O caso envolvendo o deputado Hemetério Weba (PV) é de fácil solução política e judicial.
Na política, a Assembléia Legislativa tem, por obrigação regimental, ofecerer prazo de cinco sessões para que ele se defenda – mesmo que seja só para tentar se explicar.
Na esfera judicial, o parlamentar pode recorrer, alegando que teve o direito de defesa cerceado quando o juiz de primeira instância determinou sua cassação sem levar em conta a entrega de seu recurso.
Aí, o caso pode chegar até ao Supremo Tirbunal Federal para discutir o cerceamento de defesa.
Mas o problema de Hemetério Weba são os interesses em jogo com a sua cassação.
Seu suplente imediato é ninguém menos que Carlos Alberto Milhomem (DEM), atualmente no exercício do mandato e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa.
A efetivação de Milhomem garantiria a ele três anos integrais de mandato. E ainda abriria vaga para outro suplente – que pode ser os secretários Jura Filho (Turismo) ou Chico Gomes (Desenvolvimento Social); ou ainda o quase-secretário Alberto Franco (Assuntos Estratégicos).
O caso Hemetério Weba, portanto, como quase todos envolvendo políticos, será movido pela máquina da política.
E ganhará ou não velocidade de acordo com a força das engrenagens envolvidas…