A deputada Eliziane Gama (PPS) passa a ser, a partir de hoje, uma espécie de fiel da balança nas eleições de São Luís. Seus quase 14% de votos são totalmente seus, dados pelo eleitor que acreditou em suas propostas e no seu projeto.
Eliziane disputou a eleição sozinha, sem estrutura, sem apoio partidário e sem tempo na televisão. Ela tem força para influenciar no 2° Turno – ou não, se decidir se abster, legitimamente.
É diferente, por exemplo, da votação de Washington Luiz (PT), que alcançou 11% graças à estrutura que lhe foi disponibilizada pela governadora Roseana Sarney (PMDB).
Washington teve à sua disposição a maior coligação já montada pelo grupo da governadora na capital maranhense, que garantiu também o maior tempo no rádio e na TV.
Cabia a ele, portanto, navegar nesta onda e alcançar, pelo menos, o terceiro lugar, perdido para Eliziane – provavelmente – no debate de quinta-feira.
Muita gente apontou que, no 2° Turno, os votos do candidato petista iriam, naturalmente, para Holanda Júnior (PTC), por que mais perfilado aos do proto-comunista.
Equívoco, os votos de Washington não são do PT. O PT alinhado alinhado à esquerda já está com Holanda.
Os votos dados a Washington são votos soltos, que chegaram a ele pela força das lideranças do grupo roseanista que acreditaram no projeto.
Lideranças como Ricardo Murad (PMDB), Pedro Fernandes (PTB), Roberto Costa (PMDB) e vários outros que vestiram a camisa nas ruas, nas caminhadas, na busca ao voto.
Um voto da estrutura de governo, pode-se dizer.
Tadeu Palácio (PP), por sua vez, minguou durante a campanha toda, mas manteve um patamar de mais de 4%.
Pode não significar muita coisa, mas na disputa entre Holanda Júnior e João Castelo, tem força para definir o novo prefeito.
E, a exemplo de 2008, conquistará a vitória quem errar menos na política de alianças…