Um dia depois da ida do secretário Ricardo Murad à Assembléia Legislativa, o líder da oposição, Marcelo Tavares (PSB), voltou a ser o mesmo deputado de sempre – “brabo”, indignado, cheio de si.
Na presença de Murad foi sereno e até complacente com a fala do secretário.
– Acho até que Vossa Excelência não tem conhecimento – dizia Tavares, como que pedindo desculpas, sempre que tratava de temas espinhosos na audiência sobre a Saúde.
Hoje, não!
Hoje, com gritos histriônicos, chamava Ricardo de covarde, e reafirmava todas as denúncias que havia feito antes da ida do secretário, dizendo que havia recebido documentos.
Na audiência, o líder oposicionista teve seus 15 minutos para dizer o que quisesse durante a sessão, com direito a réplica, tréplica e tempos adicionais de liderança.
Sorriu com Ricardo e elogiou o secretário.
E admitiu, ao final da sessão, em relação à discordância sobre se a dispensa de licitação é uma modalidade de licitação:
– É uma questão de hermenêutica.
Mas não falou na presença o que sempre fala na ausência…