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Prefeitura tenta explicar caso Macroplan, mas apenas revela que vai pagar duas vezes pelo mesmo serviço…

Holandinha, entre representantes da Fiema e da Macroplan, ao assinar convênio que depois ele resolveu pagar de novo

A Prefeitura de São Luís emitiu nota oficial, hoje à tarde, em que tenta explicar por que contratou a consultoria mineira Macroplan, por R$ 3,5 milhões, mesmo depois de o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) ter garantido que a empresa seria paga pela Fiema.

Além de confirmar tudo o que foi dito pelo jornal O EstadoMaranhão e por este blog, em relação ao contrato com a Macroplan, o documento nada diz a respeito do contrato com uma das doadoras da campanha de Holandinha (PTC).

E acaba por revelar ainda mais gastos com consultoria, agora com um tal “Movimento Brasil Competitivo (MBC), que fará, segundo a nota, o Programa Modernizando a Gestão Pública (PMGP).

E para justificar o novo contrato, faz uma espécie de “masturbação textual”, uma elucubração verbal com verniz técnico incompreensível:

– Os resultados gerados por trabalhos como o que foi contratado são tangíveis e quantificáveis. A título de exemplo, o PMGP alcançou a marca dos R$ 14,5 bilhões em aumento de receitas e otimização de despesas onde foi executado, com R$ 78,7 milhões de recursos privados investidos. Ou seja, para cada R$ 1 investido, o retorno global médio foi de R$ 184. Os resultados incluem ainda rendimentos qualitativos, como a redução da criminalidade e da mortalidade infantil, a melhoria do desempenho educacional e da eficiência na prestação de serviços de saúde – diz a nota.

A tradução mais óbvia desta “masturbação verbal” é a revelação de que a Prefeitura vai pagar duas vezes pelo mesmo serviço.

São R$ 3,5 milhões à Macroplan e outros milhões – não revelados na nota – para o MBC.

E Holandinha ainda quer que se acredite nele…

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