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Um judiciário colaborador…

Guerreiro, Cutrim, e outros desembartadores atrás...

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Antonio Guerreiro Júnior, participou, ao lado de alguns colegas, da posse do novo secretário de Articulação Política da Prefeitura de São Luís, Raimundo Cutrim.

Por ser Cutrim um desembargador recém-aposentado, é natural que ex-colegas participem da solenidade de sua posse – e até lhe desejem sorte na empreitada.

Mas o tribunal maranhense irá além, se traduzidas ao pé da letra as declarações de Guerreiro Júnior.

O prefeito está de parabéns pela escolha. A posse do desembargador Cutrim amplia os laços de amizade e colaboração entre o Judiciário estadual e o Executivo municipal – declarou o presidente do TJ, segundo matéria publicada na própria página do TJ (?).

Que tipo de colaboração poderia existir entre o Judiciário e uma prefeitura?

A prefeitura, o município como pessoa jurídica, é um demandante judicial como qualquer outro cidadão. Uma relação tão próxima assim – de amizade e colaboração – com o Poder Judiciário (ainda mais ampliada, nas palavras do próprio presidente) leva a questionamentos de toda natureza.

Sobretudo quando o prefeito revela também que já estava pensando no desembargador antes mesmo de ele deixar o posto no Tribunal.

Quais os frutos que podem surgir da “relação de amizade e colaboração” entre a Prefeitura de São Luís e o Tribunal de Justiça, ampliadas a partir da posse de Cutrim?

O Judiciário vai precisar ampliar – e muito – é a sua transparência na análise das lides municipais.

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