Presidente eleito provocou reação no Oriente Médio ao anunciar a pretensão de transferir a Embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém, o que causou até o cancelamento de uma visita de comitiva brasileira ao Egito
O governador Flávio Dino (PCdoB) segue a uma rotina de tentar ser o contraponto ideológico ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Nesta terça-feira, 6, Dino recebeu a visita da embaixadora dos Emirados Árabes, Hafsa Abdulla Al Ulama, e fez questão de postar o fato em suas redes sociais, lembrando que “os países árabes são parceiros comerciais importantes para o Brasil”.
Em outras circunstâncias, a visita da comitiva árabe teria menos destaque na agenda do comunista, mas a reunião ocorreu dias depois de o presidente eleito provocar revolta no Oriente Médio com o anúncio de que pretende transferir a embaixada brasileira em Israel de Telaviv para Jerusalém.
Historicamente, os povos árabes não aceitam que Israel detenha Jerusalém como sua capital; eles entendem que o povo palestino também tem direito à região como sua capital.
Ao decidir-se pela transferência, Bolsonaro seguiu o exemplo do presidente Norte-americano Donald Trump, que já havia anunciado a transferência da Embaixada dos EUA para a cidade santa. (Entenda aqui)
Na semana passada, após o anúncio de Bolsonaro, o Egito decidiu cancelar uma visita do ministro de Relações Exteriores, Aluísio Nunes Ferreira, o que foi entendido como ato de retaliação. (Leia aqui)
Com a visita da embaixadora árabe ao Maranhão, Flávio Dino tenta, mais uma vez, entrar no debate nacional com Jair Bolsonaro.
Por enquanto, no entanto, continua ouvindo o silêncio por resposta…