Só os passageiros que andam de graça – cerca de 100 mil – representam 20,95% do total de usuários.
Além deles, há benefícios para estudantes (23,46%); e para o trabalhador que usa Vale-Transporte (26,94%).
Os dados oficiais, nunca antes divulgados na imprensa, são do Sistema de Bilhetagem Automática (SBA), controlado pela prefeitura de São Luís – a que este blog teve acesso com exclusividade.
Os benefícios e gratuidades do sistema causaram um déficit entre o custo operacional das empresas e a receita do transporte da ordem de R$ 49,1 milhões em 2012.
O problema ocorre por que os descontos ou gratuidades nas passagens deveriam ser compensados pela prefeitura, que acaba não usando a Câmara de Compensação, gerando o déficit milionário às empresas que operam o sistema.
É com este déficit que elas precisam bancar salários de trabalhadores e custos sociais, além da renovação da frota, exigida pela prefeitura, que se recusa a conceder reajuste de passagem.
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É exatamente por isto que o sindicato anunciou, no início de abril, o colapso do sistema de transporte coletivo em São Luís.
O vice-prefeito Roberto Rocha (PSB) conheceu a realidade do sistema ainda em dezembro do ano passado, e admitiu, em entrevista ao jornal O EstadoMaranhão, a necessidade do reajuste das tarifas.
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) se recusa a conceder o aumento com medo da repercussão negativa.
E acaba usando o transporte público para fazer política.
De uma forma ou de outra…