Tudo indica ter havido uma decisão política – e velada – da Polícia Militar no uso de bafômetros nas blitzen de São Luís.
Os PMs, cansados de abordar filhinhos-de-papai altamente tochados – que depois eram liberados, por “ordens superioes”, sem sequer ter registrada a ocorrência – decidiram suspender este tipo de operação.
Afinal, não é justo que o Chico da Esquina ou o filho de João da Padaria sejam expostos por que beberam e dirigiram, enquanto filhinhas-dondocas de político, pseudo-empresários do dinheiro público, ou filhos de papai-do-Judiciário nem precisem passar pelo constrangimento de soprar um bafômetro.
Há vários casos envolvendo estes “filhos da burguesia ludovicense” – muitos deles, inclusive, já envolvidos em mortes no trânsito. Do alto de sua arrogância, se sentem até ofendidos quando abordados, entupidos de cachaça, em uma blitz policial.
Patricinhas da alta burguesia política, empresários que vêem os carros como helicopteros prontos para voar – e muitos cachaceiros que vivem na cola dos endinheirados, cometendo os mesmos crimes por que se acham protegidos pela amizade com o poder.
O resultado é a “greve” policial no uso do bafômetros – até justa, por sinal – como forma de protesto ao abuso dos playboys e periguetes das altas rodas, que têm as instituições como patrimônio pessoal.
E infelizmente, as mortes vão se multiplicando.
Dia após dia…