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Autoritarismo da campanha de Brandão afasta possíveis aliados no segundo turno…

Reação dos candidatos Simplício Araújo e Edivaldo Júnior à manipulação de pesquisas e à tentativa de controlar até candidaturas adversárias acena para um provável isolamento do candidato do Palácio dos Leões em um eventual confronto direto, seja qual for o adversário na disputa

 

O “dono do Maranhão”, segundo Edivaldo Jr., e seus dois lugares-tenentes: forçação de barra e manipulação de números afasta aliados em eventual segundo turno

Análise de conjuntura

O Palácio dos Leões adotou uma estratégia kamikaze nesta reta final do primeiro turno, na tentativa de evitar um confronto direto dos eu candidato, Carlos Brandão (PSB), em um segundo turno.

Ao manipular sistematicamente números de pesquisas, prejudicando outros candidatos, e se achar no direito de controlar outras candidaturas – como a de Dr. Lahésio (PSC) – o governo afasta de si possíveis aliados no segundo turno.

A reação dura dos candidatos Edivaldo Júnior (PSD) e Simplício Araújo (Solidariedade) à forma como vêm sendo manipulados os números das pesquisas praticamente fechou as portas para uma aliança com Brandão.

Para Edivaldo, Brandão “é um incompetente” controlado por Flávio Dino que “se acha o dono do Maranhão”; Simplício classificou o governador de “poste”, despreparado para ser eleito “mesmo no tempo em que se elegia postes”.

A menos que os dois adversários rasguem a própria biografia, é quase impossível uma aliança deles em torno do Palácio dos Leões, caso o governador-tampão chegue mesmo ao segundo turno.

OI autoritarismo do governo é exercido publicamente pelo chefe da comunicação, Ricardo Capelli, que fomenta ódio ao mesmo tempo em que afasta aliados.

Mas para quem aposta todas as suas fichas em uma vitória em turno único, para Brandão pouco importa o apoio de Edivaldo ou de Simplício.

É um jogo de risco duplo para o Palácio dos Leões: a estratégia de encurralar adversários com a força da máquina e da mídia alinhada pode mesmo dar a Brandão uma vitória em primeiro turno, ainda que fortemente improvável pelas circunstâncias da própria campanha.

Mas se houver um confronto direto, seja com quem for, a aposta pode significar uma derrota histórica para os Leões.

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“Nem quando se elegia ‘postes’ o atual governador venceria uma eleição”, diz Simplício

Candidato do Solidariedade diz que a manipulação de pesquisas visa apenas salvar a eleição do candidato a senador do Palácio dos Leões, Flávio Dino, em quem Carlos Brandão se pendura por não ter personalidade própria

 

Simplício não poupou Brandão e foi mais um candidato a mostrar, após pesquisas, a incompetência e o despreparo do governador-tampão

O candidato do Solidariedade ao Governo do Estado, Simplício Araújo, foi outro dos postulantes ao Palácio dos Leões a criticar duramente as pesquisas de intenção de votos.

Segundo ele, a manipulação dos números do IPEC (ex-Ibope), divulgados nesta terça-feira, 20, na TV Mirante, tem o objetivo apenas de salvar a candidatura de senador do ex-governador Flávio Dino (PSB).

– O desespero aumenta na “chapa” do atual governador. Além de requentar apoio de uma determinada entidade empresarial, declarada, desde janeiro, agora Carlos Brandão tenta salvar a eleição de Senado. No Maranhão quem não ganha a eleição no primeiro turno, perde também o senado – avaliou Simplício.

Ao classificar de poste o candidato do governo, Simplício disse que, nem mesmo nesta condição – a de poste de Flávio Dino – Brandão venceria uma eleição majoritária; o candidato critica também o despreparo e a falta de ações do governador-tampão.

– Até hoje ele não apontou um “prego” que tenha verdadeiramente colocado no Maranhão nos últimos 7 anos. Com muita luta, fiz mais em Pedreiras que ele em Colinas, pra não falar no Maranhão todo – provocou.

Além de Simplício, o resultado da pesquisa IPEC – tida como manipulada pelo Palácio dos Leões – irritou também o candidato Edivaldo Júnior (PSD), que atacou duramente Brandão e o próprio Flávio Dino.

A reação dos candidatos mostra o clima que se avizinha para o segundo turno no Maranhão…

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Brandão se esconde em trios, Weverton corre com o povo; entenda o clima das principais campanhas

Com a imagem absolutamente atrelada a Flávio Dino, governador-tampão experimenta momento de apatia na corrida pelo Palácio dos Leões, enquanto o senador pedetista mostra uma energia contagiante, que vai envolvendo o eleitor em todos os municípios maranhenses

 

É assim, escondido no alto de um carro, que Brandão percorre os municípios, com a imagem absolutamente atrelada a Flávio Dino

Análise da notícia

Faltando pouco mais de 20 dias para as eleições, há uma nítida diferença no clima das duas principais campanhas ao Governo do Estado.

Cheio de energia, vigoroso e em plena euforia, o senador Weverton Rocha (PDT) tem envolvido os municípios por onde passa, com uma animação contagiante e a confiança de quem tem a certeza de que chegará ao segundo turno.;

Nos últimos dias, o clima de vitória na campanha de Weverton marcou eventos em Timon, Caxias, Lago da Pedra, Afonso Cunha, Imperatriz, São Luís e diversas outras cidades.

O entusiasmo do senador pedetista contagia o eleitor e atrai mais gente para a campanha

O clima leve com que Weverton tem conduzido a campanha contrasta com uma sensação de peso, falta de empolgação e lentidão da campanha do governador-tampão Carlos Brandão (PSB).

A impressão que se tem é que Brandão cansou na reta final e já respira com o desejo de que o primeiro turno acabe logo, para que ele possa descansar.

Entusiasmado, Weverton conduz a própria campanha, envolvendo o povo dos municípios por onde passa

Independentemente das pesquisas contratadas pelo Palácio dos Leões e seus agentes na mídia, Weverton atua cada vez mais com a certeza de que chegará ao segundo turno em posição de vitória – certeza garantia pela análise diária de dados reais da campanha.

E quanto mais entusiasmo ele transpira nas ruas, mais gente de junta ao seu projeto, gerando mais entusiasmo e atraindo mais gente.

Num círculo virtuoso que acaba por emparedar seus adversários…

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Sem projetos próprios e com personalidade pouco vigorosa, Brandão mostra fragilidades na campanha

Apático, sem energia, sem marca e sem nenhum programa ou ação que caracterize sua própria gestão, governador-tampão não consegue, sequer, reagir com firmeza aos adversários, que o classificam como “figura meramente decorativa” no projeto de poder encabeçado pelo comunista Flávio Dino

Mero retrato nas mãos de Flávio Dino, sem personalidade própria e sem energia para os embates da campanha, Carlos Brandão reforça a imagem de figura meramente decorativa

Opinião

Com personalidade morna, o governador-tampão Carlos Brandão (PSB) parece o nome ideal para suceder, sem ofuscar, ao comunista Flávio Dino (PSB); mas seria isso suficiente para garantir sua reeleição para o governo do Maranhão?

Parece que não.

Oscilando entre um continuísmo literal a Flávio Dino e o flerte com a volta ao passado – demonstrada na sua montagem de governo e na aliança com o grupo Sarney – Brandão ainda não conseguiu agradar o eleitor.

A sua principal fragilidade é a falta de uma personalidade própria.

Em seu programa eleitoral e suas falas, o tampão só apresenta feitos de Flávio Dino como sendo seus; mas não convence, já que nos últimos sete anos foi pouco presente.

A imagem de submissão é tão forte que seu ex-colega de governo Simplício Araújo (Solidariedade) o definiu publicamente durante debate do imirante como “figura meramente decorativa no governo Flávio Dino”.

A absoluta dependência de Brandão foi demonstrada pelo blog Marco Aurélio d’Eça ainda em maio, no post “Flávio Dino não desencarna do governo e transforma Brandão cada vez mais em poste…”

De lá para cá, a situação só piorou.

A capacidade de gestor do governador-tampão também é colocada em dúvida pela ausência de uma marca do seu governo.

Até o momento, Brandão não apresentou nenhum novo programa ou novas ideias, apenas inaugurou obras deixadas prontas por Dino. Fala apenas em continuar tudo como está; nada de avanços, nem melhorias.

Chamado no debate do Imirante de “governador tampão” e “figura decorativa”, Brandão sequer conseguiu demonstrar uma indignação vigorosa contra as alcunhas dadas a ele pelos adversários.

Reagiu com a mesma apatia que vem apresentando em suas falas no programa, onde com muita maquiagem e pouca energia, não transmite a confiança de que será capaz de administrar um estado tão grande e tão cheio de problemas a serem enfrentados.

Como é o caso do Maranhão…

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Brandão segue destruindo as finanças do estado para tentar salvar sua eleição…

Depois de liberar mais de R$ 1 bilhão para prefeitos, R$ 110 milhões para desembargadores e R$ 60 milhões para deputados, governador-tampão começa a tirar dinheiro da Saúde, da Educação e da Segurança para cumprir seus compromissos eleitorais

 

Poste de Flávio Dino, Brandão não consegue empolgar a base aliada e começa a tirar dinheiro de setores sensíveis do governo para tentar salvar sua eleição

Análise da notícia

Com a campanha eleitoral empacada, sem a capacidade de empolgar o eleitor e o próprio grupo, o governador-tampão Carlos Brandão (PSB) já gastou quase R$ 2 bilhões com favorecimentos a aliados.

Mas até agora não conseguiu deslanchar, e começa a usar dinheiro de setores fundamentais do governo, como a Saúde, a Educação e a Segurança Pública.

Para tentar mostrar força em sua campanha, Brandão já liberou mais de R$ 1 bilhão às prefeituras aliadas, pela modalidade fundo a fundo, quando o dinheiro é depositado diretamente na conta do município.

Outros R$ 110 milhões foram liberados para o Tribunal de Justiça, numa operação comandada pelo próprio presidente do tribunal, quando este esteve no comando do estado.

Os deputados estaduais, por sua vez, receberam nada menos que R$ 60 milhões em emendas ás vésperas da campanha eleitoral.

Mesmo assim, Brandão continua atrás do senador Weverton Rocha (PDT) nas pesquisas já divulgadas até agora e se vê ameaçado pelo candidato do PSC, Dr. Lahésio Bonfim.

Para tentar salvar a própria campanha, o governador começa agora a invadir os cofres de setores da Educação, Saúde e Segurança Pública.

Para arrombar os cofres da Saúde, Brandão criou até um “orçamento secreto”, que desviou nada menos que R$ 65 milhões, segundo revelou o blog Verdade98.

Além disso, já retirou cerca de R$ 11 milhões da Secretaria de Segurança Pública – que deveriam ajudar no aparelhamento e modernização das forças policiais – e encaminhou à Secretaria de Infraestrutura para obras em bases eleitorais de aliados, segundo revelou o blog Folha do Maranhão.

Tentando a qualquer custo manter o grupo do ex-governador Flávio Dino (PSB) no poder, Carlos Brandão vai arrombando os cofres públicos e retirando dinheiro de onde pode para viabilizar sua campanha.

Enquanto isso, o Maranhão vai vendo a pobreza aumentar…

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De como Carlos Brandão faz força diária para perder a eleição…

Juntando a falta de carisma e a postura coronelista a um marketing que parece trabalhar pela própria derrota, governador-tampão vai fortalecendo a campanha de adversários com ações destrambelhadas no dia dia e desanimando a base aliada, que vê cada vez mais distantes as chances de vitória

 

Quanto mais este retrato circula pelas redes sociais, mais Brandão vai se tornando mero fantoche nas mãos do ex-governador Flávio Dino, o que diminui a imagem do candidato-tampão

Ensaio

O governador-tampão Carlos Brandão (PSB) é o principal adversário do candidato a governador Carlos Brandão.

Sem qualquer carisma, o chefe do Executivo trabalha diariamente pela própria derrota, tanto com  ações pessoais destrambelhadas quanto seguindo as decisões do “gênios” que fazem o seu marketing de campanha e de governo.

O anúncio arrogante de que teria ido à justiça contra a decisão que parou o ferry velho Zé Humberto foi mais um desses tiros no pé que marcam a campanha do tampão; ao publicar em suas redes sociais que estava na justiça em defesa da embarcação – que, diga-se de passagem, não tem condições de navegar – Brandão chamou atenção para seu próprio erro.

O resultado foi a rejeição do pedido e mais uma derrota pública do governador, explorada à exaustão na mídia independente.

Mas não é de hoje que Brandão faz força para perder a eleição.

Sua postura coronelista e sua falta de carisma formam desde sempre um “produto” difícil de vender; soma-se a isso a incompetência dos homens de mídia da campanha e do governo e o resultado é um desastre digno de estudo científico.

Imagens como a de um governador segurando uma cesta básica como troféu – em meio ao aumento da miséria no estado – ou aquela em que Flávio Dino segura seu retrato, dando a entender ser ele uma mera caricatura do ex-governador, serão exploradas à exaustão na campanha, enfraquecendo ainda mais a figura do candidato.

E o que falar das frustradas tentativas de fotos ao lado do ex-presidente Lula (PT), em que aparece quase dando uma chave de pescoço no candidato petista?

Com 100 dias de governo, Brandão não tem nenhum projeto ou ação a mostrar à população maranhense que justifique sua permanência no poder a partir de 2023; além disso, não tem qualquer ação de rua que justifique uma campanha de marketing consistente para torná-lo “vendável” ao eleitor.

O resultado é um candidato cada vez mais caricato e uma base mais desanimada a cada dia.

E é assim que ele chegará à campanha eletrônica…

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Governo Flávio Dino, ferry boat e doença são principais desgastes de Brandão

Embora o ex-governador comunista mantenha-se com alta cotação em sua candidatura de senador, a relação com seu governo prejudica a imagem do governador-tampão, o que piora com a falta de soluções para problemas do dia dia da população e a insegurança quanto à condição de saúde do candidato para uma disputa tão acirrada

 

Brandão não consegue deixar de ser um mero retrato nas mãos de Flávio Dino, o que diminui cada vez mais a sua candidatura ao governo

Ensaio

Há três fatores principais para o desgaste da candidatura do governador-tampão Carlos Brandão (PSB):

1 – a forte vinculação ao governo do comunista Flávio Dino (PSB);

2 – a falta de soluções para problemas do cotidiano maranhense, como a travessia de ferry boat;

3 – a insegurança de lideranças e do eleitor quanto à sua condição de saúde para encarar a campanha.

Com relação a Flávio Dino, muita gente não compreende que ele, mesmo desgastando Brandão, consegue se manter com altos índices de intenção de votos para o Senado; isso ocorre pelo fato de que que a figura de Dino tem mais peso no imaginário popular que a de Brandão, um ilustre desconhecido do eleitor.

Como poste de Dino, Brandão absorve, por exemplo, o desgaste pelo fracasso no combate à miséria e perde popularidade ao ser visto como mero instrumento do governador, embora este mesmo eleitor aceite votar em Dino para o Senado.

Brandão poderia surfar na onda de ser a “escolha pessoal” de Flávio Dino, mas não consegue por causa dos dois outros fatores.

A percepção de que seu governo não consegue resolver problemas aparentemente banais – como o serviço de ferry boat – é realçado pela ausência do governador do debate político; há 30 dias Brandão desapareceu do estado para tratar um problema de saúde, e desde então seu governo está parado.

Falta brilho próprio no candidato do Palácio dos Leões, o que não é resolvido assim, de afogadilho.

E neste ponto Flávio Dino também é culpado.

O próprio Brandão cobrou sistematicamente a Dino, desde 2020, que ele deixasse claro à base sua “escolha pessoal”; Dino empurrou com a barriga, fazendo com que as candidaturas do senador Weverton Rocha (PDT), de Simplício Araújo (Solidariedade) e de Josimar Maranhãozinho (PL) ganhassem corpo na base.

O resultado é um governo rachado, com praticamente metade dos aliados ao lado de Weverton – agora com apoio de Josimar – e uma candidatura de Simplício que reforça ainda mais falta de unidade na base.

A situação só não é mais periclitante por que Brandão está sentado na cadeira de governador, e isto tem um peso no eleitorado.

Mas resta ao governador-tampão, agora, retomar seu governo e encerrar de uma vez por todas os boatos segundo os quais pode vir a ser substituído pelo pré-candidato a vice Felipe Camarão (PT).

Mas esta é uma outra história… 

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Flávio Dino não desencarna do governo e transforma Brandão cada vez mais em poste

Quase sessenta dias depois de deixar o comando do estado, comunista ainda age como se mandasse no Palácio dos Leões, e diminui a figura do governador-tampão, que, curiosamente, parece mesmo depender das ações do padrinho

 

Até agora Brandão continua sendo um mero retrato nas mãos de Flávio Dino, que controla tanto a agenda de campanha quanto a de governo

Ensaio

Afastado do governo há quase 60 dias, o comunosocialista Flávio Dino ainda não conseguiu desencarnar do cargo; suas ações entre aliados ainda é a de chefe, que chega a dar ordens ao próprio Brandão, em alguns momentos.

Flávio Dino age como se governador ainda fosse e diminui ainda mais a figura do governador-tampão, já transformado em poste pelo próprio Dino na pré-campanha. 

O recente programa do PSB no horário partidário reforçou ainda mais a condição subalterna de Brandão; o eterno vice aparece sempre depois da fala de Flávio Dino, como se fosse um mero preposto das ações do governo anterior.

Pior: o próprio Brandão parece aceitar este papel de poste por que depende de Flávio Dino para se viabilizar em um eventual segundo turno; o tampão carece da força eleitoral de Flávio Dino – ainda alta – mas pode morrer abraçado com o padrinho.

O tampão não consegue absorver os índices eleitorais do chefe, mas recebe todo o ônus do fracasso do governo comunista.

A partir de 2 de julho, Brandão deixa definitivamente o papel duplo de governador-candidato e fica proibido de agir em algumas situações como chefe de governo.

E é exatamente no momento em que Dino também não poderá mais agir por ele.

o ex-governador não poderá participar de eventos de campanha em nome do vice; não poderá, por exemplo, participar de debates no lugar de Brandão.

A própria campanha de senador tem restrições de participação no programa eleitoral; o coadjuvante, neste caso, será Dino e não o seu poste.

É neste ponto da campanha que tanto Dino quanto Brandão precisarão enfrentar a solidão da própria candidatura.

O comunista deverá perceber que não mais é ele o governador; e Brandão entenderá (?) que é ele quem precisa governar.

Neste momento, o tamanho dos dois – do dono e do poste – será medido mais claramente…