Professor da Ufma e pesquisador na área de Comunicação, Ed Wilson Araújo diz que “Dino tem fama de autoritário, característica da magistratura”, e avalia que o comunista “demonstrou inabilidade para lidar com o ódio”. No artigo reproduzido abaixo, o professor considera que “o processo foi um erro” e serviu apenas para demonstrar a insegurança do chefão
Do blog de Ed Wilson
Eleição, às vezes, é decidida em um detalhe.
No Maranhão, essa minúcia pode ser construída artificialmente ou originada por erros dos próprios candidatos.
Repentinamente, os pormenores transformam-se em fatos relevantes, porque acionam dispositivos até então ocultos nas batalhas eleitorais.
Quando todos os ventos pareciam favoráveis ao pré-candidato Flavio Dino (PCdoB), eis que surge um processo do comunista contra o jornalista Marco Aurélio D’Eça – destacado atacante do Sistema Mirante na internet e no jornal O Estado do Maranhão.
A coordenação da campanha de Luis Fernando Silva (PMDB), reunida no Palácio dos Leões, vibrou quando soube do processo judicial.
Na interpretação dos estrategistas do governo, Dino demonstrou insegurança, como se tivesse escorregado na casca de banana deixada de propósito em uma das calçadas destruídas de São Luís.
A maior parte dos ataques a Flavio Dino vem de Marcos D’Eça, em textos com palavras agressivas para desqualificar o comportamento, as ações, os gestos, mexer nas afetividades familiares e até no visual do comunista.
O processo é motivado pelos textos de Deça relacionados ao caos no sistema penitenciário do Maranhão, nos quais acusa Dino de tirar proveitos eleitorais com a onda de violência dentro e fora dos presídios.
O jornalista abusou das interpretações, Dino sentiu os golpes e decidiu dobrar Deça na Justiça.
Considerando que Flavio Dino lidera as pesquisas com folga, podendo até ganhar no primeiro turno, o processo foi um erro e virou uma arma nas mãos dos adversários. Continue lendo aqui…