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Cândido Lima, secretário-geral do PDT: “se filiarem o Aderson, vou pedir a impugnação”

Cândido Lima: homem de confiança de Jackson no PDT

O secretário-geral do PDT, Cândido Lima, surpreendeu-se, agora há pouco, com a informação de que figurões do partido teriam conversado com o tucano Aderson Lago para que este se filie à legenda.

– Não tenho conhecimento disto. E se filiarem o Aderson, vou pedir a impugnação desta filiação – declarou o dirigente.

A informação sobre a reunião entre pedetistas e Lago-primo foi dada em primeira mão no blog de Gilberto Léda. De acordo com o jornalista, o objetivo é convencer o ex-chefe da Casa Civil a ser vice na chapa do comunista Flávio Dino, em 2012.

Lago: invenção dos históricos pedetistas

Logo após Léda, o blog de Décio Sá também abordou o assunto. Na versão de Sá, é o próprio Aderson Lago quem está espalhando a informação.

Além de Cândido Lima, o blog conversou com membros de outras correntes pedetistas, que também mostraram surpresa com a informação.

A deputada Graça Paz, que tem assento na Executiva, estranhou a notícia, mas a viu como estratégia de alguns membros com vistas as eleições da legenda.

Por trás da disputa interna no PDT está a eleição para o comando do diretório. A Comissão Provisória que comanda o partido está expirando. A Executiva Nacional vai exigir novas eleições.

Além de Cândido Lima, têm interesse no controle do PDT o ainda deputado federal Julião Amin e o grupo do ex-secretário Abdelaziz Santos.

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Ópera-Prima nas mãos de Fátima Travassos…

Cabisbaixo, Aderson foi o pivô da Ópera-prima e envovleu os próprios filhos em seus esquemas de corrupção

Depende apenas de decisão da procuradora-geral de Justiça, Fátima Travassos, o encaminhamento do “Caso Ópera Prima” à Justiça.

É a chefe do Ministério Público quem tem o poder de decidir se inclui também o prefeito de Caxias, Humberto Coutinho (PDT), no rol de denunciados, que já conta com o ex-deputado Aderson Lago (PSDB), seus filhos, Rodrigo Lago e Aderson Neto, e o empresário Pedro Rodrigues Cardoso.

Só após decisão de Travassos, o caso será encaminhado ao Tribunal de Justiça.

De acordo com as investigações da polícia, o caso Ópera Prima foi um esquema montado em 2006, pelo então governador José Reinaldo Tavares (PSB), para pagar o que seria um acordo eleitoral de R$ 5 milhões a Aderson Lago.

O dinheiro saiu do governo, passou pela Prefeitura de Caxias e, por meio de uma empresa fantasma, de propriedade de Cardoso, acabou nas contas dos filhos de Lago.

Em troca, de acordo com a polícia, o deputado serviu de laranja na campanha daquele ano.

A polícia indiciou Aderson Lago, Rodrigo Lago, Aderson Neto e Pedro Cardoso, mas considerou que o prefeito de Caxias, Humberto Coutinho, não poderia ser responsabilizado. O Ministério Público considerou equivocada a decisão da polícia e encaminhou o caso à procuradora Fátima Travasos, que decidirá se inclui ou não Coutinho entre os denunciados.

O caso será julgado pelo Tribunal de Justiça porque o prefeito tem foro privilegiado.