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Por intermédio da mulher, Márcio Jerry ganha mais força no Palácio…

Após receber aportes milionários na própria pasta – e tomar para si o controle de centenas de nomeações – chefe da Articulação Política vê agora a mulher ganhar status de secretária, recebendo atribuições que deveriam ser da Casa Civil

 

Lene Rodrigues: tanto poder quanto o marido, Márcio jerry...

Lene Rodrigues: tanto poder quanto o marido, Márcio Jerry…

Não bastassem os constantes aportes financeiros e aumento do número de servidores sob seu controle, o secretário de Articulação Política do governo Flávio Dino (PCdoB), jornalista Márcio Jerry, ganhou ainda mais poderes no Palácio dos Leões, por intermédio da companheira, a professora Joslene Rodrigues, chefe de gabinete do governador.

Lene, como é conhecida, terá agora status de secretária de Estado, com “autonomia administrativa, orçamentária e financeira”, conforme dispõe a Medida Provisória nº 208, já em vigor desde o dia 23 de julho.

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Secretário mais poderoso do governo Flávio Dino, Jerry exerce forte influência sobre o governador, principalmente por meio da mulher, que é uma espécie de “governanta” do Palácio dos Leões.

Chefe da Articulação Política é o homem "cada vez mais forte' do governo Dino

Chefe da Articulação Política é o homem “cada vez mais forte’ do governo Dino

Ainda de acordo com a MP208 – já encaminhada à Assembleia Legislativa – Lene Rodrigues terá também poderes  “para assistir direta e imediatamente o Governador do Estado no desempenho de suas atribuições, especialmente no que tange à promoção de eventos, cerimonial público, atividades administrativas”.

Trata-se de atribuições que deveriam ficar a cargo da chefia a Casa Civil, hoje ocupada pelo ex-deputado Marcelo Tavares.

O que confirma ainda mais o esvaziamento do sobrinho do ex-governador José Reinaldo Tavares…

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Hélio Soares quer antecipar em um ano a eleição na Assembléia; Léo Cunha prega o fim da reeleição na Casa…

Léo Ciunha quer proibir reeleição

Os deputados Hélio Soares (PP) e Léo Cunha (PSC) estão em uma intensa disputa pela atenção dos colegas parlamentares.

Soares quer antecipar em pelo menos um ano a data da eleição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa; Cunha propõe o fim do direito aos atuais dirigentes da Casa de pleitearem novamente os cargos.

Por trás da movimentação dos dois, uma intensa rede de interesses que envolve o atual comando do Legislativo e até o poder Executivo.

A idéia da antecipação da eleição não é nova – já foi usada na gestão de Manoel Ribeiro (PTB), na década de 90 – e visa beneficiar, além do próprio Hélio Soares, que é primeiro-secretário, também o presidente Arnaldo Melo (PMDB).

Hélio Soares: antecipação beneficia a ele próprio

Corre nos bastidores que a base governista teria o deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD) como candidato a presidente da Casa no próximo pleito. Ocorre que Milhomem ainda é suplente e precisaria assumir definitivamente o mandato para poder concorrer.

Com a antecipação, os aliados de Arnaldo Melo tiraria o adversário do páreo.

Mas é pouco provável que a antecipação seja aprovada – a menos que a votação ocorra na surdina. Na própria base de apoio a Melo há deputados que não concordam com a medida, sobretudo por que ela beneficia também o próprio Hélio Soares, cujo cargo é cobiçado por vários parlamentares que levaram o atual presidente ao poder.

O fim da releeição também tem poucas chances de ser aprovada, a menos que haja interesse aberto do governo no projeto.

E é com isto que Léo Cunha conta, ao contrário de Hélio Soares…

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Uma guerra de gerações políticas…

Cafeteira, símbolo da geração que passa...

A sociedade maranhense tem uma característica ímpar em relação às demais sociedades brasileiras. Aqui, a perpetuação e a hereditariedade perpassam os setores políticos e se entranham em todos os níveis.

Poucos estados têm tanta gente com tanto tempo no mesmo lugar.

São dirigentes empresariais e sindicais há mais de 30 anos no poder, prefeitos que controlam a mesma cidade há “trocentos” anos, parlamentares com seis, sete, oito mandatos e que insistem em continuar no ambiente político.

No Senado, apenas o Maranhão tem dois de seus três senadores eleitos beirando ou já passado dos 80 anos.

Esta história de tradicionalismos, perpetuação e manutenção de status quo começou a mudar em meados da década de 90.

Curiosamente, pelas mãos da governadora Roseana Sarney (PMDB), ela própria uma representante das “castas” tradicionais da política maranhense.

Edivaldo Júnior, sopro de renovação, ainda que tradicional

Visando a renovação de poder, Roseana levou para sua gestão pessoas experientes, mas sem envolvimento com o meio político – e jovens talentosos, prontos para iniciar uma trajetória de poder.

De lá para cá estabeleceu-se uma guerra de gerações políticas.

Batista Matos, o exemplo dos que vêm de baixo

Uma batalha surda entre raposas carcomidas da política maranhense, que insistem em continuar em cena, e jovens lideranças surgidas em todos os meios, cavando os seus espaços.

Jovens também tradicionalistas, é verdade, uma vez que vindos das “quatrocentonas” famílias historicamentes instaladas nos círculos de poder.

São ainda filhos, sobrinhos ou netos de gente do poder.

Mas não deixa de ser um sopro de renovação na sociedade.

O próximo passo é dar espaço para que jovens também sem sobrenome possam se imiscuir nas discussões políticas, empresariais, econômicas, sociais e culturais.

Algo que já se sucede nos círculos culturais e artísticos do Maranhão e que, na política, surgiu primeiro à esquerda, mas já chegou também à direita.

E vai se consolidar, mais cedo ou mais tarde.

É uma questão de tempo…

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Sarney é um dos mais influentes do mundo, diz pesquisa…

Sarney: um dos mais influentes do mundo

O presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB), é um dos octogenários mais influentes do mundo, segundo levantamento do site argentino Infobae.

Na lista, estão personalidades internacionais, como o papa Bento XVI, a rainha Elisabeth II, o investidor George Soros e o ex-secretário e estado americano Henry Kissinger.

Além de Sarney, outros dois brasileiros aparecem na lista: o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o arquiteto Orcar Neymeier.

O site argentino decidiu montar a lista a partir do estudo da ONU, que mostra a presença cada vez maior de pessoas com 80 anos na vida ativa da população.

Leia aqui a matéria completa sobre o clube dos ocotgenários mais influentes

 

São personagens mundialmente conhecidos, que seguem ativos em suas empresas, carreiras ou profissões.

Bacelar destacou reconhecimento a Sarney

A inclusão de Sarney na lista dos mais influentes octogenários do mundo também foi destacada na Assembléia Legislativa, nesta sexta-feira.

O deputado Magno Bacelar (PV) foi à tribuna para elogiar o presidente do Senado.

– Ter um maranhense na presidência do Senado, que já foi Governador do Estado do Maranhão, que pela 4ª vez ocupa a Presidência de uma Casa tão importante, para todos nós é motivo de orgulho; saber que realmente na nossa política nacional, em nível internacional nós temos uma pessoa tão influente e tão importante que tem muito para ajudar o nosso Estado, que tem muito para ajudar o nosso País – destacou Bacelar.

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Gastão Vieira pode disputar vice-presidência da Câmara Federal

Gastão concorre com sete peemedebistas

O deputado federal maranhnse Gastão Vieira (PMDB) concorre com outros sete colegas da bancada peemedebista à indicação para a vice-presidência da Câmara. A eleição na bancada será no dia 31 de janeiro, um dia antes da eleição da Casa.

Se for escolhido entre os colegas de partido – O Maranhão só perde para Minas Gerais em número de deputados do PMDB – Vieira será incluído na chapa oficial, ao lado do presidente Marco Maia (PT-SP), que concorre a novo mandato.

Mas, mesmo não sendo escolhido pelos correligionários, Gastão Vieira pode também disputar a vaga em plenário. Entre os 513 parlamentares, ele tem até mais chances.

– Se a eleição na bancada for democrática e eu não for escolhido, aceitarei a decisão. Mas, se perceber estar havendo favorecimentos de alguns nomes, submeterei meu nome ao plenário, como candidato avulso.

Com 16 anos de Câmara, duas vezes presidente da Comissão de Educação e respeitado entre os colegas, Gastão Vieira tem amplas chances de chegar à vice-presidência da Câmara.

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Gerências darão força política a Luís Fernando Silva

O chefe da Casa Civil: homem forte do governo

Mais do que um posto avançado do governo no interior, as gerências regionais – cerca de 20 espalhadas pelo estado – serão pontos de contato do secretário-chefe da Casa Civil, Luís Fernando Silva (DEM).

A governadora evita tocar no assunto e o próprio Luís Fernando prefere minimizar a posição, mas é ele o homem-forte do governo nos próximos quatro anos.

E as gerências darão o tom deste poder.

Elas farão o contato com prefeitos, deputados e lideranças políticas e sociais no interior. O correto comando delas estará diretamente ligado ao sucesso da gestão luísfernandista.

Por isso, o chefe da Casa Civil cuida pessoalmente da nomeação de cada um dos auxiliares.

É nesta escolha que residem o fracasso ou sucesso de sua empreitada…

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Pedro Fernandes garante controle da Caema e pensa também no Detran

Fernandes terá uma secretaria forte

As ações da Companhia Saneamento de Maranhão (Caema) serão controladas a partir de agora pelo secretário de Cidades, Pedro Fernandes (PTB). O novo secretário tomou posse agora há pouco e confirmou a transferência das ações da Caema.

Até agora, a Caema estava vinculada à Secretaria de Saúde.

Além da Caema, Fernandes propõe ao governo a transferência para a sua pasta das atribuições do Detran, que hoje é vinculado à Secretaria de Segurança.

O novo secretário pretende firmar parcerias com as prefeituras para organizar o trânsito e a fiscalização dos transportes nos municípios, sobretudo na capital.

Muito concorrida, a pose de Fernandes atraiu deputados, prefeitos, lideranças políticas e jornalistas.

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Os novos nomes no jogo do poder…

Ricardo Murad cresceu politicamente

A vitória da governadora Roseana Sarney (PMDB) nas eleições passadas inverteu a lógica do poder no Maranhão ao incluir novos nomes para o centro do debate político.

A sucessão de 2014, agora, inclui nomes como o do futuro presidente da Assembléia Legislativa, Ricardo Murad (PMDB), do vice-governador Washington Oliveira (PT) e do chefe da Casa Civil, Luís Fernando Silva (DEM).

Muito mais do que qualquer nome da oposição, de uma forma ou de outra, eles serão peças-chave na discussão sobre a formação do poder nos próximos quatro anos.

Todos têm obstáculos a superar, mas a discussão sobre as eleições passam por eles, necessariamente.

Luis Fernando: com a faca e o queijo na mão

Ricardo Murad, por exemplo, emergiu das urnas com cacife aumentado. Há um óbice às suas pretensões  – o fato de ser cunhado da governadora e estar inelegível em 2014.  Mas até para esta situação há saídas, políticas e jurídicas.

Luís Fernando por sua vez, é o homem-forte do governo e tem a vantagem de poder construir sua própria trajetória. Precisa apenas definir seu rumo partidário, que pode ser o PMDB e até mesmo o PT. No DEM ele não ficará.

Como vice-governador, Washington Oliveira também está em posição privilegiada.

Oliveira é peça-chave no jogo do poder

Qualquer que seja a decisão de Roseana – ficar no cargo até o fim ou sair para disputar o Senado, por exemplo – precisa ser discutida com o representante do PT no governo. Um cacife e tanto.

O jogo do poder em 2014, portanto – como não acontecia há mais de 20 anos -, está sob controle absoluto do grupo Sarney.

E o debate ocorrerá exatamente dentro dele…