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SET pressiona prefeitura por aumento de passagens…

Empresários querem reajuste de tarifas acima dos 20%, sob ameaça de não pagar benefícios dos trabalhadores do setor; reunião deve definir situação

 

passageiros podem ter feriado com novo preço de passagem

passageiros podem ter feriado com novo preço de passagem

O Sindicato das Empre4sas de Transporte Coletivo de São Luís tem pressionado a Prefeitura de São Luís a conceder aumento  de passagens nos ônibus de São Luís.

Os empresários querem acima de 20% linear nas tarifas. E ameaçam não pagar benefícios dos trabalhadores.

A Secretaria de Trânsito e Transporte tem recebido diariamente representantes do SET, que apresentam vários tipos de planilha para justificar o reajuste.

Para a prefeitura, o ideal é que, antes do reajuste, haja, pelo menos, o lançamento do edital de licitação do setor, mas os empresários querem forçar o reajuste já neste feriadão de Semana Santa.

O clima é tenso entre o sindicato e a prefeitura…

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SMTT contesta informações de empresários sobre Bilhete Único…

Em nota encaminhada ao blog, Secretaria de Trânsito e Transporte rebateu as declarações de empresários, publicas o post “Empresas reclamam de perdas de 500 mil passagens”. Veja abaixo a íntegra da resposta:

 

Os terminais da integração são motivo de discórdia entre SMTT e SET,,,

Os terminais da integração são motivo de discórdia entre SMTT e SET,,,

1- Na verdade o bilhete único está tendo uma demanda diária de usuários que deixaram de ir aos terminais de integração para efetuar os seus transbordos. Tanto é que o volume de pessoas que passam nos terminais diminuiu sensivelmente. Portanto não se pode alegar que houve queda de faturamento no sistema, em função do bilhete único.

2- A Audiência Publica, é de ser uma exigência legal, na qual foi apresentado os paramentos que nortearão o processo de licitação.

3- Será no Projeto Básico da Licitação, a ser publicado, que serão detalhados os quantitativos e tipologia de ônibus por lote: se haverá previsão de outros modais de transportes (BRT -VLT); através do qual todas as pessoas terão acesso aos estudos que foram elaborados pela Consultoria contratada que deram arcabouço ao projeto;

4- O problema noticiado, referente ao retardamento do pagamento pelos empresários das antecipações salariais dos operadores do sistema transporte, é um problema trabalhista entre os dois Sindicato. A Prefeitura já fez varias reuniões com os 2 sindicatos, no intuito de encontrar uma solução e acompanha de perto o desenrolar desta situação com o propósito de garantir o direito de “ir e vir ” dos usuários .

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E agora, Pedro Lucas e Roberto Júnior?!?

Vereadores que votaram contra ar-condicionado nos ônibus por entender que aumentaria passagem – e viraram símbolos das más condições do transporte público – agora veem a ameaça de aumento, mesmo com os serviços ruins oferecidos pelas empresas

 

Motoristas ameaçam parar a partir da 0h de domingo, 8...

Motoristas ameaçam parar a partir da 0h00 de domingo (8)…

A nota oficial do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte de São Luís e clara: “Em Assembleia geral extraordinária, por unanimidade, deflagrar Greve Geral, em razão do descumprimento da convenção coletiva de trabalho”.

A razão da grave: o Sindicato das Empresas de Transporte alega falta de recursos e agravamento da crise financeira; e adiou o pagamento dos salários para depois do carnaval.

Traduzido: os rodoviários querem melhores salários e pagamento em dia; e as empresas só conseguirão pagar com reajuste no preço dos transportes.

Caso contrário, é greve geral.

Pedro Lucas e Roberto Júnior: defensores de um sistema já caro e ineficiente

Pedro Lucas e Roberto Júnior: defensores de um sistema já caro e ineficiente

E é aí que entram os vereadores Pedro Lucas Fernandes (PTB) e Roberto Rocha Júnior (PSB), dois filhos de políticos tradicionais de São Luís.

Aliados incondicionais do prefeito Edivaldo Júnior (PDT), Lucas e Rocha viraram símbolo do desinteresse da Câmara Municipal pela qualidade nos transportes ao votarem contra projeto do vereador Honorato Fernandes (PT), que obrigava as empresas a equipar pelo menos 50% a frota com ar-condicionado.

Para eles, a obrigatoriedade do equipamento forçaria, fatalmente, aumento nas passagens de ônibus. (Releia aqui)

Ocorre que o aumento das passagens é uma contingência do sistema, que já foi adotada em várias capitais, e terá que ser aceita pelo prefeito de São Luís se quiser evitar o colapso do setor.

E pouco importa se os ônibus tenham ou não ar-condicionado.

Usuário de ônibus praticamente toda a vida, Fábio Câmara sabe que reajustes independem de conforto

Usuário de ônibus praticamente toda a vida, Fábio Câmara sabe que reajustes independem de conforto

Tanto que, ainda em dezembro, o líder da oposição em São Luís, vereador Fábio Câmara (PMDB), deixou claro que o aumento das passagens, viria, com ou sem refrigeração nos ônibus.

– A alegação de que exigir ônibus com ar-condicionado ensejaria aumento de passagem é furada. Basta pensar que, para o ano que vem, com ou sem ar-condicionado, as passagens vão aumentar novamente – destacou Câmara, para provocar os colegas Lucas e Rocha:

– E se o povo for às ruas contra qualquer aumento alegando que lhe foi negado o direito a uma viagem mais confortável, o que alegarão os que sustentam tal tese?

Portanto, os vereadores Pedro Lucas e Roberto Júnior votaram contra um benefício à população usuária de ônibus e, agora, vão acompanhar “de camarote”, o aumento das passagens.

E a população que se dane…

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A verdade dos números dos assaltos a ônibus…

Vereador Fábio Câmara contabiliza 474 ocorrências deste tipo na capital maranhense, entre janeiro e outubro, e pretende mostrar os dados completos em sessão na Câmara Municipal

 

Alguns exemplos das mortes em ônibus ocorridas em 2015 em São Luís

Alguns exemplos das mortes em ônibus ocorridas em 2015 em São Luís

São Luís registrou nada menos que 474 assaltos a ônibus nos primeiros dez meses de 2015, segundo levantamento do vereador Fábio Cãmara.

Presidente da Comissão de Transportes da Câmara Municipal, o vereador pretende apresentar os dados estatísticos em uma sessão do legislativo.

– Na prática, o cidadão tem sido desrespeitado no direito básico de ir e vir. A insegurança nas ruas e, sobretudo, nos deslocamentos, faz com que muitas pessoas evitem sair de casa à noite e nos fins de semana, tirando delas o direito de ir e vir e cerceando-as dos momentos de lazer – destacou o parlamentar.

Segundo ele, o total de assaltos em 2015 já praticamente bateu os 477 de todo o ano passado. E ainda faltam dois meses para o fim do ano.

–  Como presidente da Comissão de Transporte da Câmara Municipal de São Luís, estou produzindo um levantamento detalhado para mostrar à imprensa os números reais dos assaltos a ônibus na capital – ressaltou.

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Auxiliar de Flávio Dino faz piada após morte de estudante…

O perfil “péssima”: de péssimo gosto

O secretário-adjunto de Comunicação Social do governo Flávio Dino, Marco Aurélio Oliveira, postou hoje em seu perfil no Twitter – um fake de mau gosto, por sinal – uma espécie de deboche diante do clamor popular pela morte do estudante Rondinely  Ferreira da Costa, morto ontem, em mais um assalto a ônibus em São Luís.

– tremei, assaltantes de ônibus. O Wolverine tá na área (sic) – debochou MAO, como é conhecido o adjunto do jornalista Robson Paz.

O deboche, de extrema insensibilidade, ocorreu apenas um dia depois do assalto que resultou na morte de um estudante.

Marco Aurélio Oliveira  mantém no Twitter o perfil fake “Revista Péssima”, que usa para atacar adversa´rios do governador Flávio Dino e ironizar situações vividas no cotidiano.

O estudante baleado ontem; desrespeito do governo

Na semana passada, ele foi protagonista de outra patetice.

Como espécie de prevenção a eventuals críticas á festa de aniversário do governador, no dia 30 de abril, ele postou no mesmo fake: “Flávio Dino pagou com cheque nominal, e cruzado, a sua festa de aniversário”.

O pateta foi desmentido publicamente pelo secretário Márcio Jerry, que afirmou ter sido feito “vaquinha” para pagar o aniversário de Dino.

Mas diante da morte do estudante, e do cargo público que ocupa, as patetices de MAO passaram dos limites…

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Greve de ônibus: cumprida mais uma etapa do esquema…

Terminais amanheceram completamente vazios

Este blog vem denunciando desde o início que a greve dos motoristas de ônibus de São Luís não passa de um esquema montado pela categoria, em conluio com o Sindicatos das Empresas de Transporte (SET), e com a complacência da justiça do trabalho e da Prefeitura de São Luís.

Hoje, a paralisação de 100% da frota cumpre mais uma etapa deste conluio.

A greve de ônibus começou exatamente do mesmo jeito que se repete ano após anos – Primeiro, as empresas dizem que precisam aumentar as tarifas, que, segundo elas, não cobrem os custos de operação; em seguida, os trabalhadores anunciam a greve.

No primeiro momento, a prefeitura mantém-se calada, nega o aumento de passagem e argumenta que a questão do reajuste salarial é um problema trabalhista.

Motoristas permanecem parados

Depois de muita mídia, os profissionais páram 70% da frota, forçando a Justiça a cumprir sua parte no esquema: reunião para arbitrar o valor do reajuste.

Geralmente, na primeira reunião nada é resolvido. Chama-se, então, uma segunda rodada, quando o TRT arbitra reajuste que ninguém dá bola – este ano foi de 7%.

Na etapa seguinte os motoristas páram 100% e o caos começa.

É a nova senha para que a Prefeitura entre no debate – também obrigada pela justiça – e aceite negociar, ás escondidas, um reajuste nas tarifas.

Garantido o aumento de passagem, as empresas acenam com um reajuste qualquer aos motoristas, que retornam ao trabalho, preparando-se para nova greve, no ano que vem.

A Justiça do Trabalho lava as mãos e tudo fica por isso mesmo.

E a população que pague a conta…

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Greve de ônibus: o mesmo esquema outra vez…

 

Mais uma vez motoristas ameaçam cruzar o braços

É sempre assim.

Empresários do setor de transportes coletivos reclamam à prefeitura que estão com orçamento defasado e precisam aumentar a passagem de ônibus para não quebrar.

Logo em seguida,  sindicato dos motoristas e cobradores e articula paralisação, sob o pretexto de que os salários da categoria estão defasados.

No final, a população paga a conta

A Justiça do trabalho cumpre a sua parte no esquema chamando as “partes” para um acordo, que nunca é celebrado no primeiro encontro.

Os ônibus páram, a população reclama, a mídia transmite tudo ao vivo e o caos se forma.

A prefeitura, então, aceita aumentar as passagens, já que as empresas precisam aumentar o salário dos funcionários.

E a população paga toda a conta…

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O preço de não se fazer entender…

O post “Uma coisa é certa: sem ônibus tudo ficou melhor…” é a prova acabada de que, na comunicação, mais do que a sequência de regras gramaticais, o importante é fazer-se entender.

Exatamente como defende este blog. (Releia aqui)

O texto em questão foi uma tentativa de mostrar às autoridades, e à população, que o trânsito teria mais fluidez,  fluxo mais tranquilo, se os ônibus não circulassem nas avenidas.

Defendia, assim, a construção de corredores exclusivos para o transporte de massa, como forma de melhorar a vida no trânsito.

Exatamente o que estava sendo mostrado neste período de exceção criado pela greve dos motoristas.

Mal elaborado, truncado, completamente obscuro, no entanto, o texto foi absolutamente incompreendido pelos leitores. Deu vazão à revolta dos comentaristas realmente sinceros, mas também abriu a guarda aos ataques dos canalhas e aproveitadores.

Mas a culpa é do blog. Absolutamente do blog.

Da forma como foi escrito, o texto realmente leva a interpretações de elitismo e egoísmo, o que nada tem a ver com a idéia inicial do tema.

Enviesado ou não, o post serviu ao propósito de mostrar que, acima das questiúnculas gramaticais tecnicistas, o comunicador tem, obrigatoriamente, que se fazer entender pelo seu público.

Concorde ou não o público com ele…

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100% de ônibus parados…

Nenhum ônibus foi visto circulando na cidade por toda a manhã desta segunda-feira.

A Justiça do Trabalho pôs o “carro na frente dos bois” e quis obrigar os trabalhadores a manter 80% da frota.

Os trabalhadores mostraram que quem determina o percentual é a greve e pararam tudo.

A lógica é exatamente esta.

Justiça julga demandas que lhe chegam pós-fatos. Faz besteira quando tenta se antecipar aos fatos.

É como a greve dos professores.

A justiça determinou multa de R$ 100 mil por dia não trabalhado e a categoria tratou de incluir a decisão na pauta de reivindicações. Ficou 73 dias em greve e voltou com força.

A justiça do Trabalho não deve se meter em briga de patrão e empregado a menos que seja para regular.

E não existe regulação de greve com 80% de ônibus circulando – até porque, com 80% rodando,não há greve alguma.

Se não tivesse feito esta patacoada, quem sabe os 30% regulamentares não estariam na rua…