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Pistoleiros sempre agem assim…

Pitoleiros não se preocupam em mostrar a cara

É uma tolice, estranhamente encampada até por setores da polícia, a interpretação de que o assassino de Décio Sá o matou de cara limpa simplesmente por que não era daqui.

Pistoleiros profissionais agem geralmente assim, de cara limpa.

Na história recente dos crimes de pistolagem no Maranhão, nenhum dos assassinos agiu com máscaras ou outro tipo de dificultador de identificação.

Na década de 80, o assassinato de um dos irmãos Figueiredo, no Jumbo, foi assim.

O bandido entrou no clube, em plena festa, localizou o empresário, foi à sua mesa e atirou – assim mesmo, de cara limpa. E saiu, tranquilamente, diante do pânico dos presentes.

No assassinato do delegado Stênio Mendonça, em 1997, na Litorânea, os dois atiradores também estavam de cara limpa.

O próprio Joaquim Laurixto, envolvido na morte de Mendonça, foi assassinado anos depois por pistoleiros que ocupavam um automóvel Gol. E nenhum deles escondia o rosto.

A idéia da cara-limpa é uma bobagem que não condiz com a história da pistolagem.

Imagens como esta, só nnas revistas em quadrinhos

Até por que, se nem mesmo Décio Sá, repórter conhecido na cidade, foi reconhecido como tal pelas testemunhas do crime, imagine um pistoleiro, que geralmente se passa por pessoa comum?

Qualquer bandido da periferia de São Luís circula normalmente pela orla da cidade sem ser reconhecido – e, algumas vezes, passa até por cidadão de bem.

Além do mais, só alguém com absoluta familiaridade das condições geográficas da Litorânea poderia traçar um plano de fuga como o que está sendo dito pelas testemunhas.

Afirmar, portanto, tratar-se de pistoleiro de fora, é uma falácia.

Pelo menos até que se prove o contrário…

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