Em nova reunião com Lula, Weverton reforça protagonismo na busca por palanque único no MA…

Senador ouviu do presidente o interesse em unificar a base sob a liderança do governador Carlos Brandão, com quem vai conversar após viagem a Nova York

 

HABITUÉ DO PALÁCIO. Weverton tem segunda reunião com Lula em apenas dois dias para tratar da situação política no Maranhão…

Como um dos líderes do PDT, o senador Weverton Rocha participava da reunião com Lula (PT), quarta-feira, 17, no Palácio do Planalto, quando aproximou-se do presidente em uma roda com o ex-ministro Carlos Lupi, a senadora Leila Barros (DF), e o líder do partido na Câmara, Mário Heringer (MG). 

“Weverton, preciso tratar com você sobre o Maranhão; agende com meu chefe de gabinete e venha tomar um café amanhã comigo”, disse Lula, segundo apurou este blog Marco Aurélio d’Eça; no dia seguinte, lá estava o senador, que se fez acompanhar do ex-prefeito de São Bernardo do MA João Igor Carvalho (PDT).

  • Lula voltou a falar sobre a sucessão no Maranhão e a divisão de sua base política no estado;
  •  confirmou que tratará com o governador Carlos Brandão (PSB) depois da viagem a Nova York.

João Igor Carvalho permaneceu na antesala do gabinete presidencial no Palácio do Planalto, mas entrou para fazer a foto que ilustra este post; da conversa de Lula com Weverton, este blog Marco Aurélio d’Eça apurou o seguinte:

  • o presidente vai voltar a dizer a Brandão que é um erro dele não disputar o Senado;
  • mas também mostrou-se incomodado em emparedar o governador sobre candidatos;
  • para Lula, o ideal é que o próprio Brandão coordene o processo de escolha do governador.

Ainda segundo apurou este blog Marco Aurélio d’Eça, o senador Weverton Rocha mostrou-se pouco à vontade na condição de “interlocutor da unidade” e chegou a lembrar Lula sobre as eleições de 2022, quando tanto o presidente quanto o então governador Flávio Dino optaram por Brandão – e não por ele – como candidato a governador.

Em contato com este blog Marco Aurélio d’Eça, já na manhã desta sexta-feira, 19, o senador não quis negar, nem confirmar o que foi apurado, mas revelou uma posição pessoal externada ao presidente:

“Brandão é uma escolha deles próprios [de Lula e Dino] que eu não concordei, tanto que saí candidato; depois, eu reconheci a escolha, me aproximei de Brandão e, agora que estou próximo, não faz sentido me afastar por que A ou B não quer mais. Eu disse ao presidente que seguirei com o governador”, ressaltou Weverton.

Tradução do contexto: Weverton certamente – e Lula, provavelmente – já mostraram de que lado vão ficar.

Simples assim…

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Se houvesse consenso, eles seriam os mais aceitos; se houvesse…

O acordo a ser proposto pelo presidente Lula dificilmente será levado a cabo pelos dois lados do grupo que elegeu Brandão; mas se for, diante de vários vetos, sobram apenas três com chances reais de ser o candidato

 

SÓ TRÊS. Dos atores dinistas e brandonistas sobram três que poderiam encarnar o consenso pregado por Lula; se fosse ainda possível…

Ensaio

A eventual proposta de acordo do presidente Lula (PT) para por fim à guerra fratricida tem chances mínimas de ser aceita pelo grupo do governador Carlos Brandão (PSB) e pelos remanescentes do governo Flávio Dino; e mesmo se for aceito, passará por uma intensa jornada de vetos e contravetos até que seja encontrado o candidato de consenso

  • praticamente todos os principais atores dinistas e brandonistas sofrem algum tipo de rejeição;
  • nomes como o senador Weverton Rocha e o deputado federal Márcio Jerry têm chances nulas.

Diante das imensas barreiras políticas e pessoais a dificultar o acordo, este blog Marco Aurélio d’Eça faz, neste Ensaio, um exercício de escolha por eliminação que deixa apenas três personagens com chances reais de encarnar o chamado “Tersius”, aquele com possibilidade de unir os dois grupos no mesmo palanque em 2026.

  • Em primeiro Lugar está o ministro do Esporte André Fufuca (PP).

Um dos mais habilidosos políticos de sua geração, Fufuquinha agradaria tanto o presidente Lula quanto o governador Carlos Brandão e os herdeiros de Flávio Dino; ele tem ainda um trunfo a mais: sua eventual saída do Ministério do Esporte para concorrer ao governo poderia representar a ascensão do secretário-executivo Diego Galdino à pasta, consenso entre todos os aliados do ministro do STF.”

  • Em segundo lugar, aparece o deputado federal Rubens Pereira Jr. (PT).

Rubens Júnior é filiado ao PT de Lula, afilhado de Flávio Dino e aliado familiar do governador Carlos Brandão. E consegue trânsito no dois lados da guerra fratricida sem tomar partido por A ou por B. Tem sido desde o início um dos defensores da unidade entre dinistas e brandonistas como segurança para enfrentar as eleições de 2026. A segunda posição se dá por resistências isoladas ao seu nome, aqui e ali.”

  • Na terceira posição aparece a senadora Eliziane Gama (PSD).

A senadora é muito próxima de Lula e das principais lideranças do PT nacional, sempre foi leal a Flávio Dino e nunca se indispôs com Brandão, mantendo-se neutra na crise envolvendo dinistas e brandonistas, embora com posições claras. Além disso, tem o trunfo de ser filiada ao PSD, partido do prefeito de São Luís Eduardo Braide. Sua principal dificuldade é a falta de confiança da classe política nos últimos anos.”

Mesmo olhando com lupa cada perfil e esquadrinhando cada detalhe político envolvendo cada um dos grupos em disputa, este blog Marco Aurélio d’Eça não conseguiu nenhum outro nome entre dinistas e brandonistas capaz de alcançar a unidade esperada pelo presidente Lula.

Mas é preciso deixar claro: trata-se de um Ensaio, que apenas faz um exercício de análise sem fechar questão.

Até por que este consenso é quase impossível a essas alturas…

Fala de Weverton sobre Lula divide opiniões entre dinistas e brandonistas…

Aliados do governador Carlos Brandão e do vice-governador Felipe Camarão se dividem em dois grupos: os que ainda acreditam em uma aliança e os que não veem chances de reconciliação

 

CLOSE SÓ PARA FOTO. A junção de dinistas e brandonistas em palanque do governo Lula não significa, necessariamente, realiança política

Este blogo Marco Aurélio d’Eça trouxe nesta quinta-feira, 11, um recorte da entrevista do senador Weverton rocha (PDT) ao jornalista Rogério Silva, publicado no post “‘Lula vai reunir Brandão e Camarão’, revela Weverton…”.

A fala do senador sobre uma reconciliação entre o governador Carlos Brandão (PSB) e o vice-governador Felipe Camarão (PT) – patrocinada pelo presidente Lula (PT) – teve forte repercussão entre lideranças brandonistas e dinistas, que, hoje, se dividem em dois grupos distintos, independentemente do lado em que estão:

  • no primeiro grupo estão os que ainda acreditam em uma reconciliação entre Brandão e os remanescentes do governo Flávio Dino;
  • no outro grupo, bem maior, os que não veem mais nenhuma possibilidade de unidade na base do presidente Lula no0 Maranhão.

Este blog Marco Aurélio d’Eça buscou ouvir as senadoras Ana Paula Lobato (PSB) e Eliziane Gama (PSD), os deputados federais Márcio Jerry (PCdoB) e Rubens Jr. (PT), os presidentes da Assembleia, Iracema Vale (PSB), e da Famem, Roberto Costa (MDB), os deputados estaduais Rodrigo Lago (PCdoB), Carlos Lula (PSB), Othelino Neto (PSB) e Leandro Bello (Podemos), além dos secretários Rubens Pereira (Articulação Política) e Sebastião Madeira (Casa Civil).

Nem todos responderam ao blog, mas dentre os que falaram sobre o tema, é possível montar um painel claro de opiniões sobre um eventual palanque único de Lula no Maranhão.

  • Grupo dos que receberam a proposta de Weverton com simpatia

“Um grupo unido em que todos trabalham juntos é sempre melhor para o Maranhão; e isso o governador Carlos Brnadão já vem fazendo. Por isso parabenizo o senador Weverton pelo seu discurso”, disse Roberto Costa, ainda durante a “Caravana Federativa”, na quinta-feira, 11.

“Na política, diálogo sempre é possível. Lula liderará a discussão política no Maranhão. Esse é nosso maior ponto de convergência, entre todos nós”, reforçou Rubens Júnior, diretamente a este blog Marco Aurélio d’Eça.

“Sobre chances de diálogo, com vistas a um entendimento do campo amplo que o apoia, é preciso considerar que há um vazio de liderança nesse diálogo, já que, quem naturalmente deveria conduzi-lo, se afastou desse processo que o fez governador”, disse Márcio Jerry, não fechando portas, mas com fortes críticas ao governador Carlos Brandão.

“O que precisamos reconhecer é que a atual conjuntura política do estado está em desalinho com aquilo que elegeu Lula em 2022; o campo progressista maranhense não pode ser confundido com a cúpula política que hoje ocupa o Palácio dos Leões”, Ponderou Carlos Lula.

  • Grupo dos que não veem mais nenhuma chance de reconciliação

“eu não vejo rumo algum [de reaproximação]”, disse, lacônico, o deputado Leandro Bello.

“Infelizmente, Brandão mudou a rota e instalou um governo patrimonialista e que desmontou os principais serviços públicos e programas sociais; diante disso, não há caminho para reaproximação”, afirmou a senadora Ana Paula Lobato; o marido dela, Othelino Neto, vai na mesma linha, ainda mais duro:

“de minha parte, não existe hipótese de diálogo com Brandão. Apoiarei a reeleição do presidente Lula e me dedicarei a derrotar o cadidato apoiado pelo atual governador”, decretou Neto.

“Gradativamente, vimos o governador se afastar dos compromissos sociais assumidos com o povo, descontinuando o governo anterior. Nesse cenário, insustentável dar apoio a esse governo e seus sucessivos erros. Não acredito em diálogo algum. penso que o senador Weverton manifesta apenas seu desejo pessoal, sem aderência”, manifestou-se Rodrigo Lago.

O painel está bem claro:

  • alguns dinistas mostram-se ainda abertos, mas com críticas ao outro lado;
  • alguns brandonistas falam de unidade, mas sob a égide do próprio governo;
  • há também dinistas já mais radicais, fechados para qualquer outra conversa;
  • e os que preferem nem se manifestar mais sobre o tema neste momento.

Todos porém, mostram-se alinhados ao projeto do presidente Lula; e é dentro deste objetivo, que Weverton Rocha pretende buscar a interferência direta de Lula.

Mas esta é uma outra história…

Brandão responde a Camarão sobre aliança com Lula…

Governador acusa o golpe das declarações do vice-governador ao jornal Folha de S. Paulo e reafirma em suas redes sociais  que manifesta apoio diário ao presidente da República

 

O TRONO DO REI. Lula passou a ser disputado pelos grupos do governador Carlos Brandão e do vice-governadr Felipe Camarão, agora rachados

O governador Carlos Brandão (PSB) foi às redes sociais nesta segunda-feira, 14, para rebater declarações do vice-governador Felipe Camarão (PT), dadas ao jornal Folha de S. Paulo no fim de semana.

“Nos discursos que faço desde que assumi o governo, reforço que trabalho por unidade e parceria. Prova disso é que temos a meta de receber os 217 prefeitos do Maranhão, independentemente de lado político. O presidente Lula é um forte aliado de nossa gestão e o temos apoiado de forma pública diariamente. Manifestações diferentes disso tentam apenas descredibilizar a nossa parceria com o Governo Federal e os municípios”, disse o governador.

  • Brandão tenta convencer Lula de que o palanque sob seu comando é o melhor para o PT no Maranhão;
  • em entrevista à Folha de S. Paulo, Felipe Camarão diz que o projeto de Brandão prejudica a reeleição de Lula. 

“Sabe quem é o maior prejudicado com isso? É o Lula. Porque se o nosso time se divide aqui, como o Brandão está rachando o nosso time aqui, o maior prejudicado vai ser o Lula, porque a tendência é a votação dele cair aqui no Maranhão se a gente sair separado. Se o time sair dividido, pode haver no Maranhão um terceiro agente fora do Lula que pode vencer as eleições do ano que vem. A gente pode ter dois prejuízos: o Lula cair bem a votação e outro nome vencer o governo”, declarou o vice-governador.

MANIFESTAÇÃO PÚBLICA. Brandão decidiu responder ao vice-governador por meio de suas redes sociais

Na semana passada, os grupos dinista e brandonista passaram a disputar a hegemonia do palanque de Lula no Maranhão.

  • Pelo Lado de Brandão surgiu, curiosamente, o senador  Weverton Rocha (PDT);
  • adversário em 2022, Rocha diz que Lula quer Brandão liderando o processo no estado;
  • já o presidente do PT, Francimar Melo, afirmou que o partido mão abre mão de Camarão.

Essa disputa foi revelada por este blog marco Aurélio d’Eça, no post “Qual vai ser o palanque de Lula no Maranhão?!?”.

A disputa pelo palanque lulista reforça que a fase da unidade entre dinistas e brandonistas já foi superada.

Cada grupo, agora, tenta alcançar a aliança com o presidente da república…

Lula quer “conversa específica” com Brandão sobre 2026…

Governador maranhense tentou abordar o presidente durante viagem à França, mas foi informado que a questão envolvendo o palanque no Maranhão precisa de uma agenda própria

 

CARA A CARA. Brandão tentou falar com Lula na França, mas o presidente quer conversa específica sobre o Maranhão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer resolver ainda em 2025 a questão envolvendo o palanque do PT no Maranhão; e para isso, quer ter com o governador Carlos Brandão (PSB) “conversa específica sobre o estado”. 

Brandão tentou falar com Lula sobre o assunto durante a viagem à França no início de junho, mas foi rechaçado pelo presidente, que usou exatamente a resposta acima, ipsis literis, segundo apurou este blog Marco Aurélio d’Eça.

  • nem o PT nacional, nem Lula, abrem mão de uma candidatura própria do PT no Maranhão;
  • diante disso, o presidente ainda espera convencer Brandão a abrir vaga para Felipe Camarão.

No grupo do governador, já é consenso de que esgarçou qualquer possibilidade de acordo com o grupo do ex-governador Flávio Dino, que serviria de base para renúncia de Brandão com posse de Camarão no governo;

E foi exatamente isso que Brandão tentou, sem sucesso, dizer a Lula durante a viagem à Europa.

Agora vai esperar uma conversa pessoal com o presidente sobre o tema.

Ainda sem data marcada…