4

Endividados, falidos e inadimplentes, clubes maranhenses podem perder R$ 2 milhões do governo…

Está praticamente descartado o aporte de R$ 2 milhões que o Governo do Estado faria aos clubes maranhenses de futebol, em 2012, por meio do programa “Viva Nota”.

O dinheiro deveria ter sido liberado desde março, quando abriu o orçamento do estado, mas o governo não conseguiu firmar convênios com clubes e federação porque nenhum tinha certidão negativa de débitos com tributos e órgãos públicos.

A idéia era liberar os R$ 2 milhões para compra de ingressos, mas é preciso que haja uma licitação pública para contratação da empresa responsável, o que duraria 60 dias.

Mas o campeonato maranhense tem apenas mais cinco rodadas, o que dura pouco mais de um mês.

Para tentar uma saída, representantes do governo e dos clubes tentam legalizar a Copa União, no segundo semestre, já que, no Brasileirão da Série D, só podem ser comprado ingressos para os jogos daqui.

O imbróglio é mais uma prova da falência do futebol maranhense…

11

O fracasso do “Viva Nota”…

Título do Sampaio, em 97: sem lugar para mais ninguém

Há uma diferença crucial do atual programa “Viva Nota” para sua versão mais antiga, o  “Nota na Mão”, lançado pelo governo Roseana Sarney (PMDB) nos anos de 1997 e 98.

Naquela época, havia times de futebol no Maranhão. Agora, não!

Em 1997, o Estádio Castelão vivia lotado por que o Sampaio Corrêa disputava com vontade a Terceira Divisão.

Foi campeão da Série C, chegando à Série B, portal de entrada da elite futebolística, onde o Moto também esteve.

Na Copa do Brasil, Moto, Sampaio e MAC cumpriam seus papéis com certa dignidade, em estádios sempre lotados.

A Bolívia Querida disputou até a Copa Conmembol, precursora da Sulamericana, sendo eliminado pelo Santos, na semifinal, com recorde de público no Castelão.

O blog de Zeca Soares divulgou um levantamento parcial do programa “Viva Nota”: apenas 22 mil contribuintes se cadastraram para ter direito aos sorteios de prêmios.

Com relação ao futebol, o fracasso é ainda maior: apenas 2,5 mil torcedores já trocaram cupons por ingressos da Copa União, um destes “torneios de bairro” criados para não deixar o falido futebol maranhense sem atividade no segundo semestre.

É no segundo semestre que os clubes dos demais estados do Brasil disputam os campeonatos que importam de verdade: Brasileirão das séries A, B, C – e até a D, onde os maranhenses estacionaram há quase uma década.

Hoje, a bolívia se resume a remendos...

É exatamente esta a diferença em relação ao programa da década de 90.

Ninguém tem interesse em trocar o conforto de casa, assistindo aos grandes clássicos brasileiros, em uma série A disputadíssima, em jogos com imagens HD, por um acanhado Nhozinho Santos, palco da inexpressiva Copa União.

O fracasso do “Viva Nota” guarda uma lição: futebol não tem milagre. Ou é bom ou é ruim…

E o do Maranhão está na segunda categoria…