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Entre Pilatos e Judas…

Flávio não conseguiu apontar o caminho

Não é fácil a situação que o próprio ex-deputado Flávio Dino (PCdoB) criou para si nas eleições municipais.

Brincando de ser líder, se achou maior do que é e pensou controlar corações e mentes de políticos tão diferentes quanto Tadeu Palácio (PP), Edivaldo Holanda, o pai (PTC), Eliziane Gama (PPS) e Roberto Rocha (PSB).

Agora, sem saber o que fazer, pode entrar para a história destas eleições como Pilatos ou como Judas.

“Conselheiros” do comunista já o orientam a lavar as mãos em relação à sucessão municipal, sair pela tangente sem se declarar ligado a qualquer candidato – para aguardar um hipotético segundo turno.

Holanda, o pai, tão esperto quanto as velhas raposas da política maranhense já avisou que vai usar, mais uma vez, passagens bíblicas para descrever o comunista se a atitude for esta.

Se lavar as mãos, os Holanda o verão como um Pilatos, e se sentirão, também, descompromissados para 2014.

Se na seara holandista é visto como “o governador romano que se omitiu do sangue do Justo”, Flávio Dino tem a imagem muito pior no grupo que gravita em torno do ex-prefeito Tadeu Palácio.

Para estes, é visto como um Judas, um traidor, que enganou o ex-prefeito com a promessa de apoio e o enredou em uma teia de compromissos difíceis de cumprir.

Justo Palácio, que enfrentou a tudo e a todos em 2008 para tentar eleger Dino prefeito da capital?

Flávio Dino não tem saída  nas eleições de São Luís. Ele só tem que escolher como quer chegar às eleiçõs de 2014.

Se como Pilatos ou como Judas…

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É cada um por si no grupo de Flávio Dino…

Márcio Jerry dá a senha no Facebook: virem-se!!!

O presidente municipal do PCdoB, Márcio Jerry, principal assessor do ex-deputado Flávio Dino, deu a senha para os que sonham ter o aval da legenda na disputa pela Prefeitura de São Luís.

– Decisão sobre quem será o candidato da oposição a prefeito de São Luís será tomada democraticamente pelos próprios pré-candidatos e seus partidos – afirma Jerry, em seu perfil no Facebook.

Como assim, cara pálida?

Se cada partido tem um candidato e cada pré-candidato quer ser o ungido pelo grupo, como eles vão decidir, sozinhos, quem será o escolhido?

De que forma, por exemplo, Roberto Rocha (PSB), que não figura bem nas pesquisas, vai convencer Tadeu Palácio (PP) ou Edivaldo Júnior – bem melhores posicionados – de que tem que ser ele o candidato?

Que argumento usará Eliziane Gama (PPS) para convencer os companheiros a abrir mão em favor dela?

Com Bira fora, e Flávio nem aí, candidatos terão que se resolver sozinhos

E Flávio Dino, que se declara líder deste grupo – e é declarado líder por todos eles –  ficará apenas de camarote, observando o circo pegar fogo?

Até por que, todos os pré-candidatos já disseram esperar que o póprio Dino defina quem prefere como candidato.

Pelo meno é o que espera o deputado Edivaldo Holanda, segundo revelou o blog de Gilberto Léda (Leia aqui)

A postura de Márcio Jerry – que, na maioria das ocasiões fala em nome de Dino – é apresentada exatamente um dia depois de o PT escolher Washington Oliveira como candidato.

E sabe porque?

Por que o próprio Flávio Dino já havia decidido que o candidato do grupo seria definido após as prévias do PT, que ocorreram domingo.

Chegou a hora e agora o PCdoB lava as mãos.

Os aliados que se virem para resolver a questão…