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Flávio Dino e os votos de Sérgio Moro e Flávio Bolsonaro…

Apesar de estarem na oposição ao governo Lula – e de terem sido hostis ao próprio ministro da Justiça neste primeiro ano de governo Lula – senadores têm evitado falar sobre a sabatina desta quarta-feira, 13. E também evitam falar dos seus votos

 

Sérgio Moro mantém silêncio sobre sabatina de Flávio Dino; Flávio Bolsonaro, por sua vez, mudou o tom nas últimas semanas

Os senadores Sérgio Moro (Podemos-PR) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) são conhecidos adversários do ministro da Justiça Flávio Dino; mas nenhum dos dois fez qualquer menção negativa sobre a indicação de Dino para o Supremo Tribunal Federal.

Faltando dois dias para a sabatina que irá definir o futuro do ministro, nem Moro nem o 01 de Bolsonaro trata publicamente da escolha do maranhense; antes da indicação oficial do presidente Lula, há duas semanas, Flávio Bolsonaro ainda chegou a fazer provocações sobre  as especulações da época em relação a Dino, mas calou-se depois de confirmada.

Não há informações sobre uma eventual conversa entre Flávio Dino e os dois oposicionistas, embora o ainda ministro da Justiça tenha declarado que iria procurar todos os membros do Senado, inclusive os da oposição.

Moro não responde se conversou com Dino; quanto a Flávio Bolsonaro, este blog Marco Aurélio d’Eça apurou que houve uma tentativa do senador Weverton Rocha (PDT) por um encontro, recusado pelo senador carioca.

De qualquer forma, a movimentação de senadores oposicionistas, antes mais resistentes ao nome de Flávio Dino, hoje parece ser mais amena, sem declarações fortes à imprensa.

A direção do Senado pretende fazer tanto a sabatina quanto a votação secreta na mesma quarta-feira, 13…

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De como a oposição bolsonarista dá palanque nacional para Flávio Dino

Ministro da Justiça tem passeado nas oitivas promovidas pela direita no Congresso Nacional, o que tem garantido a ele espaço poderoso na mídia e nas redes sociais

 

Flávio Dino tem como principal alvo o despreparado senador Sérgio Moro

Ensaio

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) tem participado com absoluta desenvoltura das audiências públicas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

Programadas para constrangê-lo, ridiculariza-lo e expor supostos crimes, essas audiências têm se transformado, pelo contrário, em um palanque político nacional par o socialista.

Flávio Dino janta com indisfarçável prazer deputados de baixíssimo clero escalados para confronta-lo; e parece gostar mais ainda das investida do despreparado senador Sérgio Moro (Podemos-PR).

Bolsonaristas de quatro costados, como os senadores Hamilton Mourão (PRB-RS) e Damares Alves (PRB-DF) nem sequer têm coragem de ir para as audiências, preferindo o palco das redes sociais.

No embate cara a cara com os bolsonaristas, Flávio Dino passeia tranquilamente; e ganha forte exposição na mídia tradicional e nas redes sociais.

Virou queridinho da Rede Globo, onde aparece diariamente, e tem-se arriscado entrar nos mais diversos assuntos relacionados à sua pasta.

A superexposição tem fortalecido o nome de Flávio Dino para a sucessão de Lula.

De bem com a vida, navegando em céu de brigadeiro e vivendo momento único de liderança no país, o ministro se dá até o direito de brincar com a situação.

2030 ainda está longe – diz ele, quando perguntado sobre possível candidatura.

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Moro deve agradecer ao governo Lula por fazer o contrário do que ele próprio queria

Senador ligado à política bolsonarista defendeu em discurso que o estado deve usar a força bruta no combate ao crime – exatamente como pregava Bolsonaro – esquecendo que a Polícia Federal salvou sua vida – desbaratando um plano para executá-lo – por usar a inteligência e a parceria no lugar do confronto aberto

 

Sérgio Moro em discurso no Senado: Truculência como conceito de estado

Editorial

Se a Polícia Federal usasse a estratégia pregada pelo senador Sérgio Moro (Podemos-PR) para confrontar os criminosos que tramavam contra usa vida, talvez ele já estivesse morto nesta data, e o Brasil transformado num caos.

Para o senador, que foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro – para quem a truculência, a virulência e o armamentismo são conceitos de vida – o estado deve usar a força bruta contra o crime organizado no Brasil.

– Se eles vêm para cima com uma faca, a gente tem que usar um revólver. Se eles usam um revólver, nós temos que ter uma metralhadora. Se eles têm metralhadora, nós temos que ter um tanque – disse Moro, ao agradecer pela destruição do plano para executá-lo.

Em seu primeiro discurso como parlamentar, Moro mostrou-se absolutamente o que é: despreparado, truculento e reacionário, tudo o que o governo Lula, o Ministério da Justiça e, principalmente, a Polícia Federal não foram para destruir o plano de matá-lo.

Se Flávio Dino usasse o discurso de Moro como método de ataque aos criminosos, o caos estaria feito; e Moro poderia já estar debaixo da terra.

No desbaratamento da trama do PCC, a Polícia Federal usou exatamente o que Moro não tem e não busca: inteligência e parceria. Inteligência para montar a ação contra a trama e parceria que envolveu outros órgãos de segurança, federais e estaduais.

Moro serviu a um governo que tem ligações nítidas e públicas com milicianos; chegou ao Senado com a bandeira de anti-Lula, exatamente aquele que, agora no governo, salvou a sua vida.

Como parlamentar, em seu primeiro discurso de repercussão, o agora senador parece ter as mesmas ações e pregações que teve como juiz federal.

Ações e pregações que se mostram absolutamente inúteis…

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Teria Sérgio Moro agido para impedir atentado contra Flávio Dino?!?

Atual ministro da Justiça anunciou nesta quarta-feira, 22, o impedimento de um plano para matar o ex-juiz federal, o que gerou acusação à própria esquerda brasileira. Mas a pergunta que deve ser feita é: o possível alvo, que também foi ministro da Justiça, teria agido da mesma forma – durante o governo Bolsonaro, abertamente virulento – caso o alvo fosse o colega senador do PSB?!?

 

Sérgio Dino e Moro durante passe de ambos no Senado; colega ajudou a desbaratar plano de morte contra o outro

Ensaio

A direita brasileira, com seus tentáculos na imprensa, tentou criminalizar a esquerda, nesta quarta-feira, 22, após anúncio de que a Polícia Federal desbaratou um plano para sequestrar e matar o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (Podemos-PR).

A operação da PF foi confirmada pelo próprio ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), desafeto de Moro.

Moro foi juiz da Lava Jato e responsável por levar para a cadeia o agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); logo após as eleições de 2018, deixou a magistratura para se tornar ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PL).

A sanha radical da direita brasileira tenta de todas as formas satanizar a esquerda, até mesmo em uma visita do ministro a uma favela do Rio de Janeiro.

Mas a pergunta que se deve fazer nesta quarta-feira é: teria Moro, como ministro da Justiça, agido para evitar o atentado, caso o alvo fosse o colega Flávio Dino?!?

A história mostra claramente o perfil beligerante, virulento e genocida do governo Bolsonaro, período em que, para além das mortes pela Covid-19, assassinatos foram registrados de várias formas, envolvendo, inclusive, agentes públicos, com o silêncio sepulcral do presidente.

Para se ter uma ideia do perfil bolsonarista – que Moro encarnou durante o período de governo e agora, estreando na política – páginas de internet ligada ao ex-presidente passaram a divulgar, desde a terça-feira, 21, entrevistas do presidente Lula dizendo que, à época da perseguição que sofreu da Lava Jato, queria “f…. com Moro”.

Estariam já sabendo os planos contra o senador paranaense e preparando o terreno para culpabilizar a esquerda?

São perguntas que a Polícia Federal deverá responder nas investigações…

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Este blog aponta de novo: eleição presidencial caminha para embate Lula X Moro

Com a ameaça cada vez mais iminente de que o presidente Jair Bolsonaro nem chegue ao segundo turno, ex-juiz federal pode angariar apoios no mercado, nos quarteis e nas igrejas – onde o bolsonarismo se criou em 2018 – levando a disputa para um confronto direto com o ex-presidente petista

 

O ex-presidente e o ex-juiz federal podem jogar Bolsonaro nos porões da história e polarizar uma disputa que deveria ter ocorrido já em 2018

Ensaio

Terceiro colocado nas pesquisas sobre a sucessão presidencial, o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) já pode ser considerado a terceira via na disputa; e tende a polarizar a eleição com o ex-presidente Lula (PT). 

Em dezembro de 2021, o blog Marco Aurélio D’Eça já apontava esta tendência, no post “2022 caminha para polarização entre Lula e Moro…”

Este blog volta a afirmar esta possibilidade diante da movimentação cada vez mais clara do ex-juiz federal rumo á conquista dos setores mais conservadores do bolsonarismo, diante da possibilidade cada vez mais real de o presidente Jair Bolsonaro (PL) sequer chegar ao segundo turno.

Incompetente, despreparado, mal-educado, boçal, desqualificado, grosseiro, homofóbico, racista, preconceituoso, machista, corrupto, provinciano, raso, reducionista e incapaz, é, de fato, um arroto da história, que só chegou ao poder graças ao equívoco das elites de tentar apear o PT do poder sem ter alternativa viável.

Arroto da histórica política recente, Bolsonaro é cada vez mais figura sombria na disputa presidencial; e tende a voltar para os porões da política

Este arroto da história tende a se esvair ao longo da campanha, sobretudo se Moro alcançar mesmo o interesse do Mercado, dos quarteis e dos evangélicos todos desiludidos com o fracasso do bolsonarismo.

Se isso ocorrer, se terá em outubro o embate político que já se deu no âmbito judicial, entre o ex-juiz federal acusado de usar o cargo para perseguir um ex-presidente afastado de uma eleição que depois beneficiou o próprio ex-juiz.

E Bolsonaro estará, definitivamente, nos porões da história.

De onde nunca deveria ter saído… 

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As conversas de bastidores entre Eduardo Braide e Weverton Rocha

Com compromissos políticos desde as eleições de 2020, o prefeito de São Luís e o senador têm interesses comuns de curto, médio e longo prazos que podem convergir para o processo eleitoral de 2022

 

Eduardo Braide apareceram publicamente em um mesmo evento pela primeira vez desde as eleições de 2020

O segundo turno das eleições de 2020 aproximou o senador Weverton Rocha (PDT) do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos).

A participação do grupo do senador foi fundamental para a vitória de Braide; e resultou, também, na reeleição do vereador Osmar Filho (PDT) à presidência da Câmara Municipal.

Desde então, Weverton e Braide conversam nos bastidores da política maranhense, culminando, na última segunda-feira, com uma aparição pública dos dois em um culto da igreja Assembleia de Deus, no qual o prefeito saudou o senador como “meu amigo pré-candidato a governador”.

A camiseta “Deserte-se”, que Weverton vestiu em 2020 ao lado do deputado Othelino Neto virou símbolo da vitória de Braide contra o governador Flávio Dino

Braide e Weverton têm interesses comuns de curto, médio e longo prazos.

Além da eleição na Câmara Municipal, já em abril, há ainda a eleição estadual de 2022 e a reeleição do próprio prefeito, em 2024, já no radar dos partidos.

Acontecimentos que tendem a fazer com que as conversas fiquem ainda mais intensas a partir de agora, tornando-se públicas em breve.

Mas esta é uma outra história…

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2022 caminha para polarização entre Lula e Moro…

Com o presidente Jair Bolsonaro caminhando cada vez mais para o abismo político, extrema direita já começa a apostar suas fichas no ex-juiz que tirou o ex-presidente da disputa de 2018 num golpe que pode ter revanche no plano eleitoral

 

Moro e Lula devem ser os principais protagonistas das eleições de 2022

Ensaio

Duas das principais pesquisas eleitorais divulgadas nos últimos dias mostram que o ex-presidente Lula (PT) caminha para vencer a eleição de 2022 em primeiro turno.

Mas os mesmos números mostram uma tendência de crescimento do ex-juiz federal Sérgio Moro (Podemos), que já está em terceiro lugar.

O embate Lula X Moro no plano eleitoral é, portanto, uma realidade cada vez mais plausível.

Dez ente dez analistas políticos apontam que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é carta fora do baralho do jogo eleitoral de 2022; ainda pode até chegar ao segundo turno – hipótese cada vez mais remota – mas perderia para todos os adversários.

Para tentar escapar a um retorno de Lula, a extrema direita aposta suas fichas em Moro, o que reforça a tese de um novo embate entre o ex-presidente e o ex-juiz, desta vez no campo eleitoral.

E ambos os lados já começam a movimentar as peças; Lula buscando elementos de centro- direita para convencer o mercado de que pode ser bom; Moro apostando em setores de centro-esquerda para mostrar que tem pensamento progressistas.

Enquanto isso, Bolsonaro vai caminhando para o abismo político-eleitoral…

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Eliziane Gama no centro do poder

Senadora que já foi cotada para compor chapa com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, agora aparece como opção de candidata a vice-presidente  do ex-juiz Sérgio Moro, fato que a põe no debate presidencial

 

Eliziane Gama apareceu como opção para compor chapa com o ex-juiz Sérgio Moro na corrida presidencial

A senadora Eliziane Gama (Cidadania) tem sido um dos principais destaques da bancada maranhense na mídia nacional. Sua atuação no Congresso desde o início do mandato rende matérias quase que diárias na grande mídia.

E a sua postura e o seu desempenho rendem também especulações sobre sua participação na corrida presidencial.

Ela agora aparece cotada como possível companheira de chapa do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), caso este venha a disputar a presidência.

Eliziane Gama já foi cotada também para uma eventual chapa com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Diante da cotação, a senadora passa a ser a principal maranhense no debate presidencial de 2022…

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Lula definitivamente liberado para concorrer às eleições de 2022…

Supremo Tribunal Federal formou maioria, nesta quinta-feira, para confirmar a sentença do ministro Edson Fachin, que anulou as condenações do ex-presidente, proferidas pelo ex-juiz Sérgio Moro; suspensa pelo presidente Luiz Fux, votação está 7X1 pela anulação

 

Com a decisão do Supremo, Lula recupera totalmente os direitos políticos e pode concorrer às eleições de 2022

O Supremo Tribunal federal confirmou nesta quinta-feria, 15, a anulação das condenações do ex-presidente Lula, proferidas pelo ex-juiz Sérgio Moro.

O resultado estava 7X1 pela anulação quando o presidente Luiz Fux decidiu suspender a sessão. Falta apenas o voto de três ministros.

Com a decisão, Lula está definitivamente apto a concorrer às eleições de 2022, em que lidera todas as pesquisas realizadas desde a decisão do ministro Edson Fachin.

No último DataFolha, divulgado nesta quarta-feria, 14, Lula bate Jair Bolsonaro por 54 X 32 em um eventual segundo turno.

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Vitória da democracia, diz Zé Inácio sobre suspeição de Sérgio Moro

Supremo Tribunal Federal confirmou nesta terça-feira, 23, que o ex-juiz foi parcial e se posicionou politicamente para punir o ex-presidente Lula nos processos em que esteve à frente durante a Operação Lava Jato

 

O deputado estadual Zé Inácio (PT) comemorou nesta terça-feira, 23, a decisão do Supremo Tribunal Federal, que considerou o ex-juiz Sérgio Moro s´suspeito para ter julgado o ex-presidente Lula nos processo da Lava Jato.

– Moro agiu com parcialidade e violou princípios constitucionais no julgamento do ex-presidente, quebrando o dever de imparcialidade e usando a operação Lava Jato para perseguir politicamente Lula – disse Inácio.

De acordo com a decisão dos ministros do STF, Moro não poderia ter julgado Lula por ter se posicionado politicamente contra o ex-presidente, o que tornava parcial a sua leitura dos fatos apresentados na Lava Jato.

Para Zé Inácio, ao reconhecer a suspeição de Moro, o STF privilegia o devido processo legal, um dos pilares do Estado de Direito.

– É uma decisão histórica contra o autoritarismo e os abusos da Lava Jato, que perseguiu Lula e o impediu de disputar as eleições presidenciais de 2018, um verdadeiro atentado à Democracia – ponderou o parlamentar.

– Lula é inocente, como sempre defendemos ao longo de todos esses anos. A nossa luta por um Brasil melhor e mais justo continua, com Lula inocente e elegível! – concluiu.