0

Associação de jornalistas protesta contra falta de respostas à morte de blogueiros…

Diniz e Lano: executados por incomodar políticos

Diniz e Lano: executados por incomodar políticos

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) emitiu Nota Pública cobrando esclarecimentos das autoridades sobre a execução dos blogueiros Ítalo Diniz e Orislândio Roberto Araújo, o Roberto Lano, executados num prazo de duas semanas no interior maranhense.

Até agora, nenhum suspeito foi preso pelos crimes, e chama atenção o desinteresse da polícia pelo caso.

– É preciso esclarecer se as execuções foram consequência do que os blogueiros publicavam e punir os responsáveis. Só assim será possível evitar novos crimes contra a liberdade de expressão – diz a nota da Abraji. (Leia a matéria completa aqui)

Ítalo Diniz foi morto em Governador Nunes Freire por dois homens em uma moto. pouco mais de uma semana depois foi a vez de Roberto Lano, também executado por motoqueiros não identificados.

O Mais grave, para a Associação de Jornalismo Investigativo, é que os crimes têm clara conotação política.

E esperam respostas das autoridades…

11

Polícia Federal: explicações a dar…

Delegados que comandaram a operação “Sermão aos Peixes” agiram como verdadeiros agentes políticos em defesa do governo Flávio Dino, criminalizando até a mídia que lhe faz oposição, numa atitude fora dos padrões republicanos defendidos pela própria instituição

Resposnáveis pela operação "Sermão aos Peixes": mais do que ação, posição política clara em relatório

Responsáveis pela operação “Sermão aos Peixes”: mais do que ação, posição política clara

Editorial

Mantido em sigilo pela própria Polícia Federal, o relatório da operação “Sermão aos Peixes”, que levou para a cadeia representantes de empresas prestadores de serviços à Secretaria de Saúde e donos do Instituto Cidadania e Natureza (ICN) – além de ouvir servidores da própria secretaria – acabou vazando para a imprensa.

E o que se extrai do documento, desde então, são  fatos e dados não tão republicanos quanto deveria ser a ação, sobretudo por estar vinculada à Procuradoria-Geral da República.

Desde segunda-feira, 23, partes do relatório têm sido divulgadas em blogs, rádios e jornais. E mostram que o raio de ação da operação poderia ter sido muito mais extenso do que divulgaram os delegados federais. Eles chegaram a afirmar não haver na investigação nada relacionado aos governos José Reinaldo Tavares (PSB) e Jackson Lago (PDT), e também no governo Flávio Dino (PCdoB).

Mas havia sim.

O que se vê nos relatórios é que membros do governo Jackson, como o ex-chefe da Casa Civil, Aderson Lago, e até o atual secretário de Saúde Marcos Pacheco, também foram investigados pela Polícia Federal, inclusive com interceptações telefônicas, os populares grampos.

Mesmo assim, nenhum deles foi arrolado na operação “Sermão aos Peixes”, que decidiu se prender a um único período, o de 2010 a 2013.

Trecho do rela´torio da Polícia Federal: tentativa de criminalização dos que fazem oposição a Dino

Trecho do relatório da Polícia Federal: tentativa de criminalizar quem faz oposição a Flávio Dino

Porque os responsáveis pela operação decidiram poupar estes investigados? ainda não se tem resposta.

Mas o relatório da própria Polícia Federal, agora tornado público, pode ser uma chave para entender a posição dos delegados. No documento, eles chegam a condenar opositores por tentarem “desestabilizar o atual governo”, como se a atividade política diária fosse uma ação criminosa.

O fato é que, diante dos documentos que vazaram a imprensa, a operação “Sermão aos Peixes” precisará encontrar seu eixo fundamental, para evitar que caia na vala comum de mais uma operação destinada a perseguir adversários dos que estão no poder.

E essa resposta só poderá vir da própria responsável pela operação, a Polícia Federal.

Gostem ou não os seus delegados…

1

A morte de blogueiros e o descaso da polícia….

Após o segundo assassinato no interior maranhense – sem que nenhuma informação a respeito da primeira execução tenha sido dada pelos homens da lei – o clima é de medo entre profissionais em todo o estado

 

Os dois blogueiros executados: por que a polícia não diz nada?

Os dois blogueiros executados: por que a polícia não diz nada?

Os blogueiros – profissionais da comunicação que atuam na internet – gera uma antipatia em todos os segmentos sociais, e até entre os demais profissionais de imprensa , pela liberdade que têm para questionar.

Por isso são antipatizados pelo judiciário, por jornalistas e radialistas e até pela polícia.

Mas nada disso justifica a falta de informações claras para a execução de dois blogueiros no interior do Maranhão.

A primeira execução ocorreu em 13 de novembro. Ítalo Diniz foi executado a tiros em Governador Nunes Freire, onde mantinha um blog e já denunciava ameaças de morte.

Até a ora, a polícia não deu qualquer informações sobre os executores do blogueiro.

No último sábado foi a vez de Orislandio Timóteo Araújo,o Roberto Lano, de Buriticupu. Ele foi executado na frente da mulher, no Centro do município.

São evidentes os indícios de pistolagem nos dois crimes; claro assassinato por encomenda, nos mesmos moldes da execução do jornalista Décio Sá, em 2012.

Mas a polícia parece nem estar investigando os dois casos.

O que é lamentável, sob todos os aspectos…

4

Assalto em plena manhã na Cohama; veja vídeo…

A falta de segurança pública em São Luís tem levado a episódios como a do vídeo acima. Uma mulher é roubada por dois homens gol prata,quando tentava entrar um local, em um ponto, próximo ao MAC Center, em plena manhã desta quinta-feira, 8. Os homens levam o celular e a bolsa da vítima, que fica desesperada, sem saber para onde ir.

2

Imagem do dia: Day after…

PONTOS DE ASSALTOS NO JARACATI-420966

Um dia depois de uma série de assaltos a motoristas na via que liga o Renascença à Via Expressa, por trás do Ceuma e do Tropical Shopping, o governo resolveu tomar medidas de segurança na área. Até agora há pouco, uma viatura fazia a ronda na área, que também teve a iluminação recuperada. O problema é que as viaturas não vão ficar ali rotineiramente, mas os usuários da vida sempre terão ali como opção de fluxo. (Imagem: Biaman Prado/O EstadoMaranhão)

3

Jefferson Portela tem muito o que explicar à Assembleia…

Deputada Andrea Murad levanta suspeitas de que o secretário de Segurança esteja forjando provas contra adversários para tentar levá-los à prisão e quer que o caso seja esclarecido em audiência com os colegas deputados

 

AndreaMurad7Quero dizer ao secretário Jefferson Portela, que eu vou requerer imediatamente a convocação dele na Assembleia para falar sobre essa agressão de uma polícia política que o Maranhão não pode tolerar; e quero que ele traga todas as provas que ele diz ter para apresentar no plenário. Estarei lá pra debater de frente porque isso precisa acabar, nem que acionemos as cortes supremas contra as violações dos direitos humanos no Maranhão, onde a polícia é utilizada única e exclusivamente para cercear qualquer um que se opõe ou denuncia práticas imorais que ocorrem neste governo. O governador Flávio Dino e Márcio Jerry não irão transformar o Maranhão num estado policial de exceção. Tenham certeza que me terão na trincheira lutando pelos maranhenses”, disse a deputada.

5

O Estado de exceção no governo Flávio Dino…

Dino: prepotência e aparelhamento do estão para atender aos seus interesses

Dino: prepotência e aparelhamento do estão para atender aos seus interesses

A frase abaixo é do juiz Sérgio Moro, que coordena a operação Lava Jato e cuida de todos o processos referentes ás investigações em todo o país:

 

Sérgio-Fernando-Moro.Evidentemente falta melhor apuração dos fatos, sendo necessárias provas que corroborem a palavra de criminoso colaborador”

 

Moro se referia às acusações envolvendo o governo Roseana Sarney (PMDB) e o ex-secretário João Guilherme Abreu.

Sérgio Moro tem fé pública e é visto hoje como um herói nacional, pelo trabalho que faz na investigação da Lava Jato.

E para ele, precisava de mais provas que embasassem a denúncia do “criminoso colaborador” Paulo Roberto Costa.

Mas para a Polícia de Flávio Dino tudo já está resolvido.

Portela e os delegados da Seic: militante partidário e servidores apenas preocupados com a estabilidade profissional, sem contrariar o chefe

Portela e os delegados da Seic: militante partidário e servidores preocupados com a estabilidade profissional

Comandada por Jefferson Portela, um militante do PCdoB – disposto a tudo para agradar ao chefe e subir nas instâncias partidárias e políticas – e coordenada por delegados carreiristas, preocupado apenas em servir ao governo e seguir na profissão, a Secretaria de Segurança Pública decidiu condenar e requerer a prisão de João Abreu.

E o próprio Flávio Dino se encarregou de pressionar o Poder Judiciário a ceder a uma prisão estapafúrdia e sem lógica, que fatalmente cairá nas instâncias superiores da Justiça, envergonhando mais uma vez os que fazem a “Justiça” no estado.

Agora, leia a afirmação do ex-secretário Ricardo Murad, que também já iveu na pela a perseguição imposta por Dino e pelo seu aparelho estatal:

ricardo muradA prisão preventiva de João Abreu é despropositada e abusiva, típica de um estado policial de exceção como esse que estamos vivendo no Maranhão”

E é assim que o Maranhão se encontra, subjugado por um sistema autoritário, totalitário, truculento e absolutista.

É a mudança que se implantou no Maranhão…

1

Oficiais entram em contradição em depoimento do caso Fagner…

Major Anderson Maciel afirmou ao delegado Guilherme Sousa que prendeu o cabo Monteiro por que este confessou ter atirado, mas o sub-tenente Bernardo Reis da Costa revelou que alertou o major de que outros PMs haviam disparado

 

A desocupação que resultou na morte de Fagner

A desocupação que resultou na morte de Fagner

exclusivo2Há pelo menos uma contradição no depoimento dos oficiais que comandaram a operação de retirada de invasores de um terreno na região do Turu, em 13 de agosto.

Este blog teve acesso aos depoimentos do major Anderson Fernando Holanda Maciel e o do sub-tenente Bernardo Reis da Costa, ouvidos pelo delegado de homicídios Guilherme de Sousa Filho.

Os autos mostram que será preciso muito boa vontade para não ver que houve açodamento por parte dos comandantes da ação – e da própria polícia civil – na prisão dos cabos Marcelo Monteiro e Janilson Santos.

Em seu depoimento, o major Anderson disse ter chegado ao seu conhecimento que os disparos teriam partido do cabo Monteiro, embora não tenha revelado quem o informou sobre isso.

– Que antes de entrar em contato com as autoridades superiores o depoente contactou com o Cabo Monteiro perguntando se era verídico se o mesmo tinha efetuado o disparo de arma de fogo no manifestante ora ferido; Que cabo Monteiro respondeu: “senhor, a multidão veio enfurecida em direção à tropa e eu fui obrigado a utilizar a arma de fogo” – declarou major Anderson ao delegado.

Segundo no depoimento, foi a partir de constatar a morte de Fagner Santos que o major recebeu determinação dos superiores (ele também não informa que superiores foram estes) para conduzir o cabo Monteiro à Delegacia de Homicídios.

Leia também:

Um grave deslize…

Caso Fagner: polícia vai periciar mais de 80 armas…

Perícia desmente versão para morte de jovem no Turu...

O sub-tenente Reis acrescentou detalhes contraditórios ao delegado Guilherme Sousa.

Segundo ele, o major Anderson o chamou para informar-lhe que já havia conversado com o cabo Monteiro  e “este teria realmente atirado em direção à multidão que estava tentando avançar”. Ao ouvir a declaração do major Anderson, Reis ponderou, segundo depoimento à polícia:

– Que o depoente, ao falar com o major Anderson, informou a este que não só o Cabo PM Monteiro teria atirado, mas assim como outros policiais militares – diz o depoimento.

Na delegacia, Guilherme Sousa ratificou a voz de prisão do cabo Monteiro, e também prendeu o cabo Janilson, levando em consideração a declaração de uma testemunha, também ainda não revelada pela polícia.

Mais tarde, a perícia revelaria que não saiu das armas deles a bala que matou o jovem…

1

Operações contra agiotagem param após atingir aliados de Dino…

Cheque de Miltinho Aragão foi o primeiro a ser descoberto; e o caso abafado rapidamente

Cheque de Miltinho Aragão foi o primeiro a ser descoberto; e o caso abafado rapidamente

Por Maicon Sousa, do Maranhão em Foco

As operações policiais realizadas pela a Polícia Civil para prender integrantes da rede de agiotagem que desviou milhões dos cofres públicos, pararam de ser realizadas após as investigações atingirem aliados de primeira hora do governador Flávio Dino (PCdoB), a exemplo do prefeito de São Mateus, Miltinho Aragão, filiado ao PSB.

As operações foram desencadeadas no dia 4 de maio e resultaram nas prisões do prefeito de Bacuri, Richard Nixon dos Santos, do prefeito de Marajá do Sena, Edvan Costa, do ex-prefeito de Zé Doca, Raimundo Nonato e do ex-prefeito de Marajá do Sena, Perachi Farias. Além destes também foi preso Josival Cavalcanti, o Pacovan, apontado pelas as investigações como um dos principais envolvidos no mega-esquema de desvio de dinheiro público.

Rocha Júnior também teve cheque encontrato com Pacova, o pai Roberto deu pressão e o caso também foi deixado pra lá

Rocha Jr. também teve cheque com Pacovan, mas o pai Roberto deu pressão e o caso também foi deixado pra lá

No dia 19 de maio foi desencadeada a operação “El Berite”, que prendeu o ex-prefeito de Bacabal, Raimundo Lisboa e mais cinco pessoas ligadas à prefeitura do município no governo de Lisboa. Parte dos presos eram aliados da família Sarney.

42 prefeituras estão na lista de investigação dos delegados que integram a Comissão de Combate à Agiotagem, criada em fevereiro deste ano, pelo Governador Flávio Dino, inclusive a prefeitura de Caxias, quando comandada pelo ex-prefeito Humberto Coutinho, atual presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão e aliado de Dino.

Wellington Silva "perdeu" o posto no governo, mas mantém forte relação com o governo comunista

Wellington Silva “perdeu” o posto no governo, mas mantém forte relação com o governo comunista

Ao todo foram realizadas quatro operações policiais, sendo elas, “Maharaja”, “Morta-Viva”, “El Berite”, e “Imperador”, todas desdobramentos da “Operação Detonando”, realizada em 2012 para investigar a morte do jornalista Décio Sá, que denunciou o esquema em seu blog.

À medida que as investigações foram se aprofundando, atingiram aliados do governador e desde então as operações pararam. Continue lendo aqui…