Meio Ambiente que prega a destruição do meio ambiente, um ignorante no comando da Educação e negro que odeia negro.

Diante deste paradoxo institucional, o Brasil virou uma praça de guerra ideológica e a redes sociais se transformaram em um campo de lutas intelectuais sobre costumes, religião, sociedade…

Mas pelo que se vê da reação de líderes da oposição e de pensadores da esquerda – de pregar o afastamento da oposição das ruas – o bolsonarismo parece ter vencido a batalha.

Gerar medo na oposição, fazendo-a recuar, e impondo o açoite aos que insistissem em gritar contra os desmandos e absurdos, foi o primeiro passo da ditadura militar para se implantar no país.

Sem contraponto nas ruas, os militares venderam a ideia de que tinham o apoio das massas, passo fundamental para a cassação do Congresso e extinção do Judiciário, que, para não sucumbir, acabou também apoiando o golpe.

Os boçais nomeados por Bolsonaro têm o objetivo de gerar raiva na população, criando o clima de divisão desejado pelo governo

Nomear boçais escolhidos a dedo em seu ministério foi a forma que Bolsonaro encontrou para provocar reações, que gerariam, mais ações absurdas, até criar o clima de guerra civil nas ruas.

Como viver em um país assim? Impossível.

E o recuo da oposição, por medo, resultará em um país pior ainda…