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Quanta saudade de Joaquim, Helena e Marcelo…

Por Matias Marinho

Há pelo menos dez anos fazendo cobertura jornalística na Assembleia Legislativa, nunca me senti tão abandonado quanto agora, neste início da nova legislatura.

Nessa década de atuação, confesso que as maiores informações colhidas na Casa, não foram dos discursos – alguns inflamados, outros nem tanto – da tribuna do Parlamento.

Mesmo que as declarações da tribuna sejam proveitosas, elas passam longe de serem as mais importantes para a exploração jornalística.

O que é dito na tribuna, sempre foi público desde que existe rádio, muito mais com advento da internet e mais ainda com a TV Assembleia inaugurada pelo ex-presidente Marcelo Tavares.

Informações políticas comestíveis – digamos assim – são as que nós repórteres capturamos das conversas informais com os políticos.

No caso da Assembleia, isso sempre aconteceu após as sessões ordinárias.

Desde que começou a nova legislatura, no entanto, os deputados fogem num passe de mágica para seus gabinetes, ou para o gabinete do presidente para resolverem seus problemas.

E nós estamos tendo que nos contentar com as migalhas de verdades que escoam pelo microfone da tribuna da Assembleia.

Diante de tudo isso, tenho que esbravejar: quanta saudade dos ex-deputados Joaquim Haickel e Helena Barros Heluy!

Eram basicamente eles, e em algumas vezes, sempre que possível, o presidente Marcelo Tavares – no caso dessa última legislatura – que engordava-nos de informações sobre o que acontecia nos bastidores da política do Maranhão.

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