O acordo a ser proposto pelo presidente Lula dificilmente será levado a cabo pelos dois lados do grupo que elegeu Brandão; mas se for, diante de vários vetos, sobram apenas três com chances reais de ser o candidato

SÓ TRÊS. Dos atores dinistas e brandonistas sobram três que poderiam encarnar o consenso pregado por Lula; se fosse ainda possível…
Ensaio
A eventual proposta de acordo do presidente Lula (PT) para por fim à guerra fratricida tem chances mínimas de ser aceita pelo grupo do governador Carlos Brandão (PSB) e pelos remanescentes do governo Flávio Dino; e mesmo se for aceito, passará por uma intensa jornada de vetos e contravetos até que seja encontrado o candidato de consenso
- praticamente todos os principais atores dinistas e brandonistas sofrem algum tipo de rejeição;
- nomes como o senador Weverton Rocha e o deputado federal Márcio Jerry têm chances nulas.
Diante das imensas barreiras políticas e pessoais a dificultar o acordo, este blog Marco Aurélio d’Eça faz, neste Ensaio, um exercício de escolha por eliminação que deixa apenas três personagens com chances reais de encarnar o chamado “Tersius”, aquele com possibilidade de unir os dois grupos no mesmo palanque em 2026.
- Em primeiro Lugar está o ministro do Esporte André Fufuca (PP).
Um dos mais habilidosos políticos de sua geração, Fufuquinha agradaria tanto o presidente Lula quanto o governador Carlos Brandão e os herdeiros de Flávio Dino; ele tem ainda um trunfo a mais: sua eventual saída do Ministério do Esporte para concorrer ao governo poderia representar a ascensão do secretário-executivo Diego Galdino à pasta, consenso entre todos os aliados do ministro do STF.”
- Em segundo lugar, aparece o deputado federal Rubens Pereira Jr. (PT).
Rubens Júnior é filiado ao PT de Lula, afilhado de Flávio Dino e aliado familiar do governador Carlos Brandão. E consegue trânsito no dois lados da guerra fratricida sem tomar partido por A ou por B. Tem sido desde o início um dos defensores da unidade entre dinistas e brandonistas como segurança para enfrentar as eleições de 2026. A segunda posição se dá por resistências isoladas ao seu nome, aqui e ali.”
- Na terceira posição aparece a senadora Eliziane Gama (PSD).
A senadora é muito próxima de Lula e das principais lideranças do PT nacional, sempre foi leal a Flávio Dino e nunca se indispôs com Brandão, mantendo-se neutra na crise envolvendo dinistas e brandonistas, embora com posições claras. Além disso, tem o trunfo de ser filiada ao PSD, partido do prefeito de São Luís Eduardo Braide. Sua principal dificuldade é a falta de confiança da classe política nos últimos anos.”
Mesmo olhando com lupa cada perfil e esquadrinhando cada detalhe político envolvendo cada um dos grupos em disputa, este blog Marco Aurélio d’Eça não conseguiu nenhum outro nome entre dinistas e brandonistas capaz de alcançar a unidade esperada pelo presidente Lula.
Mas é preciso deixar claro: trata-se de um Ensaio, que apenas faz um exercício de análise sem fechar questão.
Até por que este consenso é quase impossível a essas alturas…
