Vereadores: escândalo com Bradesco ganha corpo
Encurralados pela investigação da polícia no caso dos empréstimos irregulares no Bradesco, os 14 vereadores envolvidos na confusão tentam encontrar saídas para evitar o processo.
E uma delas, defendidas por alguns deles, é envolver os próprios funcionários da Câmara Municipal – funcionários fantasmas que eles mesmo incluíram na folha, é bom que se diga.
O esquema para livrar a cara dos parlamentares seguiria os moldes de um outro, usado por deputados estaduais, que também se envolveram em escândalos de empréstimos – no Banco do Brasil – no final da década de 1990.
Na época, deputados nomeavam em seus gabinetes pessoas que nem sabiam estar na folha da Assembleia – geralmente familiares ou empregados domésticos – pediam empréstimos nos nomes deles, os exoneravam; nomeavam outros, faziam a mesma coisa e seguiam em frente, numa espécie de pirâmide financeira.
A conta ficava para o Banco do Brasil e o crime para o servidor, que só sabia da nomeação quando a polícia batia a porta.
Alguns vereadores já procuraram a direção regional do Bradesco em busca de uma solução negociada para o caso.
Mas, se não funcionar, irão buscar bodes expiatórios para evitar a cadeia.
E os servidores poderão pagar a conta…