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A Bob, com carinho…

Administrador que fez do jornalismo seu porto seguro – e tinha a ironia como marca na escrita – morreu ontem em Brasília, onde atuava há quatro anos, como assessor do senador Roberto Rocha

 

O comentário abaixo foi o último de Robert Lobato em um grupo de política:

Ele fazia parte do “Liberdade de Expressão”, grupo restrito, apenas com os mais qualificados jornalista do estado, em que se discutia, neste domingo, 24, a candidatura do governador Flávio Dino (PCdoB) à presidência da República.

Bob morreu pouco tempo depois, em Brasília, em uma tentativa de travessia de um açude.

Robert Lobato foi um daqueles cidadãos pelo qual se pode ter apenas dois sentimentos: ame-o ou o odeie.

E foi assim que ele construiu uma da mais brilhantes carreiras no jornalismo maranhense, mesmo sem ser jornalista.

E é do jornalismo maranhense que o administrador vai levar todas as honras nessa sua despedida.

Vá em paz, Bob…

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A curiosa “transição” ideológica de petistas maranhenses…

Lideranças do partido de Lula no Maranhão não apenas votaram em Jair Bolsonaro, como agora até participam de sua transição num movimento que leva à pergunta: que caminho terá o PT no estado?!?

 

Fábio Gondim durante campanha a deputado federal pelo PT; mudança ideológica de um extremo ao outro

Primeiro foi o blogueiro Robert Lobato, ex-dirigente do PT no Maranhão.

Filiado histórico do partido, ele surpreendeu ao declarar “voto crítico de um socialista convicto” no deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), no segundo turno das eleições presidenciáveis, contra Fernando Haddad, do próprio PT. (Relembre aqui)

Agora, o ex-secretário de Administração do Maranhão, Fábio Gondim – ex-candidato a deputado federal pelo PT – é convidado a compor a equipe de transição de Bolsonaro.

Curiosamente, os dois petistas-agora-bolsonaristas são alinhados ao senador Roberto Rocha (PSDB), talvez a principal antítese maranhense dos postulados da esquerda, em geral, e do PT, em particular.

Mas o movimento político de Bob Lobato e de Fábio Gondim diz muito mais do PT maranhense.

Aglomerado de interesses pessoais, sem nenhuma força política estadual, o partido de Lula sempre foi no Maranhão uma espécie de massa de manobra, que cada interesse movimentava para o lado que quisesse.

E a relação intensa destes petistas com Roberto Rocha, do PSDB, revela a pouca importância que o partido tem no estado.