É calçada em duas inverdades a propalada quebra do monopólio da empresa Taguatur no transporte coletivo da área Itaqui-Bacanga.
Primeiro, que a Prefeitura de São Luís não quebrou monopólio algum da Taguatur.
O que fez o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) foi dividir algumas linhas da empresa com o grupo mineiro “Primor”.
Uma das empresas do grupo Primor é a Maranhense, que teve como diretor o marido de Míriam Aguiar, que só por coincidência vem a ser a secretária de Trânsito e Transporte de São Luís.
Pela “perda” de algumas linhas da região Itaqui-Bacanga, a Taguatur passou a operar também em linhas na região do Calhau, que eram da empresa maranhense São Benedito.
A segunda inverdade, e a mais grave, é dizer que a modificação no transporte da àrea Itaqui-Bacanga atendeu exclusivamente ao interesse da população.
Na verdade, a operação beneficiou a empresa mineira Primor, ligada ao presidente da União Nacional do Transporte Urbano, Otávio Cunha – que por sua vez é ligado à atual secretária Míriam Aguiar.
Para quem não se lembra, este blog revelou em post no mês de dezembro, dias antes da indicação de Míriam Aguiar para o posto, duas visitas do ex-deputado Edivaldo Holanda, o pai, à garagem da Primor, na Cohama.
Nas duas visitas, ele conversou com o homem de nome Romeu, que mais tarde este blog viria a saber tratar-se do diretor-geral do grupo Primor no Maranhão.
O fato é que, logo após as reuniões, a ex-diretora do Sindicato das Empresas de Transporte e ex-superintendente do Sest/Senat acabou virando secretária de Transporte na gestão do filho de Holandão. (Leia aqui)
Os fatos mostram que a comunicação de Holandinha pode até tentar dourar a pílula.
Mas a quebra do monopólio do transporte é, no máximo, conversa pra boi dormir…