De todos os indicados para compor o secretariado do prefeito eleito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), nenhum teve tanta repercussão negativa quanto Míriam Aguiar, da Secretaria de Trânsito e Transporte.
Consta que ela é uma técnica de alta competência, com comprovada passagem pelo setor em vários estados – e o blog não tem e nunca teve a pretensão de questionar esta competência.
Mas Míriam Aguiar é ligada ao Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos. E este vínculo – infelizmente para ela – suplanta qualquer capacidade técnica.
É uma questão de desconfiança.
Não há como Míriam Aguiar dirigir, por exemplo, uma licitação para as linhas de ônibus da capital – aliás, promessa de campanha de Holandinha – sem que gere desconfiança de que poderá dirigi-la.
Ela é mulher de um diretor de empresa de ônibus, foi por vários e vários anos superintendente do sindicato das empresas do setor e atua, hoje, no Serviço Social ligada às empresas de ônibus.
O vínculo, portanto, é quase umbilical.
Difícil para um cidadão que precise usar um ônibus precário entender, por exemplo, um aumento de tarifas – seja por qual motivo for.
Sobretudo em um governo que já chega com a desconfiança do aumento, gerada pela polêmica declaração do seu vice-prefeito.
Míriam Aguiar pode ter a melhor das intenções, mas não basta.
A desconfiança já minou a sua pasta…