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O lado obscuro das investigações…

 

Décio Sá: covardemente assassinado há 10 dias

Por Leandro Castro, de Brasiliacom edição

Estacionado no último post datado da segunda-feira, 23/04/12, o blog do Decio Sá, jornalista que foi assassinado a tiros em um bar da Litorânea, em São Luis, continua sendo um dos mais acessados diariamente por internautas de várias partes do país, mesmo sabendo que o seu autor está morto há exatos 10 dias.

(…)

O blog está servindo como uma das variantes investigativas tomadas pela polícia do Maranhão na tentativa de chegar aos assassinos.

Nenhum assunto denunciado por Décio está sendo descartado das investigações, segundo o próprio secretário.

(…)

Sociedade cobra resposta urgente do sistema de Segurança

Em um caso de grande repercussão internacional como a morte de Decio Sá, a sociedade não ficará satisfeita apenas com a prisão do homem que apertou o gatilho da arma P.40 e dos que deram o apoio logístico para a fuga.

Todos desejam saber quem mandou. Essa é a cobrança da sociedade.

Mas, entre muitas indagações, existem perguntas que o próprio secretário Aluísio deve estar fazendo a si próprio,  tais como: e o bandido ainda está vivo?

Aí reside a sua grande preocupação.

Se o homem que matou o jornalista jamais for encontrado, o secretário estará passando à sociedade, inclusive ao governo a que serve, um atestado de incompetência e, assim sendo, poderia perder o cargo.

E o Caso Decio entrar para a galeria dos crimes insolúveis do Maranhão.

Manifestações por toda São Luís clamam por Justiça

Ora! E se o bandido, caso venha a ser preso, findar delatando como seu mandante algum peixe graúdo, com estreitas ligações com o poder?  Será que ocorreria sua prisão?

Essa certamente é outra preocupação de Aluísio Mendes, já que existe um histórico no Maranhão em que bandidos delatores de criminosos graúdos viram queima de arquivo mesmo estando sob custódia da polícia.

(…)

Portanto, é procedente o desabafo  de Vilenir Sá, irmã do jornalista assassinado, ao cobrar da governadora ações mais efetivas na elucidação do crime.

O simples fato de a governadora não comparecer à “Passeata pela Paz e pela Justiça”, ocorrida ontem, na avenida Litorânea, em homenagem à vítima, já é a senha de que, para a governante, a morte de Décio já é um fato passado e que não interessa mais.

A continuar assim, logo a polícia irá esquecer esse bárbaro crime. Em seguida, o sindicato e  os amigos da imprensa também o esquecerão.

Décio apenas será lembrado como um grande homem pelos seus familiares, que carregarão para sempre a saudade, bem como uma dor que jamais passará.

É assim…

Leia aqui a íntegra do texto
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Pistoleiros sempre agem assim…

Pitoleiros não se preocupam em mostrar a cara

É uma tolice, estranhamente encampada até por setores da polícia, a interpretação de que o assassino de Décio Sá o matou de cara limpa simplesmente por que não era daqui.

Pistoleiros profissionais agem geralmente assim, de cara limpa.

Na história recente dos crimes de pistolagem no Maranhão, nenhum dos assassinos agiu com máscaras ou outro tipo de dificultador de identificação.

Na década de 80, o assassinato de um dos irmãos Figueiredo, no Jumbo, foi assim.

O bandido entrou no clube, em plena festa, localizou o empresário, foi à sua mesa e atirou – assim mesmo, de cara limpa. E saiu, tranquilamente, diante do pânico dos presentes.

No assassinato do delegado Stênio Mendonça, em 1997, na Litorânea, os dois atiradores também estavam de cara limpa.

O próprio Joaquim Laurixto, envolvido na morte de Mendonça, foi assassinado anos depois por pistoleiros que ocupavam um automóvel Gol. E nenhum deles escondia o rosto.

A idéia da cara-limpa é uma bobagem que não condiz com a história da pistolagem.

Imagens como esta, só nnas revistas em quadrinhos

Até por que, se nem mesmo Décio Sá, repórter conhecido na cidade, foi reconhecido como tal pelas testemunhas do crime, imagine um pistoleiro, que geralmente se passa por pessoa comum?

Qualquer bandido da periferia de São Luís circula normalmente pela orla da cidade sem ser reconhecido – e, algumas vezes, passa até por cidadão de bem.

Além do mais, só alguém com absoluta familiaridade das condições geográficas da Litorânea poderia traçar um plano de fuga como o que está sendo dito pelas testemunhas.

Afirmar, portanto, tratar-se de pistoleiro de fora, é uma falácia.

Pelo menos até que se prove o contrário…

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Moreno; 1,70m; cabelos escuros e curtos – assim é o assassino de Décio Sá…

O restaurante onde Décio foi assassinato

A descrição acima foi dada à polícia pelas testemunhas que tiveram contato visual com o assassino do jornalista Décio Sá, na segunda-feira, dia 23.

Todos confirmaram tratar-se de um homem moreno, forte, mas não gordo, com cabelos pretos e bem curtos, com cerca de 1,70m e aparentando ter, no máximo, 30 anos.

Três destes depoimentos foram divulgados hoje, com exclusividade, no blog de Itevaldo Júnior. (Leia aqui)

Uma das testemunhas definiu o assassino como “parecido com índio ou boliviano”. Também usava, sgundo o conjunto dos depoentes, camisa cinza escura, de malha – provavelmente com a inscrição “Maresia” atrás.

Apesar da ausência de retrato falado – prometido pela polícia para o dia seuginte ao crime – a descrição pode servir para quem, porventura, posa ter visto o assassino no dia do crime.

Saindo de algum lugar, por exemplo – se estava em um hotel, se passou por algum outro lugar, etc.

Todas estas informações podem contribuir para a elucidação do crime…

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É assim mesmo que a polícia age???

Polícia: parando ou sem saber para onde ir?

Pode parecer incrível, mas a polícia maranhense, até agora, sequer solicitou à família do jornalista Décio Sá que disponibilizasse o seu carro para perícia.

Seria desnecessário?

No carro estão a mochila com seu bloco de anotações e vários documentos originais das matérias publicadas em seu blog – o que também pode servir como auxílio nas investigações.

Também não cogitou a perícia em seu computador pessoal, que continua intocável no escritório de sua casa. Lá há e-mails e arquivos gravados.

A polícia também parece ter esquecido de divulgar o retrato falado do assassino.

Ou, ao que parece, não teve condições de confeccioná-lo.

Na quinta-feira, após intensa insistência dos próprios delegados, levou-se a viúva de Décio para conversar com um deles.

Foi uma decepção.

O delegado mostrava-se absolutamente desinformado em relação ao caso, sequer tinha conhecimento dos dois celulares do jornalista e chegou a pedir a senha do blog para poder acessá-lo.

Nem ao menos tomou o depoimento oficialmente, sendo mais perguntado que perguntador.

A menos que tenha passado distanciamento para não comprometer as investigações, mostrou que, dele, pouca coisa poderia se esperar em relação ao caso.

Na sexta-feira, Aluísio Mendes mudou a equipe de delegados e decretou o sigilo nas investigações.

E até gora, nada…

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Perseguição ou tocaia???

Local onde Décio Sá foi morto: jornalitas se aglomeram em frente ao bar

Este blog segue a linha de raciocínio do jornalista Roberto Kenard com relação à dinâmica do assassinato de Décio Sá.

A própria polícia já reconhece oficialmente que, para matar Décio, o assassino contou com uma logística envolvendo outras três pessoas – uma numa moto, outro a observar a área e um terceiro, de carro, aguardando em outro local.

A questão está exatamente neste ponto.

Com estes dados já comprovados, não há como duvidar de que, mais do que seguido – ou perseguido – até o local do crime, Décio Sá fora vítima de uma emboscada.

Para montar uma rota de fuga com tantos detalhes, os bandidos necessitavam saber que Décio Sá iria estar, exatamente, no restaurante Estrela do Mar.

Por isso montaram a estratégia: o executor chega na garupa em uma moto, atira, volta pro veículo, segue até antes da barreira eletrônica – para evitar ser filmado – e sobe o morro, onde um carro o aguardava do outro lado.

É assim que a polícia conta.

Mas, e se Décio Sá não fosse para o Estrela do Mar? E se ele resolvesse jantar com o colega Luís Cardoso no Dona Maria?  Ou optasse por comer o macarrão com Fábio Câmara, no Sushibar?

Os bandidos montaram a tocaia por que tinham convicção de que ele sairia mesmo do jornal diretamente para o Estrela do Mar.

E para isso, teria que ser atraído pra lá…

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Aluísio Mendes admite: “crime é de difícil solução”…

Aluísio: sem prazo para resultados...

O secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, admitiu hoje que o assassinato de Décio Sá “é um crime de difícil solução”.

Só provas do tipo imagens, sons, mensagens eletrônicas e telefones, segundo ele, são 22,8 mil para serem analisadas.

Aluísio decretou o sigilo das investigações e afirmou:

Vamos usar todo o tempo que for preciso para elucidar este caso. Não temos obrigaçãod e resolvê-lo em 24, 48, 72 horas… Vamos usar o tempo necessário.

De tudo o que foi dito na entrevista, a admissão da dificuldade e solução do crime foi a mais importante declaração do secretário.

Perguntas sobre pessoas que falaram com Décio Sá no caminho dele para a morte, Aluísio resiste a responder.

Também não diz que linha de suspeição é  a mais provável para se definir a linha de investigação.

A polícia precisa ter tranquilidde para a investigação, mas pode trabalhar sem prazo para dar respostas à sociedade.

E o tempo só beneficia os interessados na morte de Décio Sá – todos eles.

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Quebra do sigilo telefônico pode elucidar morte de Décio Sá…

Décio Sá: quse sempre ao telefone, como mostra imagem da Mirante

As ligações feitas e recebidas pelo jornalista Décio Sá no dia do seu assassinato – e nos dias anteriores ao crime – podem levar a polícia a desvendar o que o levou para a morte.

Como fontes em todo o Maranhão, Décio passava boa parrte do tempo de trabalho ao telefone, sempre colhendo informações ou trocando impressões com políticos, autoridades e outros jornalistas.

Em uma destas ligações pode estar a chave, ou pelo menos um indício, do que pode ter levado ao seu assassinato.

No dia do crime, Décio Sá chegou à redação do jornal O EstadoMaranhão por volta das 19 horas.  Em duas ocasiões, ele falou com alguém sobre alguma coisa  sobre uma mulher da qual tinha uma matéria a fazer. Perguntou se o interlocutor era ou não ligado a esta mulher.

Também falou com alguém que parecia querer sua presença. Ele respondeu que falaria “por telefone mesmo”.

O jornalista foi o último repórter da equipe de Política a deixar a redação, por volta das 22 horas – e usando o telefone, como mostram as imagens do sistema de segurança da empresa.

Sabe-se hoje que Décio conversou com três pessoas no intervalo entre a saída da redação e sua morte. 

O jornalista Luís Cardoso o convidou para um jantar no Restaurante Dona Maria, mas ele informou estar indo para o restaurante Estrela do Mar, onde se encontratria com alguém.

Já no local, foi alcançado pelo suplente de vereador Fábio Câmara, que o convidou para comer macarrão no Sushibar. Ele optou pela caranguejada do local onde estava.

O último a falar com Décio foi o vice-prefeito de Barra do Corda, Aristides Milhomem (PSD), exatamente na hora em que ele estava sendo alvejado.

– Eu estava falando com ele, quando ouvi zoada e ele parou de falar. Como não sabia o que ocorrera, liguei várias vezes, sem sucesso. Então liguei para Fábio Câmara e disse a ele que alguma coisa tinha acontecido com Décio – contou Aristides, ao titular deste blog, ainda na madrugada do crime.

É possível que Décio tenha falado com várias outras pessoas desde a saída da Mirante até o local do crime.

Estas conversas podem revelar muita coisa…

 

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Muito mais que “um rapaz latino-americano”…

Por Fábio Câmara

Esses versos cantados por Belchior foram usados pelo meu amigo, irmão e compadre, DÉCIO SÁ, para descreverem de modo bastante resumido o seu próprio perfil no blog mais acessado do maranhão.

O nosso Estado e a nossa Cidade se habituou a ver as BOMBÁSTICAS NOTÍCIAS e as contundentes revelações que, diariamente eram apresentadas com profissionalismo, fundamentação e coragem por ele que foi, seguramente, o melhor e o maior repórter investigativo maranhense – DÉCIO SÁ.

O nosso Maranhão e a nossa São Luís amanheceram hoje, um pouco mais desprovidos de visão e de voz.

Na noite de anteontem – 23 de abril, PISTOLEIROS FRIOS E CRUÉIS, calaram uma voz que sempre bradou em nome da verdade e da justiça; EXCUTORES E MANDANTES COVARDES fizeram fechar os olhos de quem enxergava, como ninguém, o que alguém de conduta escusa se esforçava para manter longe das vistas de quase todos.

MATARAM DÉCIO SÁ! PORÉM, JAMAIS FINALIZARÃO A SUA LUTA!

Escrever essas palavras nessa manhã está sendo extremamente difícil para mim. Décio era muito mais que um amigo. Décio foi um irmão que eu perdi e a dor da perda é muito grande.

Eram 22:22h. quando o meu telefone tocou. Era meu compadre Décio me convidando para comermos juntos uma caranguejada na Litorânea. Prontamente aceitei e fui vestir-me para, em seguida, ir ao seu encontro.

Poucos minutos após, um amigo comum me liga dizendo que algo estranho havia acontecido. Enquanto esse amigo comum falava com Décio ao celular, alguns estampidos foram ouvidos e a ligação cessou. A retomada do contato não se restabeleceu e, daí em diante, um temor do pior e uma tristeza motivada pelo medo do pior se apossou de mim.

E foi com profundo pesar que rumei o mais rápido possível para a Litorânea para ali encontrar o meu irmão morto.

ASSASSINADO num crime de encomenda, Décio foi vítima de uma realidade que ele mesmo combatia no exercício corajoso da profissão abraçada com paixão.

Uma esposa grávida e uma filha pequena constituem a 1ª família diretamente afetada. Uma 2ª família, porém, foi diretamente ferida de morte.

Toda a livre imprensa maranhense e ludovicense estão hoje de luto e sob ameaça. A segurança institucional do nosso Estado precisa dar uma resposta imediata e contundente a essa prática tão retrógrada quanto execrável.

A coragem de Décio precisa encontrar eco na nossa sociedade e se multiplicar.

Toda a nossa população; toda a imprensa maranhense e todas as autoridades constituídas precisam se irmanar somando esforços para chegarmos aos mandantes e aos executores desse crime bárbaro.

VAMOS USAR O PRÓPRIO BLOG DO DÉCIO E TODOS OS BLOGS DO ESTADO PARA COBRARMOS OS RESULTADOS NECESSÁRIOS.

VÁ EM PAZ, DÉCIO SÁ, MEU IRMÃO! NÓS, POR AQUI, CONTINUAREMOS A SUA GUERRA…

 
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A impressão digital do crime está no próprio blog…

Décio: covardemente assassinado

A polícia maranhense poderá encontrar no próprio Blog do Décio a resposta para o covarde assassinato do jornalista.

Os textos, os comentários, tudo deve servir como pista para a elucidadão do  crime, que traz de volta ao Maranhão a pistolagem e o assassinato de encomenda.

Décio Sá foi executado ontem à noite, quando lanchava em uma das barracas da Avenida Litorânea. Os assassinos profissionais, em uma moto, dispararam seis tiros à queima roupa.

Pistolagem, corrupção, crimes de encomenda, tráfico de drogas e desvios de dinheiro público eram apenas alguns dos crimes denunciados por Décio em seu blog.

E não adianta seguir o óbvio das postagens recentes. É preciso ver também denúncias antigas, com suas respectivas ameaças em comentários.

A arma também é uma pista. Uma “Ponto 40”, de uso privativo das forças de Segurança.

A polícia precisa investigar cada uma das denúncias, conversar com a esposa, amigos, analisar os telefones e mensagens do jornalista.

Por que  o crime é uma afronta não só à imprensa.

Mas à democracia e à toda a sociedade maranhense…

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“A menina ameaça falar”, diz trechos de conversa sobre assassinato de prostituta no Piauí…

Pode ser fruto de chantagem a mobilização de um escritório de advocacia de São Luís em favor da “estudante” Nayra Veloso, a Nayrinha, de Teresinha (PI).

Apontada como testemunha do assassinato da garota de programa Fernanda Lages, e presa por omitir informações à polícia, Nayrinha passou a ser assistida, gratuitamente, pelo advogado Ernesto Lopes, do escritório “Francisco Ramos e Ronaldo Ribeiro”, conforme revelou reportagem do jornal piauiense O Dia.

Mat´ria de O Dia sobre morte de prostituta

Este blog teve acesso a gravações supostamente autorizadas, que revelam conversas sobre o caso entre pessoas do Maranhão.

Na gravação, parece haver preocupação com o que Nayrinha possa falar:

 – A menina ameaça falar tudo – diz um dos telefonemas.

– dê assistência a ela – determina o outro.

O blog não conseguiu identificar quem é quem nas conversas.

De acordo com o blog de Gilberto Léda, a Polícia Federal incluiu os deputados maranhenses Luciano Leitoa (PSB), Marcos Caldas (PRB) e Carlos Filho (PV) nas investigações sobre a morte da garota de programa.

Há nos autos do inquérito ligações dela para os parlamentares.

A PF deixa claro não haver qualquer ligação dos deputados maranhenses com o assassinato de Fernana Lages.

A ligação deles na investigação se dá pelo fato de terem contatado Fernanda, em um momento ou outro, “para festinhas em Teresina”.

De qualquer forma, é uma dor de cabeça para os parlamentares…