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Quando “junto” não significa “unido”…

Do blog de Robert Lobato

O maior desafio dos partidos e lideranças da oposição, a partir da eleição de Edivaldo Holanda Júnior para prefeito de São Luis, é demonstrar para a sociedade que uma vez juntos significa também que estão unidos. Tarefa nada fácil. Senão vejamos.

A coligação “Muda São Luis” foi formada pelo PTC, PSB, PDT e PCdoB. Pois bem. Desses partidos, incluindo o próprio PTC, do prefeito eleito, quem tem peso político no estado são o PDT e PSB, posto que o PCdoB se resume basicamente à pessoa de Flávio Dino.

Tanto o PDT quanto o PSB possuem, portanto, condições reais do ponto de vista do jogo político e partidário de dar o rumo em 2014.

Já o PCdoB, ainda que seja um partido importante do ponto de vista histórico das lutas sociais e democráticas, efetivamente tem pouco peso no “jogo bruto” eleitoral, sobretudo no que diz respeito ao “ouro” das campanhas modernas que é o tempo nos programas de rádio e tevê.

Nesse sentido, só o “grife” Flávio Dino não será capaz de sustentar uma campanha com a complexidade que teremos em 2014.

O presidente da Embratur está longe de ser uma unanimidade e tem que encarar o fato de que não é mais um mero desconhecido como fora nas primeiras campanhas que disputou. Hoje há quem ama e quem odeia Flávio Dino, tanto na classe política quanto na sociedade.

Nesse sentido, as contradições existentes na coligação que elegeu Edivaldo Júnior poderão ficar expostas muito mais cedo do que se poderia imaginar.

O PCdoB (Flávio Dino) faz um esforço tremendo para exercer o famoso “que seja eterno enquanto dure”, não somente em relação ao futuro prefeito, mas principalmente em relação ao vice Roberto Rocha, nome mais conhecido e com maior penetração estadual do que o de Dino e, ao que tudo indica, Rocha não aceitará ser um mero coadjuvante em 2014.

Se Flávio Dino é uma certeza entre as forças oposicionistas como candidato a governador, Roberto Rocha tentará construir, em torno de si, a mesma “certeza” por dentro do projeto das oposições para 2014. E o Senado deverá ser o escopo do socialista (que jogará pesado para consolidar seu objetivo).

A não ser que o projeto da oposição orbite em torno de uma única pessoa, ou seja, que não passa de um projeto pessoal, impossibilitará que o vice-prefeito eleito seja o candidato da oposição ao Senado Federal. Mas, nesse caso, se o projeto for apenas pessoal, o que poderia impedir do próprio Roberto Rocha ser candidato a governador se assim o quisesse?

Por isso que o blog entende que estar “junto” não significa estar “unido”, ainda que lá na frente possa ganhar esse significado.

Esta é apenas uma humilde opinião do blog.

Que pode estar errado…

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