A simples afirmação do deputado Marcelo Tavares (PSB) de que o autor oculto das denúncias que fez contra a
Secretaria de Saúde na tribuna da Assembléia é o colega Edilázio Júnior, já é, por si só, mortal contra o jovem parlamentar do PV.
Iniciante na carreira política, Edilázio corre o risco de perder a confiança dos colegas e – principalmente – do governo. Fica difícil, por exemplo, sua presença em reuniões de bancada ou nas conversas com assessores do Palácio.
Mas há o outro lado da moeda.
Até que ponto foi ética a exposição de Marcelo Tavares? Expor uma “fonte” da forma como ele fez é tão covarde quanto se utilizar de acesso privilegiado para passar informações contra aliados.
Mostrou, principalmente, que os oposicionistas não vêem limites – éticos, morais, pessoais e familiares – quando o objetivo é alcançarseus interesses pessoais.
Edilázio traiu o seu grupo e Marcelo Tavares traiu seu informante.
Um cruel exemplo de que as relações políticas entre governo e oposição devem ser sempre mantidas no âmbito do respeito mútuo e da distância necessária.
Prova de que, na política, cada um deve ficar sempre no seu quadrado.