Um arrogante nunca admite estar errado.
O prefeito João Castelo (PSDB) é assim. Ele nunca erra.
A entrevista de Castelo à jornalista Carla Lima, de “O Estado do Maranhão”, é o exemplo puro e acabado desta arrogância.
Arrogância ou falta de inteligência. Ou os dois.
Se Castelo vê todos os partidos que o cercam deixarem o barco de sua candidatura à reeleição – se preparando para apeá-lo do poder – e acha que são todos seus amiguinhos, falta-lhe inteligência política.
Mas por outro lado, se declara isso apenas desdenhando da força do PSB, do PDT, do PPS e de outras legendas que se afastam, é um arrogante incorrigível.
A rigor, o prefeito de São Luís só ganhou cinco eleições em todos os seus 40 anos de vida.
Para o governo ele chegou bionicamente, indicado pela Ditadura. Foi deputado federal eleito em 75, 98 e 2002. Elegeu-se senador em 82 e prefeito em 2008.
As outras, perdeu todas, muitas para si próprio.
Mesmo assim, Castelo se acha a liderança política do Maranhão, um exímio estrategista eleitoral, um perspicaz e visionário administrador público.
Por isso acha que deve ser reeleito, não importa quais partidos estejam com ele, isso é o de menos.
O prefeito não dá a mínima para os partidos.
Negocia com pessoas, muitas na base da imposição, típico dos personalistas.
E a arrogância é a marca dos personalistas…