Gemalog e Menino Jesus de Praga foram eliminadas na licitação do lote 3 – vencida pelo consórcio Upaon-Açu – e terão que entregar 26 linhas de ônibus a partir deste sábado, o que resultará em demissão em massa; Justiça emperra recurso das empresas
Um Ofício encaminhado pela Secretaria de Trânsito e Transporte ao Sindicato dos Rodoviários e às empresas Gemalog e Menino Jesus de Praga gerou pânico entre operadores e empresários do setor em São Luís esta semana.
O documento informa que as duas empresas terão que entregar, neste sábado, as 26 linhas que operam na capital maranhense.
As linhas serão assumidas pelo Consórcio Upaon-Açu, que venceu a licitação do lote 3.
O fim da operação da Menino Jesus de Praga resultará na demissão de algo em torno de 500 funcionários, entre motoristas, cobradores e fiscais.
A Gemalog participou da licitação do lote 3 formando o consórcio “Nova Ilha”, que tinha também a Cisne Branco e a Edeconvias como participantes.
O consórcio foi desclassificado sob alegação de que sua Carta-garantia não atendia às exigências do Edital. (Releia aqui, aqui e aqui)
Desde então, abriu-se uma batalha jurídica, que já chegou ao Tribunal de Justiça do Maranhão.
Em seus recursos, o consórcio alega, dentre outras coisas, que está sendo cobrado, apenas de si, exigências que o declarado vencedor – Consórcio Upaon Açu – também não cumpriu.
No início de setembro, o desembargador Antonio Bayma Araújo suspendeu os efeitos da licitação, abrindo para o pleno do TJ a decisão final.
O processo estava marcado para o dia 28 de setembro, às vésperas do 1º Turno das eleições municipais, mas, estranhamente, a procuradoria do município pediu adiamento.
O objetivo era evitar que o julgamento do caso trouxesse desgaste ao prefeito Edivaldo Júnior, que concorria à reeleição.
Passado o pleito, e com a vitória de Holandinha, a conta começou a chegar.
E as empresas terão que fechar as portas…