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Empresas contratadas pela SMTT ganharam serviços antes mesmo de se cadastrar em São Luís…

O contrato com a ML Consultoria, assinado em maio

As empresas mineiras M.L. Consultoria e Tecnotran  foram cadastradas no dia 28 de junho no Cadastro de Fornecedores do Município, primeiro passo para participar das concorrências.

Exatamente um mês antes, no entanto, já haviam assinado contrato com a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte, para realização de pesquisas que, supostamente, subsidiarão as regras das futuras concessões de linhas de ônibus na capital maranhense.

O presidente da Comissão de Transporte da Câmara de São Luís, vereador Fábio Câmara (PMDB), pretende denunciar a contratação ao Ministério Público.

– Não acredito que alguém tenha a coragem de fazer uma contratação de grande importância e não dizer nada. Eu acho é que deve haver uma explicação, esse é um governo que prometeu transparência. Não é possível que não seja transparente em um ato tão importante quanto esse que beneficia o usuário de transporte – frisou Câmara.

E o reistro cadastral, que deveria ser feito antes

Embora assinado na gestão de Myrian Aguiar – que, curiosamente, também é mineira, indicada pelo empresário Romeu Aguiar, outro mineiro que controla o transporte de São Luís – o contrato foi mantido pela atual secretária, Fabíola Aguiar, que tinha a opção de cancelá-lo, diante das suspeitas.

É bom lembrar que, exatamente por esta prática, o deputado Bira do Pindaré (PT) foi condenado no ano passado pelo Tribunal de Contas da União.

Pelo primeiro contrato, de 28 de maio, por modalidade desconhecida, a empresa M. L. Consultoria Ltda., de Juiz de Fora (MG), ganhará R$ 146 mil, para realizar assessoramento técnico em todas as fases do processo de licitação do serviço de transporte coletivo urbano por ônibus do município

O segundo contrato, no valor de R$ 148 mil, foi assinado com Tecnotran Engenheiros Consultores Ltda., de Belo Horizonte. A empresa foi contratada para prestação de serviços de engenharia de trânsito para desenvolvimento do Plano de Ação Imediata.

Aliás, os dois contratos desmascaram também o chefe da Seconzinha, que tentou esconder o afastamento do prefeito alegando ter ele ido a São Paulo para tratar de assuntos relacionados à licitação do transporte.

Se tudo está sendo feito aqui, o que Holandinha faz lá?

 

 

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