Mas Titãs não é pra qualquer um.
Num mundo em que “todo mundo é como todo mundo” é exatamente a diferença dos Titãs – e especificamente do disco Cabeça Dinossauro, talvez um dos melhores da história da música brasileira – que faz a diferença de quem curte, genuinamente, a banda paulista.
E é isso que se espera dos Titãs.
Quem espera ver o estilo pop dos últimos anos, em que a banda gravou até músicas de Roberto Carlos, vai encontrar outra coisa totalmente diferente se o album for levado ao pé da letra.
Cabeça Dinossauro é um disco barra-pesada.
Forma o quarteto da sonoridade brasileira dos anos 80, ao lado de “Selvagem?”, dos Paralamas; “Rádio Pirata”, do RPM e “Dois”, do Legião Urbana, lançados na mesma época, com o mesmo sucesso icônico do pop-rock brazuca.
São apenas 13 faixas, todas de altíssimo impacto, a começar pela faixa-título, que abre o disco.
Segue-se “AA-UU”, queridinha dos noveleiros; depois vem “Igreja”, um tapa na cara da religiosidade tupiniquim – e a música nacional tema do titular deste blog.
“Polícia” é um clássico da rebeldia oitentista, que combina, perfeitamente, na sequência, com “Estado Violência”.
“A face do destruidor” é a menos famosa.
Depois vem “Porrada”, “Tô Cansado”, “Bichos Escrotos” e “Família”. Na sequência “Homem Primata” e “Dívidas”. E o disco fecha com “O quê”, que iniciava Arnaldo Antunes na poesia concretista.
A discografia da banda Titãs tem ainda diversos outros símbolos, da fase iê,iê,iê à fase careta.
Mas se tocar só “Cabeça Dinossauro”, os Titãs já terá feito um show e tanto.
E é isso que se espera dele.
Quem conhece, é claro…