O capitão PM Fábio Aurélio Saraiva, o Fábio Capita, está preso no quartel da Polícia Militar desde junho do ano passado, acusado de participação no assassinato do jornalista Décio Sá.
Segundo o relatório da polícia, pertencia a Capita a arma usada pelo pistoleiro Jhonatan de Souza, que executou o jornalista.
Muita gente considera inconsistente a acusação contra o policial – mesmo por que, a polícia nunca divulgou o laudo da perícia na arma achada algum tempo depois do crime, nos morros do Calhau.
Mas a polícia tem outra acusação contra Fábio Capita, que nada tem a ver com a morte de Décio – mas que pode ser também a razão da antipatia da cúpula da Segurança Pública.
Juntamente com outro oficial PM, o capitão Capita é acusado de se apossar de duas motos e duas pick-ups da polícia.
Os dois oficiais descaraterizaram os veículos e usavam como se fossem de sua propriedade. As caminhonetes, nem placas tinham – algumas vezes, eram usadas em treinamentos de rally.
O esquema só foi descoberto por que uma das pick-ups foi emprestada a um irmão de um dos oficiais, que a levou a Fortaleza (CE), onde se envolveu em um acidente.
De volta a São Luís, foi levada a uma oficina no João Paulo, que pertencia a um dançador de boi amigo do coronel Frankin Pacheco. O comandante da PM estranhou quando o colega disse estar “consertando uma das suas caminhonetes”.
Quando apreendidas, as motos estavam na casa dos policiais.
O comando da PM preferiu manter o caso abafado.
Mas pode ter sido um dos motivos que despertaram a antipatia por Capita e seus aliados de farda…