Dino e Rocha: desconfiança mútua
A movimentação do vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), com objetivo de formar, de fato, uma alternativa eleitoral à dicotomia Grupo Sarney X Flávio Dino tem uma razão de ser.
Rocha não aposta uma “pataca furada” nas promessas de seu aliado comunista Flávio Dino.
Por isso, tenta viabilizar-se como candidato a senador em um grupo de partidos que possa lhe dar, sobretudo, tempo de televisão e estrutura partidária no interior.
Segundo o vice-prefeito – em declaração confirmada tanto pelo líder pedetista Weverton Rocha, quanto pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) – havia um acordo com Flávio Dino, desde 2011, para que, em 2014, o comunista disputasse o governo com o apoio de Holandinha, tendo um indicado do PDT como vice e o próprio Rocha como candidato a senador.
Desde a eleição de Edivaldo Júnior, o vice-prefeito pressiona para que Flávio Dino dê uma declaração pública de que o acordo está mantido e confirme que Rocha será o candidato a senador – como já fizeram Weverton e Holandinha.
Mas Flávio Dino dá sinais cada vez mais claros de que não cumprirá a palavra, por causa do seu comprometimento histórico e moral com José Reinaldo Tavares (PSB), inventor de sua carreira política.
Sabendo disso é que Rocha articula com vários outros partidos e outras lideranças políticas.
É uma espécie de recado ao chefão do comunismo…