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Os avanços da Assalem na Assembleia Legislativa…

Haroldo Silva*

Os associados da ASSALEM, entidade que congrega a maioria dos servidores comissionados da Assembleia Legislativa do Maranhão e expressiva parte dos efetivos, festejam a conquista alcançada pela entidade, que no último dia 1º negociou e obteve junto ao Presidente Arnaldo Melo aumento de 100 % no valor do Ticket refeição.

A reivindicação é antiga e já havia sido defendida pelo Sindicato, durante a administração Joana Souza.

A atual direção do Sindicato dos Servidores (Sindsalem) tenta incorporar a conquista do aumento do valor do ticket alimentação à sua agenda, porém, coube à ASSALEM o mérito alcançado, o que reforça a sua liderança junto aos servidores.

Surge, agora, a possibilidade – segundo o presidente da ASSALEM, Arnaldo Serra – de serem realizadas futuras reuniões entre as partes, em busca de soluções para outras reivindicações fundamentais.

Esse primeiro passo foi importante porque os entendimentos estavam entravados, visto que o Sindicato, que abriga apenas os servidores efetivos e está sob o comando do líder do PSTU, Luiz Carlos Noleto, radicalizou a luta e passou a adotar anacrônicos e condenáveis procedimentos.

Agrediu a direção da Casa, dando entrevistas e usando panfletos insultuosos, com informações distorcidas ou sem fundamento.

Fabricou manchetes depreciativas e maldosas, tais como:

“Assembleia Legislativa pagará R$ 2,3 milhões por aluguel de caminhonetes”, por locar veículos, com dispensa de licitação, segundo o Sindicato, para seus serviços;

“Comilança desenfreada”, porque estaria fazendo mau uso de recursos ao licitar a contratação de buffet e aquisição de flores destinadas a eventos programados para a Assembleia ;

”Assembleia ao ar livre”, aduzindo que teria sido retaliação a negativa de cessão de local para realização de reunião do Sindicato;” o Presidente de um só ouvido” insinuando que a Administração da Casa não escuta as reivindicações da classe.

Em resposta às informações inverídicas e caluniosas do Sindicato, aí vãoos esclarecimentos:

1 -os veículos, em número de 13 e não 30, foram alugados com base em Ata de Registro de Preços, resultado do Pregão Presencial n° 019/2013, portanto, com licitação.

2 – A licitação de refeições e flores objetiva, também, Registro de Preços, e não compra imediata, portanto, não se sabendo, a priori, o gasto a ser demandado para esse fim.

Sobre as flores, não há qualquer exagero como tentar alardear o Sindicato, pois a Assembleia Legislativa, nos eventos por ela patrocinados em seus auditórios, decora com flores o ambiente, em especial a mesa dos trabalhos, como de praxe, por exigência de cerimonial. Vale destacar, que sóno plenário Nagib Haickel há cerca de 40 (quarenta), sessões solenes anuais, quando são homenageadas personalidades com título de cidadão maranhense ou condecoradas com medalha de mérito legislativo.

3 – Com relação ao gasto com refeições, o fato é que muitas vezes é oferecido coquetel, sem bebidas alcoólicas, aos convidados, ao final das solenidades no plenário, bem como oferecidos cofee break e lanches em outras solenidades, quando as circunstâncias justifiquem.

Também são servidas quentinhas aos servidores que necessitam permanecer no trabalho no horário do almoço ou jantar eoferecidas refeições em encontros de trabalhos dos deputados com autoridades locais e de outros lugares e em eventos comemorativos programados pela Casa, muitos deles com a presença de funcionários.

Por fim, me informei que a Administração não atendeu à solicitação de cessão do plenarinho para reunião pleiteada pelo Sindicato, porque esse dia e horário estava destinado a outro evento, solicitado com a devida antecedência e cumprindo todas as formalidades exigidas por resolução administrativa que rege a matéria.

Nem por isso, a entidade deixou de realizar sua “assembleia”, dentro das dependências do Palácio Manoel Beckman, mesmo sem autorização, não foi molestada, nem houve qualquer tipo de retaliação.

Quanto a audição do Presidente, asseguro que se encontra perfeita.

Contudo, acredito que este continuará a não dar ouvido a reivindicações absurdas, como a de elevar a remuneração de determinada classe de servidor a até R$ 24mil reais – acima do teto máximo constitucional para o legislativo estadual de pouco mais de R$ 21 mil – muito menos se preocupará com as infâmias assacadas irresponsavelmente contra sua gestão democrática e transparente, ao ponto de permitir a obtenção de informações que estão e estarão sempre à disposição dos bem ou dos mal-intencionados, para delas fazer o uso que acharem conveniente, mesmo deturpando os fatos para caluniar.

Não entendo comportamento dessa espécie.

Nunca, anteriormente, entidade de classe dos servidores da Assembleia assacou contra sua administração com tanta virulência e mentiras, tentando macular uma administração proba, que tem tratado os seus servidores com respeito e a dignidade que eles merecem.

A principal reivindicação dos servidores efetivos, o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos – PCCV – que alegam estar defasado, fato não comungado pelas partes, precisa ser discutido à luz da legalidade.

Na proposta sindical, ao que se sabe existem fortes distorções, que precisam ser corrigidas, antes de serem apresentadas para o debate, e aí, ao que tudo indica, deparamo-nos com o primeiro impasse.

Contudo, o obstáculo maior diz respeito à forma de pressão usada pelo Sindsalem, cuja linguagem não se coaduna com os mais elementares princípios de um diálogo democrático, proclamado pela própria entidade, mas que na prática se mostra desvirtuado.

Entendo que uma liderança classista deve ser altiva, consequente, determinada e, sobretudo, equilibrada e ética, no encaminhamento de suas ações. Não pode ceder à empolgação do coletivo, que ao sabor das paixões, pode cometer desvarios.

Diante disso, acredito que se o Sindsalem não buscar, inteligentemente, o caminho do diálogo em plano elevado, pode perder o bonde da história, se enfraquecendo a partir do seu quadro associativo.

Enquanto isso os espaços perdidos poderão ser ocupados, gradativamente, pela ASSALEM, gerando uma inversão de papeis, de patamares e valores. Ao Sindicato, resta seguir o bom exemplo da Associação,e, quem sabe, até com esta se juntar para colher bons frutos em favor de todos.

Em tempo: é bom lembrar que a estratégia da violência fracassou até mesmo nos países totalitários. Nas nações livres, os sindicatos em sua maioria se aburguesaram, ligando-se a entidades superiores, subvencionadas pelo governo, com polpudas verbas, transformando seus dirigentes em autênticos príncipes, isolando-se das massas de trabalhadores, perdendo a autenticidade representativa.

Espero que essa imagem não se reflita e atinja o âmago das entidades que congregam os servidores da Assembleia Legislativa do Maranhão, tampouco que sejam contaminadas pela doença infantil do esquerdismo xiita.

Tal desfecho, não desejam os bem intencionados.

 *Jornalista profissional e radialista

 

 

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