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Decisão de Lula em não acatar lista tríplice esvazia escolha de chefe da Procuradoria-Geral da República…

Seguindo exemplo do antecessor Jair Bolsonaro (PL), presidente já declarou que não pretende seguir a relação encaminhada pela Associação do Ministério Público, o que tem diminuído o número de interessados em concorrer ao cargo do procurador Augusto Aras

 

O procurador Nicolao Dino desistiu ainda em abril de concorrer à vaga de Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República

O interesse de membros do Ministério Público Federal em concorrer ao cargo de chefe da Procuradoria-Geral da República em substituição ao atual procurador Augusto Aras deve ser esvaziado, diante da declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que não respeitará a ordem de votação interna da instituição.

O prazo para inscrição termina nesta segunda-feira, 29, e a votação se dará em 21 de junho.

A escolha da lista tríplice é feita pela Associação Nacional do Ministério Público, mas os presidentes não são obrigados a segui-la.

Um dos que já decidiram não concorrer novamente é o subprocurador-geral Nicolao Dino, irmão do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB).

No final de abril, Nicolao Dino encaminhou Carta Aberta aos seus pares anunciando que não concorreria à vaga de Augusto Aras, em texto com fortes críticas ao processo de divisão interna do MPF.

– Retiro-me, pois, do atual processo de escolha para o cargo de Procurador-Geral da República, mas não da trincheira de luta pela realização dos valores do Ministério Público e de seus objetivos institucionais – disse o irmão de Flávio Dino. (Leia aqui)

Faltando poucas horas para o fim do prazo de inscrição, apenas  Luiza Frischeisen e Mario Bonsaglia, que foram, respectivamente, primeira e segundo colocados na última lista, preterida pelo então presidente Jari Bolsonaro (PL).

Além deles, inscreveu-se  José Adonis Callou, que foi coordenador da Lava Jato na PGR e cujo nome é inédito na disputa.

Pelos nomes interessados em se submeter ao voto dos colegas, fica cada vez mais claro que Lula não vai mesmo levar em consideração a lista indicada pela Associação Nacional do Ministério Público.

E pole escolher qualquer um dos membros do MPF.

Incluindo o próprio Nicolao Dino…

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Classe política pressiona pela abertura do Rio Anil Shopping…

Agentes do governo estadual e do judiciário, deputados estaduais e até membros do Ministério Público agem nos bastidores alegando que o fechamento do centro de compras – palco de um incêndio que matou duas pessoas – causará prejuízos à economia e desemprego em São Luís; Promotoria do Consumidor decreta sigilo no inquérito que investiga responsabilidades

 

Deputados foram ao Rio Anil Shopping e saíram de lá convencidos da necessidade de sua reabertura; nenhuma visita às famílias vítimas do incêndio que matou duas

Editorial

Os deputados que visitaram o Rio Anil Shopping na última segunda-feira, 20, saíram de lá com uma convicção externada publicamente: “é preciso reabrir o Rio Anil Shopping, fechado desde o dia 7 de março”, após incêndio que matou duas pessoas e feriu outras 21.

Por trás da pressão parlamentar há um jogo político que envolve agentes do Governo do Estado, do Poder Judiciário, da Assembleia Legislativa e até do Ministério Público pela reabertura do centro de compras.

É a elite maranhense tentando proteger o negócio da família do ex-senador  Clovis Fecury.

Nenhuma ação desses agentes públicos aponta para qualquer iniciativa ou providência em relação às famílias que perderam as duas jovens; o próprio chefe do Ministério público, Eduardo Nicolau, monitora dia e noite as investigações, agindo como espécie de advogado de defesa das empresas-alvo do incêndio.

A pressão desses agentes públicos nas investigações já foi denunciada pelo blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Estranhas ações sugerem “rede de proteção” ao Rio anil Shopping no incêndio que matou duas”.

Diante destas pressões – que atingem promotores de justiça, oficiais do Corpo de Bombeiros, delegados e agentes da Polícia Civil e da Perícia Criminal – a promotora de Defesa do Consumidor, Lítia Cavalcanti, decretou sigilo no inquérito sob sua responsabilidade; é uma forma de evitar acesso com outros interesses ao material.

Mas até mesmo os agentes envolvidos na investigação admitem que a pressão vai mesmo forçar a reabertura do Rio Anil Shopping.

E a tendência é que as vítimas serão esquecidas na prateleira das histórias não resolvidas…

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Promotora inclui empresa de estacionamento entre investigados do incêndio do Rio Anil Shopping

Lítia Cavalcanti, da Promotoria de Defesa do Consumidor, entendeu que a empresa SCP Estacionamento do Rio Anil Shopping-ParkMe também faz parte do polo passivo da investigação que apura responsabilidades no crime que resultou em duas mortes e mais 21 feridos, no último dia 7 em São Luís

 

O incêndio destruiu completamente as salsas do Cinesystem no Shopping Rio Anil, matando duas pessoas e ferindo outras 21

A promotora Lítia Cavalcanti publicou nesta terça-feira, 14, a Portaria nº 11ªPJESPSLS-32023 para aditar outra portaria, a de número 02/2023, incluindo a empresa SCP Estacionamento do Rio Anil Shopping – ParkMe entre os investigados do incêndio que destruiu as salas do Cinesystem, no Rio Anil Shopping, matando duas pessoas e ferindo outras 21, na tarde do último dia 7 de março.

De acordo com a portaria, que o blog Marco Aurélio d’Eça obteve com exclusividade, a empresa de estacionamentos teria cometido prática abusiva, ao impedir a fuga das vítimas, obrigando-as a pagar pelo estacionamento mesmo durante a tragédia.

Com a portaria, Lítia Cavalcanti já determinou que a empresa SCP Estacionamentos-ParkMe encaminhe relatório extraído do sistema de
pagamentos, informando a “quantidade e os valores correspondentes de tickets estacionamento pagos a partir das 15:30h do dia 07/03/2023”.

A investigação da Promotoria de Defesa do Consumidor vai buscar informações sobre as condutas adotadas na data do incêndio, “em especial as orientações da administração do Rio Anil Shopping acerca dos procedimentos de evacuação do público presente”.

Mesmo em meio às chamas que já consumiam boa parte dos cinemas, a ParkMe foi denunciada por impedir a saída dos consumidores tentado fugir do fogo

Chegaram à promotoria diversas denúncias dando conta de cobranças abusivas por parte da empresa, o que pode ter dificultado a evacuação do shopping, palco de um incêndio de grandes proporções, que destruiu as salas de cinema do local e provocou duas mortes.

Estes abusos foram publicados, inclusive, no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Relatos de ganância em meio à tragédia do Rio Anil Shopping…”

A SCP Estacionamentos passa a ser uma das três empresas investigadas como responsáveis pelo incêndio, que pode caracterizar crime de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

Além dela, são investigadas o Cinesystem e o próprio Rio Anil Shopping…

Veja abaixo a Portaria da Promotoria do Consumidor:

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Estranhas ações sugerem “rede de proteção” ao Rio Anil Shopping no incêndio que matou duas

Setores do Governo do Estado, do Judiciário e do Ministério Público tomam atitudes totalmente discrepantes, atípicas e fora de contexto da investigação de promotores, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil, no caso que resultou em 23 famílias vitimadas, numa pressão de bastidores que pode resultar em mais um caso sem responsáveis diretos apontados

 

Quarta-feira, 9, 10 horas: enquanto promotores e oficiais dos bombeiros respiram restos tóxicos investigando o shopping, Nicolau e Barreto recebem deputados e advogados do Rio Anil

Editorial

Há duas ações envolvendo setores de estado – uma pública e outra quase de bastidores – na investigação do incêndio que matou duas e feriu 21 pessoas nas salas do Cinesystem, no Rio Anil Shopping, no dia 7 de março.

A ação pública, irretocável, vem sendo feita pela Promotoria de Defesa do Consumidor, pelo Corpo de Bombeiros, e pelos delegados e peritos da Polícia Civil que se envolvem diretamente nas investigações.

Essas ações já sabem que há três responsáveis diretos pelo incêndio: o Rio Anil Shopping, o Cinesystem e a empresa que controla o estacionamento do centro de compras.

Mas há outras estranhas ações de autoridades – algumas das quais nem deveriam estar diretamente envolvidas no processo – que sugerem a existência de uma rede de proteção em torno, sobretudo, do Rio Anil Shopping.

O blog Marco Aurélio d’Eça teve acesso a conversas gravadas, troca de mensagens e bate-bocas telefônicos que chamam atenção pelo nível de envolvimento desses personagens fora de contexto.

Um deles é o procurador-geral do Estado, Rodrigo Maia, que tem feito ligações quase diárias a oficiais dos Bombeiros, delegados, investigadores e peritos criminais, buscando tutelar as investigações. 

O outro é o procurador-geral de Justiça, Eduardo Nicolau, que igualmente pressiona membros do Ministério Público e tem, desde o acidente, uma estranha agenda pessoal de trabalho com os advogados do Rio Anil Shopping.

Um exemplo público dessas atitudes ocorreu na última quarta-feira.

Enquanto a Promotora do Consumidor Litia Cavalcanti, o comando do Corpo de Bombeiros, e os peritos criminais do estado se embrenhavam em meio a escombros e restos de produtos tóxicos para explicar o grau de responsabilidade de cada uma das empresas no crime, Nicolau estava ao lado do auxiliar Fernando Barreto, em reunião com esses advogados do Rio Anil Shopping.

A participação do próprio Fernando Barreto no caso é fora de contexto.

O promotor do Meio Ambiente insiste em tornar pauta em meio às investigações, uma ação de obrigação de fazer de sua autoria, que exige da Prefeitura de São Luís o cumprimento da Lei Boate Kiss ( lei n° 13.425/2017 ).

A prefeitura foi condenada ao cumprimento desta lei em 2020 – ainda na gestão de Edivaldo Júnior, que recorreu – mas só agora, um dia depois do incêndio no Rio Anil Shopping, o promotor do meio Ambiente resolveu reviver a ação, pedindo – de novo – o seu cumprimento.

Tendo ou não se omitido de suas responsabilidades, a prefeitura não é parte direta no caso do Rio Anil Shopping, como parecer querer o promotor do Meio Ambiente.

Nesta “cortina de fumaça” – para ficar num termo próprio ao seu setor de investigação – Barreto parece ter a companhia da própria Vara de Interesses Difusos e Coletivos, que agiu “depois do caldo derramado”, outro termo próprio para a Promotoria Ambiental, dando 60 dias para que o município aja.

Em meio a todas estas movimentações atípicas de autoridades do Executivo, do Judiciário e do Ministério Público, uma questão passa despercebida: O Rio Anil Shopping, que já pertenceu à família Marcos Regadas, hoje pertence ao ex-senador Clovis Fecury, da família dona também da Universidade Ceuma.

Os Fecury são uma das famílias da “realeza política” maranhense.

Entre as 23 vítimas do incêndio no Rio Anil Shopping não há realeza política.

Mas há famílias, duas delas enlutadas…

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A arrogância elitista de Eduardo Nicolau…

Ao exibir-se em selfie na Passarela do Samba no Rio de Janeiro – após proibir as contratações nacionais das prefeituras para o carnaval no interior maranhense – procurador-geral de Justiça do Maranhão vende a imagem de que se acha acima do bem e do mal, que não precisa dar satisfações à população; e exibe a soberba dos mais indignos homens públicos

 

Nicolau exibindo-se do alto das arquibancadas da Sapucaí: testemunho de culturas outras que ele mesmo proibiu outros maranhense de conhecer

Editorial

Ex-secretário de Comunicação do Maranhão e ex-editor de Política do jornal O EstadoMaranhão, o saudoso jornalista Nilton Ornellas tinha uma frase basilar em sua vida: “perca tudo, só não perca a dignidade”.

O procurador-geral de Justiça do Maranhão, Eduardo Nicolau, quebrou o limite da dignidade ao se deixar fotografar em uma selfie em plena Marquês de Sapucaí, templo das escolas de samba do Rio de Janeiro, em plena sexta-feira de carnaval.

A foto – mais do que um homem feliz, exibindo as cores do carnaval – expõe o grau mais alto da prepotência e da arrogância de um homem público, que acha não precisar dar satisfações a ninguém em sua vida de garantias ilimitadas às custas do erário.

É claro que há outros maranhenses passando o carnaval no Rio de Janeiro, e têm todo o direito de fazê-lo; mas nenhum deles ficou marcado como Nicolau ficou nos últimos tempos exatamente por causa do carnaval.

Desde que chegou ao posto de chefe do Ministério Público, ainda no governo Flávio Dino (PSB), Eduardo Nicolau vem empreendendo uma verdadeira sanha persecutória às prefeituras maranhenses no período de Carnaval e de Festas Juninas.

Seu principal argumento é exatamente contra os gastos com atrações nacionais em desvalorização da cultura maranhenses.

Ora, o Nicolau que condena prefeituras por desfavorecer artistas locais é o mesmo que abandona o tradicional carnaval do seu estado para se esbaldar na folia carioca, testemunhando uma cultura que ele proibiu outros maranhenses de também conhecer.

O homem não perde a dignidade apenas quando em queda.

Há quem esteja, indignamente, no alto do poder…

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O jogo político de Eduardo Nicolau…

Procurador-geral de Justiça extrapola as atribuições do cargo de chefe do Ministério Público, tenta interferir nos poderes constituídos, se autoproclama “guardião de tudo e de todos” e visa a Prefeitura de São José de Ribamar, onde tem interesses eleitorais históricos

 

O chefe do Ministério Público Eduardo Nicolau: ações midiáticas e tentativas de interferir nas funções do Executivo e do Judiciário

Editorial

Nenhum outro procurador-geral de Justiça do Maranhão foi tão midiático quanto o atual Eduardo Nicolau.

Similar a ele, o Maranhão teve Fátima Travassos no governo Jackson Lago (PDT), mas esta chamava a atenção apenas pela postura histriônica, mas nunca extrapolou os limites da função de chefe do Ministério Público.

Além do histrionismo, Nicolau tenta ser mais poderoso que os chefes do Executivo, faz política aberta e demonstra um “complexo de deus” pouco visto em homens públicos da sua envergadura.

O blog Marco Aurélio d’Eça tem sido um crítico da atuação do chefe do Ministério Público por entender que ele tenta interferir no poder dos chefes dos executivos municipais e até do próprio Judiciário, onde deve ser sua atuação – como parte, não como julgador.

Em janeiro, este blog publicou o post “Eduardo Nicolau escancara posição política e já faz campanha em Ribamar…”.

Nele, o blog mostrava o jogo político de Eduardo Nicolau, que nunca escondeu o sonho de chegar à Prefeitura de São José de Ribamar.

Suas tentativas de controlar o carnaval nos municípios seriam louváveis se houvesse o mesmo peso em relação ao Governo do Estado e à Prefeitura de São Luís, mas não há.

O procurador-geral de Justiça mostra-se submisso e até torcedor público do governo Carlos Brandão (PSB), o que destoa de sua sanha controladora no interior do estado.

O atual mandato de Eduardo Nicolau termina em maio de 2024, poucos dias antes do fim do prazo para filiações partidárias aos que pretendem concorrer nas eleições municipais.

E se ele sonha em mandar e não apenas pedir, é a sua oportunidade de se submeter ao eleitor maranhense…

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Eduardo Nicolau escancara posição política e já faz campanha em Ribamar

Procurador-geral de Justiça vinha articulando nos bastidores a montagem de chapa para a disputa na cidade balneária, mas resolveu tornar pública sua posição política – e inadequada ao cargo que exerce – em um regabofe no restaurante Cabana do Sol com ex-prefeitos e ex-candidatos a prefeito do município da Grande São Luís

 

Procurador de Justiça do Maranhão, Eduardo Nicolau participa de mesa política cujos interesses principais são as eleições em São José de Ribamar, onde ele tem residência

O procurador-geral de Justiça do Maranhão Eduardo Nicolau não se faz de rogado quando se trata de suas convicções políticas e posições partidárias.

Durante toda campanha de 2022, por exemplo, ele deixou claro que não apenas votaria, mas também faria campanha pelo governador Carlos Brandão e pelo senador Flávio Dino (ambos do PSB).

E fez sem pestanejar.

Por esta postura, ele foi denunciado por candidatos a governador, como revelou o blog Marco Aurélio d’Eça (Veja aqui, aqui e aqui).

E chegou a tentar se explicar aos colegas de Parquèt, como revelou o post “Acuado, Eduardo Nicolau tenta se explicar a promotores e parlamentares”.

Agora, ele escancara de vez seu interesse político-partidário ao se deixar fotografar em uma mesa no restaurante Cabana do Sol ao lado de figuras interessadas na disputa eleitoral de 2024 em São José de Ribamar.

Na mesa, segundo ele próprio publicou em suas redes sociais, Nicolau aparece ao lado do ex-prefeito Eudes Sampaio e do ex-candidato a prefeito Jota Pinto, além de outras lideranças interessadas na sucessão do prefeito Julinho Matos.

Interesse político-eleitoral

Morador da cidade balneária e, desde sempre, interessado nas coisas políticas do seu município, Nicolau é visto nos bastidores do Ministério Público como pretenso candidato a prefeito, segundo apurou o blog Marco Aurélio d’Eça.

O problema é que ele não soube, sequer, esperar o fim do seu mandato de procurador-geral para começar a fazer política.

O que desmoraliza qualquer ação do MP em São José de Ribamar…

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Acuado, Eduardo Nicolau tenta se explicar a promotores e parlamentares…

Acusado de estar a serviço da campanha do governador-tampão Carlos Brandão, chefe do Ministério Público estadual diz em nota que sua atuação não tem nenhuma conotação político-partidária

 

Acusado de ser instrumento do governador Carlos Brandão, procurador Nicolau finalmente decidiu se manifestar sobre as denúncias

O procurador-geral de Justiça Eduardo Nicolau divulgou nesta segunda-feira, 8, nota em que nega estar a serviço da candidatura do governador-tampão Carlos Brandão (PSB).

Denunciado pelo prefeito de Imperatriz Assis Ramos (União Brasil) e acusado de perseguição pela própria colega, promotora de Defesa do Consumidor Litia Cavalcanti, Nicolau foi alvo também de uma “nota de repúdio” da bancada maranhense no Congresso Nacional.

Desde o início de 2021, Eduardo Nicolau vem sendo acusado por políticos e pela imprensa de usar o Ministério Público para proteger a campanha e a gestão de Brandão, ao mesmo tempo em que ataca adversários do governador-tampão.

Na nota divulgada nesta segunda-feira, 8, ele faz um relato de sua trajetória no MP e nega estar a serviço político.

– Mantenho meu gabinete aberto a todos, para o diálogo institucional, sem nenhuma conotação político-partidária – disse, ao rebater denúncia da bancada maranhense.

A nota de Eduardo contrasta com sua própria postura irônica de dias atrás quando perguntado sobre o mesmo assunto.

Sinal de que o procurador-geral de Justiça sentiu o golpe das acusações…

Abaixo a íntegra da nota de Eduardo Nicolau:

Nota de Esclarecimento

Em respeito ao povo do Estado do Maranhão e em defesa da dignidade do elevado cargo que exerço, venho prestar os seguintes esclarecimentos:

– Ingressei no Ministério Público do Estado do Maranhão há 42 anos, ao longo dos quais tenho agido com independência, destemor e integridade, dedicando-me ao fortalecimento da Instituição, pois sei que somente um Ministério Público forte pode defender a sociedade como ela precisa e merece ser defendida.

– Há pouco mais de dois anos, fui eleito pelos meus pares e nomeado pelo Governador do Estado para o cargo de Procurador-Geral de Justiça, sendo reeleito e reconduzido à Chefia do Ministério Público em junho deste ano.

– Desde então, venho mantendo com os chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário um relacionamento interinstitucional independente e harmonioso, conforme determina a Carta Magna, o dever de urbanidade e a boa educação. Assim, mantenho meu gabinete aberto a todos, para o diálogo institucional, sem nenhuma conotação político-partidária.

– Durante o mandato, criei sete Promotorias de defesa da cidadania, instaladas nos bairros mais hipossuficientes da Capital, e venho modernizando as unidades do Ministério Público, para proporcionar a defesa de excelência que a sociedade merece, principalmente as pessoas mais vulneráveis.

– Atuei de forma célere e efetiva perante o STJ e o STF, em face de shows milionários de artistas de outros Estados, em municípios maranhenses cujos hospitais não dispõem sequer dos remédios mais básicos para as doenças mais simples da população, evitando, assim, graves prejuízos ao erário dos municípios e danos irreversíveis às pessoas mais pobres. Essa atuação pioneira tem sido paradigma para outros Estados, como: Amazonas, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo, etc.

– Para o enfrentamento cada vez mais profissional da corrupção e das organizações criminosas, expandi, estruturei e venho dando todo o suporte necessário ao Grupo de Combate às Organizações Criminosas – GAECO, proporcionando, assim, uma atuação uniforme e efetiva no combate aos desvios de dinheiro público, notadamente da saúde e da educação.

– Venho recomendando aos Promotores de Justiça que atuem de forma firme e uniforme na defesa do patrimônio público e da probidade administrativa, em todas as esferas da administração pública estadual.

– Estruturei com recursos materiais e humanos os Centros de Apoio Operacional – CAOPs, que são órgãos auxiliares do Ministério Público. As coordenadorias dos CAOPs são funções de confiança. Assim, nomeei a Promotora do Consumidor da Capital, Lítia Theresa Cavalcanti, como coordenadora do CAOP do Consumidor. Todavia, os frequentes e gratuitos ataques por ela desferidos contra o Procurador-Geral de Justiça resultaram na perda da confiança, razão pela qual exonerei-a desta função, permanecendo ela com seu cargo de Promotora de Justiça do Consumidor, atuando normalmente em seu gabinete, com o quadro de servidores da sua Promotoria de Justiça, como qualquer outro Promotor de Justiça da Capital. Os servidores do CAOP do Consumidor não podem trabalhar na Promotoria de Justiça do Consumidor, sob pena de desvio de função.

– Em suma, sempre atuei no estrito cumprimento dos meus deveres constitucionais, a serviço exclusivamente do povo maranhense, com total independência, sem nunca perseguir quem quer que seja, e sem jamais aceitar qualquer tentativa de intimidação — venha de onde vier.

São Luís, 06 de agosto de 2022

Eduardo Jorge Hiluy Nicolau
Procurador-geral de justiça

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O Bolsonaro que Flávio Dino pinta é o mau político que ele é, diz Fábio Câmara

Vereador de São Luís analisa a perseguição perpetrada no Palácio dos Leões contra a promotora de Defesa do Consumidor, Litia Cavalcanti, e convoca cidadãos a também entrar na luta em defesa de um serviço de ferry boat de qualidade

 

Fábio Câmara quer mobilizar a própria população em defesa de umas erviço de qualidade nos ferry boats

O vereador Fábio Câmara (PDT) criticou nesta sexta-feira, 5, a ação perpetrada no Palácio dos Leões que resultou no esvaziamento da promotora de Defesa do Consumidor, Litia Cavalcanti.

– Como Litia Cavalcanti representou compromissada, competente e agudamente sempre em favor dos usuários dos ferry boats, Flávio Dino, Carlos Brandão & Cia agiram no intuito de nos arrancar a voz da garganta! – disse Câmara.

De acordo com o parlamentar pedetista, Flávio Dino tenta transferir a Bolsonaro exatamente as suas próprias ações, como uma espécie de espelho.

– Quando Dino aponta seus dedos sujos para o Bolsonaro mirando-o pelo retrovisor da história apontando supostas intervenções e a tal “ditadura”, o ditador se revela através da perseguição covarde perpetrada contra a Promotora de Defesa dos Direitos dos Consumidores Litia Cavalcanti – analisa.

 

Litia denunciou em suas redes sociais a perseguição que vem sofrendo no Ministério Público após lutar pela qualidade do ferry boat

Ele atribui ao ex-governador comunista Flávio Dino (PSB) a perseguição à promotora, mas diz que essas ações acabam expondo cada vez mais o modus operandi do grupo encastelado no Palácio dos Leões.

– Flávio Dino não pode achar que vai esconder-se por trás de uma toga! Muito pelo contrário, por seu modus operandi sorrateiro, a cada atitude contra quem prima por justiça em nome do povo, Flávio Dino e Brandão, bem como todos os que os seguem, se põem mais e mais nus diante dos nosso olhos! que vergonha! – disse.

O vereador pretende iniciar uma campanha de mobilização popular para manter a luta de Litia Cavalcanti.

– Essa luta precisa ser de todas e de todos nós! E a coragem de Litia Cavalcante passa, de agora em diante, a ser a briga de todos nós! – conclui o parlamentar pedetista.

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Cerco começa a se fechar em torno de Eduardo Nicolau

Nota de Repúdio da maioria da bancada federal às ações políticas do procurador-geral de Justiça em favor do governador-tampão Carlos Brandão é apenas a ponta do iceberg de outras ações, tanto no Conselho Nacional do Ministério Público quanto na Polícia Federal

 

Nicolau deixou-se manipular por Carlos Brandão, beneficiou-se disso e agora paga o preço da sua subserviência

O procurador-geral de Justiça Eduardo Nicolau procurou por isso.

Ao assumir publicamente e sem nenhum medo a defesa intransigente do governador-tampão Carlos Brandão (PSB), Nicolau assumiu todo o risco de ver as ações do Ministério Público questionadas legalmente por favorecimento ou perseguição.

Além da nota de Repúdio da maioria da bancada federal, o procurador-geral de Justiçpa já enfrenta denúncia no Conselho nacional do Ministério Público, oferecida pelo prefeito de Imperatriz, Assis Ramos (União Brasil), uma das primeiras vítimas de sua perseguição.

A última foi justamente a promotora de defesa do Consumidor, Lítia Cavalcanti, que perdeu, por determinação de Nicolau, o comando do Centro Operacional de Defesa do Consumidor. Motivo: Lítia tentava impedir que Brandão pusesse em funcionamento o ferry velho Z[é Humberto, um risco para os usuários.

Investigado pelo CNMP e pela Polícia Federal, Eduardo Nicolau pode, inclusive, ser afastado das funções.

Mas ele próprio assumiu este risco ao se colocar como instrumento de poder comunista…