Pesquisa Quaest/TV Mirante indica a possibilidade de a disputa pelo governo em 2026 ser feita em duas rodadas, o que não acontece desde a vitória de Jackson Lago, em 2006

DESAFIO HISTÓPRICO. Braide, Felipe Camarão e Lahésio brigarão em 2026 pelo desafio de garantir um segundo turno no maranhão; ou não…
Os números da pesquisa Quaest/TV Mirante – divulgados com exclusividade por este blog Marco Aurélio d’Eça – indicam que a disputa pelo Governo do Estado, em 2026, pode ter segundo turno pela primeira vez desde 2006; o prefeito Eduardo Braide (PSB) lidera a sucessão do governador Carlos Brandão (PSB), mas a soma dos seus adversários supera com folga os seus índices.
- Braide somou 33% no cenário principal do levantamento;
- a soma de Felipe Camarão (19%) e Lahésio (16%) chega a 35%;
- se incluir a hipótese de Orleans Brandão (9%) a soma vai a 44%.
A última vez que ocorreu segundo turno na disputa pelo governo foi em 2006, quando o pedetista Jackson Lago venceu a então senadora Roseana Sarney (MDB).
Em 2010 – já de volta ao governo, após processo de cassação de Jackson – Roseana foi eleita em primeiro turno com 50,04% dos votos válidos, numa disputa com o próprio Jackson e com o hoje ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino, que ficou em segundo lugar.
- em 2014, Flávio Dino venceu o candidato de Roseana Sarney, Edinho Lobão (MDB), em primeiro turno;
- em 2018, o comunista repetiu a dose numa previsível disputa contra uma já desanimada Roseana Sarney;
- em 2022, Brandão ganhou em primeiro turno, mesmo com dois adversários superando a casa dos 20%.
Todos os candidatos que concorreram à reeleição neste período – Roseana, Flávio Dino e Brandão – venceram seus adversários sem precisar de outra rodada de votações; houve dois casos em que os governadores abriram mão da eleição de senador para ficar no cargo e apoiar um candidato.
Estes dois casos apresentaram dois resultados diferentes:
- em 2006, o governador José Reinaldo apoiou Jackson e ganhou em segundo turno;
- já em 2014, Roseana ficou até o final e apoiou Edinho Lobão, derrotado em 1º turno.
Agora com seus 19% de intenções de votos, faltando um ano meio para a disputa, se Felipe Camarão assumir o mandato de Brandão ganha cacife para forçar um segundo turno em 2026. Se, por outro lado, Brandão permanecer e apoiar Orleans, vai repetir o que ocorreu em 2006 e em 2014.
E pode ser vencedor, como José Reinaldo em 2006, ou perdedor, como Roseana, em 2014. (Saiba mais aqui e aqui)
A escolha é unicamente dele…