Por Aline Alencar
Primeira vez que vos falo em primeira pessoa, pois acredito ser necessário.
Nasci e me criei no catolicismo, cumpri, ou pelo menos tentei cumprir, todo o roteiro que minha família me propôs para seguir os ensinamentos de Jesus.
Mas existem coisas, não só na doutrina, como também nas atitudes dos católicos que nunca entendi e talvez jamais entenderei.
E um exemplo disso se passa na Semana Santa.
A semana santa é representada pelo sacrifício de Jesus Cristo para nos livrar dos pecados. Ele foi açoitado, crucificado. Sofreu e derramou seu sangue por nós.
E por isso, todos os anos os cristãos relembram seu maior ato de amor à humanidade.
Contudo, há diferenças entre os cristãos quanto à importância da semana santa. Tanto para o católico quanto para o evangélico.
O evangélico cultua a ressurreição de cristo, enquanto o católico, ou pelo menos a maioria, se prende à Via Sacra (ou Via Crúcis), caminho percorrido por Jesus, do Pretório ao Calvário.
A prática de alguns católicos na maior parte do tempo é relembrar de Jesus pregado em uma cruz, lembrando do sofrimento.
E aí chega o ponto que eu não entendo: o culto à Via Crúcis.
Nos lembrarmos do sacrifício é bom para não se esquecer do valor dele. Mas, ao meu ver, no catolicismo chega a ser sádico.
E a páscoa não é isso, segundo o que Cristo quis passar. Mas sim, é a vida vencendo a morte.
Não sofrimento e dor.