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Um manto para a história…

Craques do Vasco exibem o novo uniforme

O Vasco da Gama lançou hoje, oficialmente, a terceira camisa de jogo, homenagem à luta do time pela inclusão social do negro no

esporte brasileiro.

O Vasco foi a primeria equipe do Brasil a aceitar negros em seus times, numa época em que o racismo imperava no futebol carioca, dominado por Flamengo Fluminense e Botafogo – Aliás, o Vasco já estreou utilizando negros em sua formação.

A camisa, na cor preta, traz a cruz de malta no peito e, do lado esquerdo, uma mão estilizada em preto e branco, simbolizando a harmonia das raças.

História

A bela e histórica camisa

O Vasco subiu para a Primeira Divisão do futebol carioca em 1923, apenas um ano depois de ter criado a sua divisão de futebol. Neste mesmo ano, conquistou o campeonato, irritando os aristocratas do Flamengo e Fluminense por utilizar jogadores negros.

Para tentar barrar o sucesso do cruzmaltino, os ditos “grandes da época” tentaram proibir o uso de negros e pobres, alegando que isso era profissionalismo (na época, o futebol era amador, jogado por barões em fins de semana).

Sem sucesso, Flamengo e Fluminense e os demais “grandes” decidiram criar uma nova liga. O Vasco se recusou a participar e divbulgou documento alegando racismo. O documento histórico do Vasco deu origem à extinção do racismo no futebol brasileiro.

Em 1924, os clubes voltaram a se reunir em campeonato.

Roberto Dinamite apresenta o novo uniforme à imprensa

Novamente o Vasco foi campeão. E novamente no ano seguinte, o que levou os outros clubes a se reunir numa nova tentativa de barrar o sucesso daquele “timinho” de São Cristovão. Exigiram, então, que só poderiam participar do campeonato os clubes que tivessem estádios próprios.

O Vasco da Gama topou a parada e, em menos de seis meses, construiu São Januário, na época o maior estádio da América Latina.

E foi de novo campeão.

É esta bela história – sem paralelo no futebol brasileiro – que é lembrada pela nova camisa…

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