Ícone do site Marco Aurélio D'Eça

Para entender o “Cabeça Dinossauro”…

Muita gente vai hoje ao show da banda Titãs para tirar onda ou por que “todo mundo vai” – a chamada teoria do rebanho, em que todos seguem a fila.

Mas Titãs não é pra qualquer um.

Num mundo em que “todo mundo é como todo mundo” é exatamente a diferença dos Titãs  – e especificamente do disco Cabeça Dinossauro, talvez um dos melhores da história da música brasileira – que faz a diferença de quem curte, genuinamente, a banda paulista.

E é isso que se espera dos Titãs.

Quem espera ver o estilo pop dos últimos anos, em que a banda gravou até músicas de Roberto Carlos, vai encontrar outra coisa totalmente diferente se o album for levado ao pé da letra.

Cabeça Dinossauro é um disco barra-pesada.

Forma o quarteto da sonoridade brasileira dos anos 80, ao lado de “Selvagem?”, dos Paralamas; “Rádio Pirata”, do RPM e “Dois”, do Legião Urbana, lançados na mesma época, com o mesmo sucesso icônico do pop-rock brazuca.

São apenas 13 faixas, todas de altíssimo impacto, a começar pela faixa-título, que abre o disco.

Segue-se “AA-UU”, queridinha dos noveleiros; depois vem “Igreja”, um tapa na cara da religiosidade tupiniquim – e a música nacional tema do titular deste blog.

“Polícia” é um clássico da rebeldia oitentista, que combina, perfeitamente, na sequência, com “Estado Violência”.

“A face do destruidor” é  a menos famosa.

Depois vem “Porrada”, “Tô Cansado”, “Bichos Escrotos” e “Família”.  Na sequência “Homem Primata” e “Dívidas”. E o disco fecha com “O quê”, que iniciava Arnaldo Antunes na poesia concretista.

A discografia da banda Titãs tem ainda diversos outros símbolos, da fase iê,iê,iê à fase careta.

Mas se tocar só “Cabeça Dinossauro”, os Titãs já terá feito um show e tanto.

E é isso que se espera dele.

Quem conhece, é claro…

Sair da versão mobile