Um dos fatores que levaram à decisão de neutralidade do grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB) no 2º turno das eleições em São Luís é a relação mantida por alguns de seus mais destacados membros com o ex-deputado Edivaldo Holanda, pai do candidato Holanda júnior (PTC).
Holanda pai tem mantido relação cordial com senadores, deputados e outros membros do grupo – inclusive com pedidos de não envolvimento na disputa. Em troca, garante uma relação no mínimo amistosa em caso de eleição de Holandinha.
Alguns membros do grupo Sarney acham difícil a manutenção da relação entre Flávio Dino e os Holanda, sobretudo pelo temperamento difícil de Holanda pai e o personalismo quase doentio de Flávio Dino (PCdoB), patrono da candidatura de Holandinha.
Os dois já se enfrentaram em pelo menos dois episódios na campanha.
No 1º turno, Holanda pai acatou a orientação de Dino & Cia para manter-se afastado do dia-dia. Mas decidiu intervir quando viu o filho estagnado nas primeiras pesquisas, assumiu a coordenação em busca de apoios e de recursos financeiros e cobrou abertamente os votos que Dino dizia ter na capital, e que, àquelas alturas, não apareciam. (Releia aqui)
No 2º turno, Holanda pai classificou de “imbecilidade” a convocação de prefeitos eleitos no interior para fazer “culto à personalidade” de Dino, usando a campanha de Holanda Júnior como palanque. Para Holanda pai, antecipar a campanha de 2014 prejudica a campanha do filho. (Releia aqui)
Desde então, Flávio Dino vem tentando se justificar nas redes sociais, mas o mal-estar já foi criado.
Temperamental – e muitas vezes grosso mesmo – Holanda bate de frente com Flávio Dino, personalista e egocêncitro.
Esta relação tem tudo para jogar faíscas nos próximos anos.
E os operadores do grupo Sarney querem assistir de camarote…