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Nomeado há dez anos no TCE, Othelino Neto trabalhou apenas 8 meses…

Othelino: dez anos sem atuar no que se propôs...

Prestes a assumir a Secretaria de Assuntos Metropolitanos da Prefeitura de São Luís – fruto de acordo político entre o prefeito João Castelo (PSDB) e o PPS – o auditor de controle externo do TCE, Othelino Neto, ainda está “em fase de adaptação” em seu emprego, para o qual fora nomeado em 2001.

De acordo com o processo n° 2974/2011, em que Othelino pede “licença para tratar de interesses particulares”, seus superiores informam ser indiferente sua saída, uma vez que ele ainda está alcançando “os conhecimentos  da legislação” para atuar no setor de “atos, contratos e aposentadorias estaduais”.

Nestes dez anos de TCE, Othelino só trabalhou, efetivamente, por oito meses e sete dias no cargo para o qual ele se propôs quando prestou concurso público – entre julho de 2001 e abril de 2002.

Tecnicamente estaria, portanto, ainda em estágio probatório, uma das razões pelas quais a assessoria jurídica do tribunal indeferiu o seu pedido de licença, aprovado, com ressalvas, pelo presidente.

Desede que tomou posse no cargo, o auditor atua em diferentes cargos públicos – menos no tribunal, onde recebe mais de R$ 10 mil.

Neste período, foi secretário de Meio Ambiente nos governos José Reinaldo (2002 a 2006) e Jackson Lago (2007 a 2008), além de secretário de governo na Prefeitura de São Luís (entre 2009 e 201o).

No início de 2010, o TCE decidiu exigir sua volta ao emprego, baseado na Constituição Federal, que considera “acúmulo de cargo” a sua atuação “em outras funções, cargos ou empregos públicos”.

O auditor voltou, mas se licenciou para disputar as eleições de 2010, pelo PPS, alcançando a primeira suplência de deputado estadual. Sem mandato e sem emprego, foi obrigado a retornar ao TCE, onde está desde o início de 2011.

Desde a posse dos novos deputados, ele vem tentando ocupar mandato na Assembléia, via João Castelo.

Não conseguiu e foi obrigado a voltar à prefeitura, em uma secretaria com ares de sinecura.

E que pode levá-lo, finalmente, à perda do emprego que ele só assumiu no papel…

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