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Feliciano outra vez

Virou a válvula de escape para o Congresso Nacional fazer do deputado Marco Feliciano (PSC) a frente de bombardeios da mídia e da população.

Mesmo ele sendo só a ponta do iceberg, ele desempenha seu papel de desviar todas as atenções para si com louvor.

Cada frase proferida ou projeto sugerido vira motivo de debate pelo simples fato de tudo que ele fala ser de tamanho absurdo que poucos acreditam no que acontece.

Mas é real. E outra vez o debate deve ser reaberto sobre a estadia do parlamentar a frente da Comissão de Direitos e Minorias.

Isto porque o presidente da CDHM elaborou um projeto que autoriza o tratamento psicológico ou a terapia para alterar a orientação sexual de gays.

Ok. O que se pode dizer sobre isso é que a intenção seja dar liberdade aos que gostariam de procurar ajuda psicológica para tal.

Seria interessante se o homossexualismo fosse uma doença psicológica. Contudo, nenhum estudo até hoje comprovou se é genético muito menos que seja patológico.

Afinal, o comportamento homossexual já foi identificado em mais de 400 espécies de animais na natureza, incluindo leões.

No mais, os homossexuais que procuram ajuda psicológica o fazem justamente para lidar com o preconceito e se aceitarem da forma que são.

O que, aliás, deveria receber atenção da CDHM e não contrário, se a intenção do deputado fosse realmente ajudar as minorias em questão.

Indo mais além, o problema não é o projeto de lei em si, mas a importância dada por Feliciano em tão pouco tempo a frente da CDHM a um projeto sem base científica.

Enquanto questões mais urgentes envolvendo as minorias sociais vão ficando em segundo plano.

Com esse projeto, já deu para observar a escala de prioridades de Marco Feliciano e o que deve vir por aí.

Oremos.

Com redação de Aline Alencar

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